Primeiro, vamos entender o nonsense da revisão do balanço da Petrobras.
A única função do balanço é apresentar um quadro real da companhia para o mercado, seus resultados operacionais, valor de seus ativos etc.
Há duas maneiras de avaliar os ativos de uma companhia: pelo valor de reposição ou pelo fluxo de resultados futuros.
Explicando.
1. Suponha que uma empresa adquira por R$ 1 milhão máquinas para produzir chapéu panamá. Esse maquinário é lançado nos ativos pelo valor original e, depois, corrigido anualmente por índices de correção monetária legais. A cada ano desconta-se parte desse valor do imposto a pagar (a chamada depreciação, ou seja, o desgaste da máquina).
2. O segundo método é pelo chamado valor presente, levando em conta quanto ela renderá anualmente pelo seu prazo de vida. Imagine que essa máquina renderá R$ 95.000 por ano por um prazo de 15 anos. Estimando-se uma taxa de retorno de 5% ao ano, o valor presente da máquina seria de R$ 986 mil. Mas suponha que a máquina passe a render apenas R$ 50 mil por ano. Seu valor presente cairá para R$ 519 mil. Algumas consultorias exigem o recálculo do ativo pelo chamado teste de impairment. A diferença entre o valor histórico e o valor presente (R$ 1.000.000 – 519.000) tem que ser descontado do valor contábil dos ativos.
***
Entendidos os dois conceitos, tente entender agora a mixórdia contábil montada pela PwC, a antiga Price.
Em circunstâncias normais ela analisaria o balanço da Petrobras, levantaria as condições de mercado, principalmente a queda substancial no preço do barril de petróleo, e obrigaria a empresa a aplicar o teste do impairment nos seus ativos.
Como as cotações de petróleo caíram pela metade, evitaria lançar toda a diferença em um balanço apenas, mesmo porque não havia ainda informações precisas sobre o nível em que as cotações de petróleo se estabilizariam.
Seriam feitos alguns ajustes parciais e se diluiria o restante do ajuste pelos anos seguintes, dependendo do comportamento do petróleo.
***
Aí estoura a Lava Jato com toda sua dose de escândalo.
Escaldada por escândalos corporativos nos Estados Unidos, com receio de sofrer algum processo dos investidores, a PwC resolve mostrar serviço.
Numa ponta, obriga a Petrobras a um ajuste integral do balanço pelo teste de impairment. Na outra, obriga a empresa a calcular o custo das propinas e lançar no valor de reposição dos investimentos, dois conceitos absolutamente distintos.
Volte ao exemplo acima. Se o teste do impairment trouxe o valor de R$ 1 milhão para R$ 519 mil, e se esse preço é correto (à luz das condições atuais do mercado), se pagou a mais ou a menos, se embutiu propina ou não, importa para a investigação criminal, não para o balanço. Não há nenhuma lógica em recalcular o valor dos ativos pelo fluxo futuro e, em cima do novo valor, abater o adicional de corrupção.
Ora, se o teste do impairment teoricamente calculou o valor justo dos ativos, se se descontar o suposto valor da corrupção, haverá uma subavaliação e o balanço não refletirá a situação da empresa.
No caso da Petrobras, o teste do impairment levou a uma baixa contábil de R$ 44,3 bilhões; o tal cálculo aleatório da corrupção, a mais R$ 6,3 bilhões.
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A principal desmoralização nesse processo é a PwC
Prezado Nassif.
No meu ponto de vista a primeira e principal parte desmoralizada nesse processo é a PwC, pois auditou anos passados e nada encontrou de irregular, precisou a PF demonstrar irregularidades e ainda não julgadas e se esse for o método nenhuma empresa privada resistirá a esse tipo de investigação, nenhum balanço aprovado pela PwC resistirá a esse processo policial e então para que serve suas auditorias?
A segunda desmoralização foi a diretoria da Petrobras e a Presidência da República em não denunciar essa manobra e ao invéz de tolerar esse absurdo e se submeter a essa chantagem, em não terem corajem política de buscarem o apoio dos trabalhadores da Petrobrás e demais brasileiros que estavam e estão dispostos a lutar e desmascarar essa mixórdia oportunista dessa empresa de fachada PwC, insignificante se comparada à Petrobras.
Querido,.seja o que for.que
Querido,.seja o que for.que aconteça, brigar com empresa de auditoria não é boa política.
Principalmente quando vc está em meio à um.escândalo de corrupção.
No futuro então…………….
No futuro, usando-se a mesma metotologia, os valores
sofrerão forte valorozação, caso o petroleo suba e os numeros
apurados pela corrupção sejam menores
O talvez nem tanto nonsense do balanço da Petrobras
Pode ser que o nonsense faça algum sentido, especialmente se levarmos em conta o temor de processos judiciais por parte da PWC.
Como existe o escândalo por causa da corrupção, a auditoria, de forma absolutamente defensiva, talvez tenha agido em dois estágios no processo de apuração do impairment no valor dos ativos.
Em primeiro lugar, determinou que fosse baixado do valor dos ativos a estimativa de sobrepreço, ou seja da propina que foi paga aos corruptos pelos corruptores. Dessa forma se chega ao, vamos assim chamar, ao “valor contábil ajustado dos ativos”.
Em segundo lugar, de posse desse “valor contábil ajustado dos ativos” fez se o calculo do impairment, que foi divulgado.
Se a metodologia foi essa e as estimativas foram feitas corretamente, “apenas” se optou em segregar o valor do ajuste em duas parcelas.
A meu ver a questão mais importante se refere à possibilidade de ajuste do valor dos ativos de uma só vez às condições atuais do preço do petróleo do mercado internacional, em vez de se usar modelos mais sofisticados para apurar o que seria o valor justo da commoditie ou então diluir o ajuste ao longo do tempo, como mencionado no texto.
Um assunto que é
Um assunto que é especialidade de contadores e auditores quando simplificado pela Grande Mídia para consumo de massa gera enormes distorções de avaliação.
Quem é contador vai entender o artigo.
Quem nunca ouviu falar em “impairment” ou não entende os conceitos contábeis vai ter que se contentar com a simplificação midiática.
Simples assim
Só mesmo uma chantagem brutal da PwC pode explicar esta bobagem de balanço, que a todo custo fez embutir este “prejuizo”. Ora o prejuízo com a corrupção só poderia ser avaliado se demonstrasse cabalmente o valor do sobrepreço decorrente da mesma, mas ainda assim não entraria a somar no balanço em questão, pois o teste de impairment, ao mostrar o valor real dos ativos e confrontá-lo com o valor pago total, já embutiria este sobrepreço (questão unicamente policial). Quanto a proprina, independente de onde ela venha, do lucro do empreiteiro ou de sobrepreço, está dentro do VALOR PAGO, portanto também já embutida do teste de empairment, logo ao se somar estes valores da propina no prejuízo, a PwC, ao invéz de mostrar rigor, aplicou sim é uma PUNIÇÃO à Petrobrás, indevida e que esconde a sua INCOMPETÊNCIA, nas auditagens anteriores.
Na prática é difícil
Na prática é difícil verificar as perdas por corrupção e, por esta razão, aplicaram os 3%( usando o relato dos meliantes ).
O pior é verificar que os ativos adquiridos recentemente valem bem menos que o valor investido. Pior ainda é o retorno do investimento não acontecer
O jogo da PwC é também o jogo da Petrobras, tentando livrar a cara dos processos nos EUA. Caso não cole, as duas pagam.
No clássico livro “”THE
No clássico livro “”THE TRUTH ABOUT CORPORATE ACCOUNTING”” de Abraham Briloff, professor de contabilidade da Universidade de Nova York, editora Harper and Row, o emérito especialista mostra o que é na verdade a contabilidade das grandes empresas, seus truques, suas fantasias, suas avaliações baseadas em criterios super discutiveis.
O julgamento subjetivo é a costura que liga os numeros soltos, uma cnontabilidade de corporação global tem tanta opinião
que o carater normativo é apenas uma moldura. Tudo depende do subjetivismo do contador, o valor dos estoques, dos ativos, a decomposição das receitas para se achar o que é lucro e o que é depreciação do ativo, exaustão das marcas e patentes, o valor do conhecimento.
Quanto vale um negocio? Qual o futuro da empresa?
As “regras contabeis” são desmistificadas pelo professor Briloff, elas são apenas o alibi do julgamento subjetivo.
Na realidade há mais clareza e verdade na contabilidade de uma pequena padaria do que no balanço da General Electric.
Nesse caso da PETROBRAS é todo um conjunto de palpites, a corrupção só afeta o balanço se por causa dela houve sobrepreço de ativos, o que no caso Petrobras não foi comprovado ou decomposto de forma indiscutivel.
Há tambem outro problema, a PwC já era auditora antes da Lava Jato, há tambem todo um interesse em cobrir seus rastos passados, assinou os balanços de 2012 e 2013 e não suspeitou de nada, nadinha, não havia nenhuma irregularidade?
Passou uma boiada de dez mil cabeças e não viram nenhum bezerro? O certo teria sido contratar um novo auditor para esse balanço, o antigo tem seu interesse proprio em apagar digitais de um serviço mal feito no passado.
E se o “motivo” foi exatamente esse?
“Passou uma boiada de dez mil cabeças e não viram nenhum bezerro? O certo teria sido contratar um novo auditor para esse balanço, o antigo tem seu interesse proprio em apagar digitais de um serviço mal feito no passado.” (André Araújo)
Às vezes, ao se apagar algumas “digitais”, borram-se as outras.
Petrobras
Nassif,
Pra mim que sou consumidor vc nao me disse nada. Qual escandalo corporativo houve nos EUA. Acho que passei batido por essa noticia. Mas nao passei batido pela noticia de que na minha viagem aos EUA no ano passado paguei U$ 3,48 pelo galão de gasolina e agora em 2015 paguei U$ 2,30 pelo mesmo galão. Isso é que interessa ao consumidor. Explica pq com a queda do preço do barril e com nossa suposta auto suficiencia em petroleo nosso combustível só aumenta e o deles só abaixa. Para nós consumidores isso é o que importa. O resto é conversa pra petista dormir….
balanço Petrobrás.
Visão miope essa d q ao consumidor so interessa o preço. Para chegar a ser consumidor é necessário q haja emprego, para existirem empregos decentes na disputa internacional d mercado d trabalho, é necessário tecnologia, para possuir tecnologia é necessário soberania…
Desconhecimento
Steiger,
Passaste batido, pois nunca faltaram escândalos corporativos nos USA, Enron, Morgan Stanley, JPMorgan, Fredie Mac e tantos outros.
A diferença, enorme, é que ámericano não é burro, jamais você verá uma empresa ícone americana durante um ano no noticiário, ninguém fica sabendo o nome de presidente, diretor, etc… pela televisão, só quem comete esta animalidade é o brasilsil.
Lá, descoberto o desvio ou prática corporativa equivocada, o governo estabelece o valor da multa e o acusado vai lá e paga, sem reclamar ou questionar o valor estipulado. Depois, continua a praticar o ilícito, haja vista a atuação do JPMorgan no mercado da prata.
Para o consumidor, mais importante que o preço da gasolina na bomba deveria ser o conhecimento do funcionamento do sistema que rege a sua vida. Se o pobre coitado fica restrito ao preço disto ou daquilo, não pode reclamar depois, basta ver o baixíssimo nível de entendimento do americano médio .
A única coisa que o cidadão se lembra de 2008
é uma capa da revista preferida, uma tal de veja, com o Tio Sam apontando o dedo para o coitado do leitor e dizendo “Salvei você”. Isso foi poucas semanas antes do estouro do Lehmann Brothers.
Mas como nunca cruzou com os tais Lehmann Brothers em Miami, a cidade preferida, ele não tem a menor ideia do que você escreveu…
Bom, antes um americano médio
Bom, antes um americano médio do que um brasileiro intelectualizado, PS. Suiço.
Já que a brincadeira é essa ….
Antes um brasileiro médio do que um suiço imbecilizado, digo, intelectualizado.
só o preço importa?
Visão miope essa d q ao consumidor so interessa o preço. Para chegar a ser consumidor é necessário q haja emprego, para existirem empregos decentes na disputa internacional d mercado d trabalho, é necessário tecnologia, para possuir tecnologia é necessário soberania…
Precisa entender primeiro porque as fezes ovinas seriam redondas
Puxa, colega, vc esteve nos EUA? Nooossa! Um dia os “consumidores petistas” chegam lá!
Ora, primeiro que o litro da gasolina varia no mundo inteiro.
Pergunte ao “Obama” (o Bush entende mais do negócio…) porque a gasolina custa US$ 2 a 4 o galão e na Venezuela custa US$ 0,07 ou US$ 6,5 na Holanda (aquela da Royal Dutch Shell), ou US$ 5,5 no Reino Unido (aquele da Shell Int. Petroleum Co.) e no Brasil ~US$ 3.
Segundo que enquanto a gasolina esteve mais cara, o preço no Brasil não subiu. Agora subiu (um pouco) por razões empresariais e de mercado. Ou vc acha que se a PBR fosse privada, os preços seriam tão “baixos” quanto o da telefonia (privada) mais cara do mundo?
Terceiro que, como vc pode constatar acima, o preço do óleo náo é uma variável direta no preço do combustível pelo mundo. Vá ser “consumidor” indignado de gasolina lá na Holanda e entenda-se com eles.
Quanto a desconhecer escândalos corporativos nos EUA, aí melhor poupar energia no teclado…
Afinal vc deve ter um mínimo de “energia” pra isso.
As do ovino é fácil…
Difícil são as do jumento, que caga quadrado tendo o cú redondo e, depois, dizem que é “burro”.
Argumente você o que quiser, e concedendo que “quem bota preço é quem vende”, fato é que fica difícil entender que se queira impor aumento sob alegação de estar tendo prejuízo com o “preço baixo” de um combustível derivado de um petróleo a U$ 50,00 o barril (2015) quando, em 2008, o barril estava a U$ 147,00 e a empresa distribuiu lucro.
Quanto à gasolina não ter subido, dentro do Brasil, quando estava mais cara em algum lugar lá fora, apenas serve de prova de que um erro não justifica o outro, mas pode multiplicá-lo; àquela época, e com preços relativos bem mais “amigáveis” que os de hoje, talvez o aumento de R$ 1,00 (um real) no litro de gasolina não fizesse tanto impacto na economia quanto R$ 0,10 (dez centavos de real) fazem agora.
O quadradro é pra ninguém desconfiar que foi “burrice”…
Preço de botão de blusa é uma coisa simples, mas de petróleo e derivados, o buraco é literalmente cada vez mais embaixo.
1) O preço do petróleo na verdade não é um só, varia de acordo com o tipo, o custo de disponibilização na refinaria, o país de origem e até os efeitos dos traders (petroleiros podem até mudar de rota por novas “ofertas”). Sem falar nas crises, guerras, acordos e humores dos sheiks árabes e seus sócios ocidentais.
2) O preço dos derivados também varia de acordo com o país (US$ 0,02 a 6,50 o mesmo litro!), o custo do óleo utilizado, o custo do refino, o nível de estoques, os impostos (nós pensamos que só no Brasil isto é alvo de chiadeira, mas não é), a matriz de refino (no Brasil as refinarias, fora a nova Abreu Lima, tem uma relação histórica de produção diesel x gasolina inapropriada para o nosso mercado), por razões desde o tipo de petróleo até a evolução do mercado.
3) Neste intermezzo existe outros interesses e oportunidades que afetam o preço, até por pressão de alternativas (ex. etanol x açucar ou o diferencial em relação à gasolina), O diesel no Brasil é mais barato do que a gasolina, para subsidiar o transporte. Nos EUA, UK e outros ele é mais caro!
4) O principal produto da Petrobrás (ainda) é petróleo, pois o Brasil deixou de investir em refinarias desde 1976, só retomando agora). Por isso a matriz de produtos sendo afetada para baixo pelo preço do petróleo talvez exija uma compensação maior do que antes no combustível, parte refinado aqui e parte importado.
5) No Brasil, há também outros interesses do controlador (o Estado) em definir preços, onde no caso, assim como uma área pode ser beneficiada em relação a outra, o país pode ser beneficiado em relação à sua empresa em uma época e não sê-lo em outra.
Tudo que quis dizer acima é que a definição de preços do combustível é variadíssima e complexa (por que custa 0,02 na Venezuela, 3 no Brasil e 6,50 na Holanda, com um petróleo médio semelhante?
A própria variação de preços entre distribuidoras (que tem seus estoques) e postos (emr SP vc abastece tipicamente entre 2,89 a 3,79) é maior do que o tal “aumento” (teve impostos aí) que não foi muito gande.
Só não entendi seu impacto de 0,10 ser pior do que o de 1,00 se feito antes (psicológico?)
Abs
Irrelevante
Acontece que os 6 bilhões (!) são irrelevantes perto do prejuízo, e pior, se comparado ao absurdo endividamento de mais de 200 bilhões, este é o assunto, não as migalhas da corrupção. Caríssimos, não há uma conspiração contra a Petrobrás, a má gestão e o uso político da empresa por Lula, Dilma e pelo PT deixaram a Petrobrás neste estado deplorável, e pior, o petróleo vai a cada dia se tornando uma coisa do passado. Infelizmente a Petrobrás talvez nunca se recupere totalmente e volte a ser a empresa que já foi.
Creio que o Bendine e a PWC
Creio que o Bendine e a PWC deram aquele “balão” no marcado, pois, conseguiram transformar um lucro bilionário em prejuízo (também bilionário): sem pagamento de dividendos, sem distribuição de lucros etc e tal.
Um pouco de Maquiavelismo Contábil ajuda a Empresa e a Política
Os bons Gestores de M&A (Mergers and Acquisitions) sabem que quando existem “Esqueletos” nas Empresas, é melhor fazer um Ajuste Superdimensionado de uma só vez.
Assim, estanca-se o Sangramento que desgasta a Empresa, e, no caso da Petrobrás, o Governo.
Trás ainda a vantagem de dar logo a carniça (Gabrielli) aos abutres.
Financeiramente e Contabilmente só têm vantagens:
– Ajuda no Cash Flow (por exemplo, não pagando Dividendos e IR)
– Tem-se uma Base Financeira e Contábil para os Acordos de Leniência e, portanto, para se receber, pelo menos em parte, os Desvios.
– Parte-se de uma Situação de Piso (aceita-se que US$ 50,00/Barril é o mínimo, ou próximo disso).
Portanto, pode-se prever, de agora em diante, uma Valorização dos Ativos e Patrimônio usando-se também o Impairment, agora favorável.
– Suspende-se e Reavalia-se um enorme portfólio de Investimentos lançados na Gestão Gabrielli. Isso seria impossível, dada a resistência da própria Esquerda se, agora, não existisse um consenso nacional de que a Petrobrás precisa de Caixa e que a Importação tanto de Derivados como de Equipamentos ficou mais barata.
– R$ 6,2 Bi na exótica Rubrica Contábil de “Corrupções Diversas” (será este o nome dado no Plano de Contas pela PWC?), acumulado no período de 2004 a 2012 é “café pequeno”, se comparado ao Volume Total de Investimentos e perto das atuais “Boas Práticas” das Empreiteiras em Obras Estaduais, Municipais e mesmo no Setor Privado (a CSN do Steinbruch que o diga)
– No Operacional, a Petrobrás continua aumentando a Produtividade do Pré-Sal, tanto se medirmos em Barris/Poço, como em Barris/US$ Investido em Equipamentos.
Para quem (poucos) assistiu o Depoimento do Augusto da Setal na CPI, fica a certeza de que a Corrupção na Empresa não atinge o Corpo Técnico da Petrobrás. Uma Pérola: “A Diretoria da Petrobrás não consegue ajudar nem interferir nas decisões das Equipes Técnicas (leiam-se Projetos e Aditivos)”.
O Balanço “Nonsense” revela a habilidade do Bendini em M&A.
Preocupa o fato dele ser um Financista de Carreira e Formação.
A Petrobrás tem um “Calcanhar de Aquiles” Técnico.
O depoimento do VP da Camargo Corrêa sintetizou bem a fragilidade.
http://oglobo.globo.com/brasil/projetos-malfeitos-da-petrobras-favoreciam-insercao-de-propina-diz-delator-15926269
Quem trabalha com a Petrobrás sabe bem os motivos:
– Quadro Técnico reduzido (imagine, agora, com a Terceirização)
– Pressão de Tempo
– Uma Falta de Documentação de Engenharia (Isso é um problema mais antigo do que a Corrupção. Por exemplo, não existem os “As Built” na maioria das Refinarias).
– Fora das Grandes Empreiteiras não existe um “Knowledge Base” nas Empresas Iniciantes (Base de Conhecimentos de Engenharia) para se trabalhar com a Petrobrás e com Oil & Gas (ATENÇÃO: inclusive Segurança Ambiental e do Trabalho).
Como um Financista como o Bendini vai resolver?
Espero que não seja como um CEO típico que só se preocupe com o que o Mercado chama de “Exit Price”.
A Missão do CEO da Petrobrás não é, apenas, “Maximizar o Valor aos Acionistas”.
O PIB e o Futuro da Indústria e Tecnologia Brasileiras estão nas mãos do Sr. Bendini…
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Isso foi de longe, mas de muito longe ..
o melhor comentário!
Parabens e muito obrigado!
Parabens pelo excelente
Parabens pelo excelente comentário.
Tenho uma dúvida:
O teste do impairment também pode ser feito para aumentar o valor de um ativo ?
Não Daniel, não pode
Impairment não baixa ou aumenta valor dos ativos, ele é usado somente para uma possível provisão, caso os ativos não gerem as receitas e lucros esperados. Se não ocorreu grandes mudanças nos últimos anos, o modelo que as big 4 utilizam para avaliações de M&A e Cálculo do Impairment são praticamente idênticos. A empresa usa um modelo sugerido pela auditoria (muitos em planilhas de excel), usa seus critérios ou “assumptions”, projeta DREs dos próximos 5 anos e traz os resultados ao valor presente. Se o teste de impairment apontar que os lucros superam as expectativas, ótima notícia, mas nenhum lançamento contábil é feito.
Sobre esse caso da Petro, eu como ex auditor de Big4 e atuante na área financeira há mais de 20 anos, acredito que os R$44 Bi sejam mais uma decisão estratégica da atual gestão de aumentar a calibragem das provisões e encerrar as notícias ruims e beneficiar as demonstrações de resultados dos próximos exercicios.
Uma análise que seria interessante e ainda não vi é sobre a geração de caixa nos próximos anos versus o atual endividamento da empresa, mas imagino que o crescimento da produção no pré-sal e provável recuperação dos preços do petróleo devem pagar essa conta com folga.
Muito obrigado pela resposta.
Muito obrigado pela resposta. É bom contar com a colaboração de quem entende do assunto.
as chamadas “big four”
as chamadas “big four” (price, deloitte, kpmg e ey) estão deitando e rolando por conta da lava jato.
trabalho numa pequena empresa de auditoria e fomos convidados a “assinar” um trabalho feito por uma das 4 em um grupo de empresas envolvidas no caso. não querem assinar pois o comitê de risco interno não concorda com o valor que a empresa assume ter pago como propina, valor sobre o qual ela recolheu os impostos por ser uma despesa indedutível.
para assinar o parecer eles querem que a empresa contrate uma outra das 4 grandes para apurar o “valor real” das propinas. ou seja, estão aproveitando para faturar.
quanto ao resultado da petrobrás, infelizmente 99% das pessoas acham que prejuízo é igual a dinheiro jogado fora e, claro, esses valores da reavaliação não tratam disso, aliás, isso ficará claro no balanço deste ano que já vai refletir a subida do valor do petróleo.
Nao sou Contador, por isso
Nao sou Contador, por isso peço um esclarecimento: A Uniao com a intencao de incentivar a Industria Nacional e gerar emprego interno, autorizou a Petrobras a pagar ate 25% a mais pelo “Conteudo Nacional”, entao, no meu simples modo de ver, fiz a seguinte conta: Total gasto em obras de 2004 a 2014 =R$ 170 bilhoes, entao, 25% = R$42,50 bilhoes ( quantia que a Petrobras poderia ter pago a maior pelo Conteudo Nacional).
Pergunto: Esses R$ 42,5 bilhoes fez parte do impairment da PwC?
Se fez, quem deveria reembolsar a Petrobras pelo Conteudo Nacional seria a Uniao que no final sera a grande beneficiaria desse desenvolvimento da nossa Industria Naval.
Essa é a tese do PSDB.
Ou seja, a Petrobras pertence aos acionistas e não aos brasileiros. Sua função é gerar lucros e não promover a capacitação tecnológica do país.
O mesmo raciocínio foi aplicado à SABESP em São Paulo. Sua missão, a partir da privatização, não é mais forneçer água e tratar esgotos para os paulista, e sim, gerar lucros aos acionistas de Nova York.
E são exatamente esses dois modelos que estão em disputa neste momento no Brasil.
Se você é cidadão brasileiro ou paulista ou acionista da Petrobras ou da SABESP fará a escolha de um modelo ou de outro.
Pó
A SABESP vai virar pó.
Igual ao fundo de seus reservatórios!
O terceiro segredo de Fátima.
Ninguém sabe quem são os acionistas da SABESP, quanto pagaram inicialmente pelas ações, o que foi feito com o dinheiro estreante em caixa. Ninguém sabe se eles venderam pouco antes da “crise hídrica”, por quanto é para quem.
Só sabemos que entre uma coisa é outra, receberam 6 bilhões de reais em dividendos.
E que, agora, a lucratividade será reestabelecida via aumento de preços.
Seria interessante algum especialista acompanhar o que acontecerá com os papéis da SABESP.
Para os contabilistas de plantão.
Tenho, em sociedade com meu irmão, um galinheiro com 100 galinhas, compradas a 2 reais cada uma – perfazendo 200 reais em galinhas o meu patrimônio – que produzem uma quantidade x de ovos que vendo ao preço de mercado, o mesmo praticado pelos galinheiros concorrentes, e que me geram um lucro y.
Um dia descubro que o meu comprador de galinhas recebeu uma propina de 50 centavos sobre cada galinha, que custava na verdade, 1,50 reais, e que tenho, ao invés de 200, 150 reais de patrimônio. Mas o montante apurado com a venda dos ovos continua igual, só que agora sobre uma base patrimonial menor, demonstrando que o nosso negócio é ainda mais rentável do que pensávamos – diz o meu irmão, exultante e já pensando em embolsar uma parte meior do lucro – já que antes lucravamos y/200 e passamos a y/150.
Porém, o contador que descobriu a propina, homem de ideias sofisticadas, afirma que, segundo o método do “impairment”, teremos que subtrair do lucro 50 centavos por galinha, gerando um prejuizo que, além de impedir o meu irmão de embolsar o seu pro labore, poderá conduzir à falência do galinheiro, que agora ainda tem o seu patrimônio reduzido para150 reais.
Segundo o método adotado pelo nosso contador:
a) Ao serem avaliadas em 1,50 reais, nossas galinhas darão menos ovos ou morrerão imediatamente ao completarem 3/4 da vida normal que teriam se valessem 2 reais.
b) Ao reduzir o valor das galinhas eu estarei lançando como prejuizo um valor referente a uma diminuição do meu custo por ovo, que antes era uma fração de 200 e agora é uma fração de 150.
c) O meu contador é um safado e provavelmente trabalha para algum concorrente que quer me ver quebrado.
d) O mais provável: eu não entendo nada de contabilidade.
Vamos fazer negócio, “brimo”?
Mas como suas galinhas continuaram botando ovos pela vida útil que galinhas costumam ter, como seus fregueses continuaram comprando ovos, eu, que conheço as artimanhas do seu contador, me ofereço para comprar seu galinheiro na baixa.
Bem desenhado!
Ótimo comentário, didático e SIMPLES!
Parabéns.
Desculpe aí
Mas é um exemplo ridículo que nada tem a ver com o assunto em tela.
Imparment na cadeia de óleo e gás não é idéia sofisticada, é obrigação contábil.
No caso do seu galinheiro, para ficar mais parecido com o caso em tela, algum dos sócios teria que ter se mancomunado com o vendedor de galinha para pagar um valor mais alto por elas, prejudicando os outros sócios. No caso da Petrobras, quem fez isso foram os diretores nomeados atravé de influência política pelo sócio controlador, o Estado brasileiro, em detrimento dos sócios minoritários.
No mais, é óbvio que a conclusão que se tira deste balanço da Petrobras, assim como se tiraria do balanço do seu galinheiro, é que ambas as empresas pordem ser MUITO MAIS LUCRATIVAS, se foram adotadas boas práticas de governça na aquisição de seus bens de produção, sejam galinhas ou refinarias.
A sua conclusão de que o negócio seria menos rentável é simplesmente ridícula.
Ainda bem que o VinVel não sugeriu que o Zé Carlos Brandes
Se jogasse de um precipício, ouiríamos perder um comenteiro do blog.
Ou não seria “ainda bem”?…
Esse nonsense pode ter sido
Esse nonsense pode ter sido util a Petrobras de varias maneiras:
Retira parte da pressao e do foco nela. Mesmo nao sendo tecnico, esse foco a estava fazendo perder capacidade de investimento, credibilidade, etc.
Nao pagar dividendos tambem eh uma forma de aumentar seu caixa, sem ser responsavel perante isso frente aos acionistas – sou mais um dos milhares de micro investidores mas nao reclamo pois aposto na Petrobras a medio e longo prazo e acredito em seus funcionarios.
Tudo isso poderia ter sido parcialmente evitado com o minimo de bom senso do governo e da antiga diretoria da Cia. Aquela “coisa” apresentada pela Graca Foster foi completo no-sense. Seria um absurdo mesmo que apresentado por um estudante. Imagino o que mais poderia acontecer sem a troca da presidente.
Esse escoadouro de dinheiro em propinas nao vem de hoje nem de agora nem apenas da Petrobras. Quem tem o minimo conhecimento do Brasil sabe que isso pode acontecer em empresas publicas e privadas. E acontece.
O valor das propinas nem eh o maior valor. Os carteis sabiam os valores que apresentariam estariam “cobertos” pelo corrupto ou seja, em cima do custo e do lucro normal, muito provavelmente havia um valor muitissimo maior do que a propria propina. O ceu era o limite.
resumo
Aqui o resumo:
“se embutiu propina ou não, importa para a investigação criminal, não para o balanço. “
O resto do balanço balança entre um samba do criolo doido e um recibo passado ao PIG.
Ou isso.
A valor presente, pouco importa quanto custou incialmente.
E estabelecido esse valor, como a Petrobras não será privatizada, primeira tentativa do pessoal dos escândalos, o que importa é saber a relação entre sua dívida somada ao seu custo operacional em relação ao seu patrimônio somado ao faturamento esperado para o ano.
Quem tem essas informações pode ganhar muito dinheiro comprando ou vendendo ações.
ações
Sr. Sergio,
Eu, como não tenho essas informações, estou comprado a R$ 16,50.
Só vendo quando pagarem R$ 29,
Não tenho pressa, afinal o imposto sobre o lucro é o mesmo!
Sabidão.
Você é o George Soros.
é
George Soros57
o melhor é fazer o balanço
o melhor é fazer o balanço pela opção 2: estima-se o preço do petróleo a 150 usd em 2016, 180 em 2017…( geramos uma taxa de retorno altíssima), o VP explode e nem precisamos fazer «impairment».
Ver 3ª pág. de “A prestação de contas desastrosa da Petrobras”
Luis Nassif,
Fiz comentário recente junto ao post “O mercado volta a sorrir para a Petrobras” de quinta-feira, 23/04/2015 às 06:00, e tencionava voltar lá para deixar os links para posts que eu havia indicado em meu comentário enviado quinta-feira, 23/04/2015 às 20:51. Meus comentários estão demorando a serem publicados e embora esse não fosse o caso, eu queria antes acrescentar algo mais a comentário que enviei na sexta-feira para o post “As passeatas, a política e os caminhos de Dilma” de terça-feira, 14/04/2015 às 07:26, mas que nunca aparecia aqui no seu post e assim acabei deixando para outra oportunidade os acréscimos a serem feito junto ao meu comentário no post “O mercado volta a sorrir para a Petrobras”.
Era minha intenção ainda tentar encontrar um post em que você fazia crítica ao balanço apresentado pela Petrobras ainda no tempo da Graça Foster. Agora com este novo post “O nonsense do balanço da Petrobras” de domingo, 26/04/2015 às 08:44, de sua autoria, eu voltei a interessar pelo assunto e com um pouco mais de pesquisa pude encontrar o post procurado. Trata-se do post “A prestação de contas desastrosa da Petrobras” de sexta-feira, 30/01/2015 às 05:00, e de sua autoria e que pode ser visto no seguinte endereço:
https://jornalggn.com.br/noticia/a-prestacao-de-contas-desastrosa-da-petrobras?page=2
Já havia mencionado este post “A prestação de contas desastrosa da Petrobras” no comentário que enviei para o post “O mercado volta a sorrir para a Petrobras” , mas não tive tempo de fazer junto a ele, a pesquisa dos comentários e que fiz desta vez. Exatamente por isso chamei atenção para a terceira página do post “A prestação de contas desastrosa da Petrobras” pois logo no início do post há um curto comentário de Renato Silva, enviado sexta-feira, 30/01/2015 às 05:40, mal o seu post havia sido publicado. Uma correção importante e que deveria constituir em um complemento do seu post. Reproduzo a seguir curto comentário de Renato Silva:
“Prezado LN, a perda de valor dos ativos resultantes do teste de impairment não são dedutíveis”.
Só esta correção já valia ter elevado o comentário para junto do seu post. Só que ainda tem mais. Um comentarista, que por sinal parece que fica mudando de nome dependendo das circunstâncias, intitulando-se Kont A. Dour, enviou para Renato Silva na sexta-feira, 30/01/2015 às 09:16, um comentário com o seguinte título: “Pelo menos a depreciação é dedutível” e que tinha também um curto conteúdo e que transcrevo a seguir:
“Impairment é uma forma chic e sofisticada de depreciação, não?”
Coloquei toda a frase em itálico, embora Kont A. Dour tenha italicizado apenas “Impairment”. E como eu disse ainda tem mais. Há uma troca de comentários entre Renato Silva e Kont A. Dour que deveria ser incluída em qualquer post que se referisse ao Balanço da Petrobras. Havendo oportunidade, eu mesmo complemento este meu post transcrevendo os demais comentários dos dois. De qualquer modo, o início da resposta de Renato Silva em comentário que ele intitulou “Não… tem uma diferença” e enviou sexta-feira, 30/01/2015 às 10:35, para a pergunta de Kont A. Dour já vale ser transcrita a seguir. Afirma lá Renato Silva:
“Tem diferença. Na verdade Impairment Test é um termo “chic”, mas o conceito é interessante…. nas normas contábeis brasileiras é Teste de Redução de Ativos ao Valor Recuperável”.
Bem, fiz toda essa referência aos comentários de Renato Silva e Kont A. Dour porque há uma questão importante para quem não está muito familiarizado com as regras da contabilidade nas Sociedades por Ações. Se o Brasil for capitalizar a Petrobras, a capitalização é feita considerando o valor de todas as ações emitidas ou considerando o valor da empresa após o teste de impairment? Esta questão é importante dado que em minha avaliação o grande problema da Petrobras é a dívida dela e este problema talvez só seja sanado com uma capitalização em que o governo pague parte da dívida. Não me pareça que o governo tenha condições de fazer a capitalização no atual momento. Era preciso primeiro que o dólar se desvalorizasse, depois que se conseguisse um saldo na Balança Comercial de 1 bilhão de dólares por mês e ao mesmo tempo se estancasse o problema nas transações correntes do país e assim o pais voltasse a juntar reservas. Em uma situação assim o país poderia utilizar parte das reservas (50 bilhões de dólares) para quitar as dívidas da Petrobras. Embora antigamente se dizia que dívida não se paga, mas rola.
É claro que dependendo do que se considera como capital da empresa para efeito de capitalização, a capitalização pode representar proporcionalmente um grande ou um pequeno valor. É do interesse do governo que este valor da capitalização, seja proporcionalmente grande.
Bom, se talvez para a recuperação da economia fosse necessário uma desvalorização mais imediata do real e o Brasil pudesse a voltar a formar reservas para então solucionar a questão da dívida da Petrobras, talvez tendo em vista outros problemas seja melhor que a capitalização demore um pouco. Talvez seja melhor que o governo brasileiro venha esperar a decisão do judiciário americano para fazer a capitalização. Se a Petrobras tiver que pagar um valor muito alto, o governo capitaliza e pulveriza as ações de tal modo a diminuir a pressão da dívida ao mesmo tempo que diminuri o valor das ações na mão dos acionistas. E ficam elas por elas.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 26/04/2015
As variáveis variáveis que variam variando os balanços e DRs
Balanços e demonstrações de resultados nao podem ser sempre contas exatas e definitivas sobre uma empresa.
Vamos listar aqui algumas variáveis que “vareiam” variadamente, podem ser intangíveis ou mesmo subjetivas.
(1) Provisão para devedores duvidosos; (2) Semoventes (ex. cabeças de gado que dão filhotes); (3) Depreciação (regras do IR x mercado); (4) Câmbio (ex: diferenças no balanço em uma moeda ou outra, locais ou de uma matriz; (5) Preços, ontem altos, hoje baixos, amanhã altos de novo, etc.; (6) Critérios de mensuração, como um carro que tem preço de compra, preço de mercado e preço de manutenção (peças e serviços; (7) Diferenças temporais entre a “medição” e o registro; (8) Etc.
No caso do valor de corrupção, não há nenhum valor tangível, mas um valor ASSUMIDO (como se provisão, que eu não passaria, hoje, de 1,5bi) que traz obviamente implicações como recuperabilidades, penalidades judiciais, etc. O importante a meu ver no caso é ENCERRAR discussões duvidosas sobre o balanço (e o resultado da empresa).
No caso do impairment, há um sem número de variáveis subjetivas, de câmbio a preço do óleo (que pode subir e alterar positivamente um novo teste de impairment (que não é único nem definitivo, mas periódico).
Aqui entre nós, se raramente conseguimos orçar ou valorar uma obra particular em nossa casa (ex. recuperação na venda), quanto mais uma refinaria, com milhares de complexos equipamentos, que entram em funcionamento e se estragam e sofrem manutenção em tempos, valores e resultados diferentes.
Se não conseguimos dizer de verdade sequer quanto vale um carro usado ou um imóvel em nossas declarações de IR, quanto mais uma refinaria em operação parcial, num cenário em mudanças.
O que importa aí por enquanto é que este prejuízo é eminentemente contábil (digamos: baixa de ativos e provisão para corrupção ainda não esclarecida) e que a empresa continua dando lucro operacional, apesar do menor preço de mercado do seu produto (aparentemente já em recuperação).
Ninguem discute o prejuizo de ~30 bilhões da rede britânica Tesco (baixa massiva de ativos), mas na Petrobrás todo mundo dá palpite, “porque é pública”. “Pública é meuzovo”, já que ela tem capital aberto e, fora a sua fundação, sempre deu mais ao Tesouro (União) do que o contrário. O “público” não “bota dinheiro” na Petrobrás. Tira!
O resto é torcer para a companhia continuar sendo um orgulho de reconhecimento mundial e uma fonte de receitas, empregos, know-how, impostos, royalties para saude e educação, soberania, desenvolvimento de indústria nacional (e mais empregos, e know-how, e…).
Ou torcer para ela “quebrar”, ser vendida para estrangeiros, cujo compromisso com o país é inversamente proporcional aos lucros (e etcs.) que poderão exportar daqui.
Vc decide, torcedor!
PS: Este comentador de muitos nomes (o que vale é o comentário e sua eventual contribuição às discussões) agradece a menção feita pelo Clever Mendes.
Se você não entende nada de um assunto, não comente.
O impearment passou a ser obrigatório por conta da implantação das normas internacionais de contabilidade no Brasil e deve sim ser feita de uma só vez, nessa situação. O cálculo leva em conta a recuperabilidade do valor de um ativo pelo maior valor entre a compra e uso desse ativo. Por exemplo, se você comprar uma casa pir R$ 200 mil e seu valor de venda for menor que esses R$ 200 mil você não recuperia pela venda, mas poderia recuperar alugando… se nenhum dos dois ttrouxer um retorno de, no mínimo os R$ 200 mil, você deverá reconhecer essa perda. Foi exatamente o que a Petrobras fez. Seus Ativos não terão retorno nem com as atividades normais , nem se fossem vendidos…
Se você não entende nada de um assunto, não comente.
O impearment passou a ser obrigatório por conta da implantação das normas internacionais de contabilidade no Brasil e deve sim ser feita de uma só vez, nessa situação. O cálculo leva em conta a recuperabilidade do valor de um ativo pelo maior valor entre a compra e uso desse ativo. Por exemplo, se você comprar uma casa pir R$ 200 mil e seu valor de venda for menor que esses R$ 200 mil você não recuperia pela venda, mas poderia recuperar alugando… se nenhum dos dois ttrouxer um retorno de, no mínimo os R$ 200 mil, você deverá reconhecer essa perda. Foi exatamente o que a Petrobras fez. Seus Ativos não terão retorno nem com as atividades normais , nem se fossem vendidos…
Se você não sabe ler, pergunte ao guarda.
Se já estava estabelecido o valor do patrimônio da Petrobras pelo impearment, por que ainda abateram desse valor um valor estimado referente à “corrupção”?
É disso que o texto fala.
Bem, isso rebaixa artificialmente o valor gerando prejuízo. O governo não recebe impostos de prejuízos, os acionistas não recebem dividendos de prejuízos, o valor das ações caem e, se alguém já sabia disso antes do balanço ser publicado, comprou na baixa porque o lucro era garantido, bastava fazer a conta ao contrário e somar o que foi indevidamente deduzido.
Você realmente não entende de nada de Contabilidade
O governos receberá os tributos sobre o lucro, essa baixa é indedutivel para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social. Esse valor da corrupção é parte daqueles R$ 88,6 bilhões que é a verdadeira baixa que a PWC queria fazer no terceiro trimestre, foi apenas separado para evidenciar as perdas nos valores dos ativos. Não há nada de artificial nessa baixa, se não há condições de reaver o valor de um ativo, artificial seria deixá-lo na contabilidade pelo valor de custo original.
Os auditores tem a função única de emitir uma opinião, apenas isso, segundo a legislação Brasileira e Internacional, os reponsáveis pelos números e por esses lançamentos são os administradores da empresa, portanto essas baixas foram feitas pela Petrobrás e apenas validadas pela Auditoria, que não tem nem no Brasil nem em lugar nenhum no mundo o poder fazer baixas no contabilidade de nenhuma companhia.
De tudo um pouco.
Conheço um pouco de contabilidade de custo, o que aprendi com o professor Chiavenato.
E continuo com a dúvida, se já havia se estabelecido o valor presente dos ativos, por que se abater os calores relativos à “corrupção”?
É grave a coisa;
“Ora, se o teste do impairment teoricamente calculou o valor justo dos ativos, se se descontar o suposto valor da corrupção, haverá uma subavaliação e o balanço não refletirá a situação da empresa… No caso da Petrobras, o teste do impairment levou a uma baixa contábil de R$ 44,3 bilhões; o tal cálculo aleatório da corrupção, a mais R$ 6,3 bilhões.” (Luis Nassif)
Na verdade, se feito o cálculo dessa forma, “dobra” o impacto do valor do desfalque sobre os ativos reais da empresa e… deixa oculta, no balanço, uma boa “gorjeta” para o próximo ladrão, ou um belo “caixa dois”.
Bizarro isso…
boa tarde José,
eu acho que
boa tarde José,
eu acho que os 6,2 são uma ressalva dentro do impairement…seria um erro muito grosseiro
estes números me lembram uma piada que um chefe meu me contou:
um dia meu chefe me disse que não viesse nunca com 2.017 índios.
eu não entendi e ele me explicou:
” O General Custer se aproximava de uma região hostil e enviou um batedor para obter informações. Dois dias depois o batedor volta… o General pergunta se tinha visto índios…o batedor disse ” sim General, vi 2.017 índios”… Custer ficou assombrado com a precisão e perguntou como ele chegou nesse número…o bravo batedor disse “vi 10 fileiras de cabanas e cada fileira tinha 20 cabanas…como em cada cabana moram 10 índios: 10 x 20 x 10=2.000 índios” e Cluster disse “e os 17 ?” o batedor olhou para o General dizendo:” no lado sul, ao lado do rio, tinha uma fogueira…em volta dela, 17 índios conversando…2.000 nas cabana e 17 na fogueira 2.017″
e ao contrário do batedor, aprendi a não somar estimativas com valores reais
Eu divido com você o mesmo espanto!
Não acredito que haja tanta ingenuidade na avaliação e conformação desse balanço quanto a detectada pelo nosso amigo Luis Nassif, mas já tive ocasião de verificar, em auditorias bem menos complexas, situações de lançamento inadvertido de despesas à coluna de créditos, criando um “buraco” nos resultados às vezes de difícil verificação.
Não sei o que o “stress” pode produzir em situações que tais e sob tais pressões de momento, inclusive de prazos vencendo, mas se tal aconteceu, e não tenho porque duvidar da avaliação do Nassif, foi um erro grotesco.
Da minha parte, vou acompanhar e aguardar os desdobramentos.
Já quanto à anedota, é muito boa! Parabéns!
Much ado about nothing
Primeiro, ja disseram aqui: o teste de impairment e’ obrigatorio e tem que ser feito de uma vez. Pode-se fazer parcial apenas quando existe clareza de uma melhoria futura. Quanto a depois ainda tirar o valor da “corrupcao”, eu nao entrei nos detalhes do balanco, mas alguma coisa esta mal explicada. A PwC nao assinaria algo que poria em risco a licenca de contabilista de seus principais socios, entao a explicacao deve ser outra e a fonte do Nassif apenas tentou confundir as coisas.
Mas o ponto central e’ que esse assunto e’ irrelevante. Um “impairment” apenas reconhece um dinheiro que ja saiu do caixa da empresa e que nao vai voltar mais. Nao tem efeito presente, e’ apenas o reconhecimento do passado. Alguem por ai disse que isso pode levar a falencia de uma empresa, mas nao pode nao, porque nao representa NENHUM desembolso atual. Pode ate ser que haja uma falencia decorrente das PERDAS que geraram o impairment, nao do impairment em si. Mas neste caso, tanto faz se voce reconhece contabilmente ou nao, o problema ja ocorreu.
Ha um efeito nos “indicadores” da empresa (relacao divida/patrimonio, lucro/assets, etc), mas considerando o tamanho da Petrobras, os valores comentados sao pouco relevantes. E ha um uso politico, contra o qual a unica defesa e’ um pouco mais de conhecimento tecnico e um pouco menos de “procurar pelo em ovo”.
Desculpe a sinceridade
Mas, seu Nassif, se há non sense aqui, ele está nesse seu texto.
Muito mais do que simplesmente mostrar a atual situação da empresa, um balanço, quando comparado ao anterior, há que demonstrar a evolução das contas no período: onde a empresa teve prejuízos, onde ela teve lucros.
Há poucos meses, antes do balanço dos 80 bi, você fez um texto igualmente non sense, onde afirmava que o balanço da Petrobras nã saia porque a Justiça não conseguia dizer para a empresa em quanto ela havia sido roubada para qe se pudesse lançar isso no balanço.
A época, meu comentário foi da total inversão de papéis atribuida no texto. Ora, se a polícia descobre um depósito de materiais roubados por um funcionário de uma empresa dos estoques desta, digamos 100o peças de um determinado produto, e o ladrão confessa que roubou mil peças, não cabe a justiça afirmar para a empresa que foram roubadas apenas as 1000 peças. Cabe a vítima, a empresa, através de suas auditorias internas, análises de inventário de todo o período em que o ladrão agiu, dimensionar o valor do prejuízo e tentar reave-lo do ladrão judicialmente.
O primeiro balanço dos 80 bi é que foi totalmente non sense. Fizeram exatamente aquilo que você diz que deveria ter sido feito agora. Calcularam um prejuízo de 80 bi e não especificaram o quanto daquele prejuízo, aplicado o impairment, deveria ser debitado as alterações do mercado mundial de óleo e o quanto deveria ser debitado a má-gestão dos investimentos, incluindo a prática de superfaturamento.
Aí se deu possibilidade de, quem quisesse atribuir os 80 bi à corrupção e a quem interessasse, atribuir os 80 bi as alterações do mercado de óleo.
Resta evidente que, na conta de prejuízos, a que se especificar a origem de cada prejuízo separadamente para se ter um balanço honesto da empresa e do período.
VocÊ afirmar, como fez aí, que pouco importa para o balanço da empresa se houve propina ou não é um absurdo total. É a partir desse valor, que obrigatóriamente deve constar em balanço, que a empresa vai buscar o seu ressarcimento junto a diretores e fornecedores, judicialmente.
Esse é um valor que, no balanço, na fotografia atual da empresa, pode ser considerado por investidores e sócios como um valor recuperável de uma maneira, ao passo que outros tipos de perda só serão recuperáveis mediante alterações no mercado mundial de óleo.
Misturar tudo isso no mesmo balaio de gatos seria coisa de contador de buteco.
Confundindo estoque de pastel com preço do vendedor de óleo
Cara, que lambança essa comparação de “roubo de peças”, contagens de estoque, auditorias e blá-blá!
E vc se diz “empresário”? Ou é apenas muambeiro que fica contando quantas capinhas estão na sacola paraguaia?
No caso não houve nem roubo nem desvio NA Petrobrás, mas uma grana externa, paga e recebida externamente, por funcionários “enojados”. O valor comprovado até agora pela truculenta devassajato vazavaza mal chega a 1 bilhão. O resto não passa ainda de uma frase solta de “o que rola por aí”…
Não se sabe no total quanto eles receberam nem sequer se isto saiu do lucro ou de um aumento de preço (praticas comuns no mercado público E privado, já que lucro não é “tabelado” e mais 3% ou menos 3% pode ir de sobrepreço a desconto, sem quebrar ninguém, nem fornecedor nem cliente.
A unica coisa a contar e auditar é o “estoque” de bobagens que vc escreve aqui, na vã suposição que vc é o “esperto” da sala* e nosotros os imbecis.
(*) Veja Smartest Guys in the Room” e (talvez) aprenda o que é uma empresa corrupta de verdade.
Ok
Espertalhão.
Estamos errados eu, o Bendine, o departamento contábil da Petrobras, o TCU, a auditoria e todo o mercado.
Certos estão o Nassif, você e o resto da penca de troll governistas. KKKKK
Não houve roubo ? Não houve superfaturamento ?
Só uma dúvida: você é o irmão do dono de galinheiro que comentou mais abaixo ? KKKKKKK
Não disfarça sua “contagem de pastéis e capinhas” não!
Esqueceu a bobageira para se esconder atrás do Bendine (que eu apoio), TCU, “mercado” (de que? de peixe ou de pulgas?). Se avexe não, minino, argumente ao invés de bostejar ou se esconder atrás de alguéns”. Vamos lá:
1) Roubar é a subtração de algo de alguém. O dinheiro propinado era das empreiteiras, portanto não foi roubado (ou desviado) dos cofres da empresa (ou terão sido “movimentadas na conta de corrupção”, rubrica PRCosta da contabilidade?)…
2) Não falei nada em superfaturamento em meu comentário, mas falarei abaixo.
3) O cálculo da corrupção está claríssimo e explicitado formalmente no balanço: total dos contratos no período (só do PT…) vezes 3%, ditos “en passant” pelo enojado e confesso P.R. Costa. Assumidos (não comprovados) pela empresa.
4) A única coisa que ele prova até agora é que pegou uns 400 das empreiteiras. Que “tirou” de 1%. Que “ouviu dizer que rolava” mais 2%, Que saia do lucro (e não de superfaturamento). Fora os 400 dele, e mais outros tantos de outros poucos colegas “independentes”, o resto é disse-me-disse sob investigação. Ou os 3% dele valem, mas a negação de superfaturamento (que aí não afeta a empresa) não vale?! É delação “self-service”?!
5) Note que eu não estou negando nada (pelo contrário, “bola” existe em quase todas as empresas publicas E privadas). Apenas só afirmo aquilo que for comprovado. Assim deve ser a aplicação da lei (e na contabilidade).
6) Como um TCU, um “mercado”, um Moro, uma contabilidade (ou alguém neste planeta pode “calcular esta corrupção” além do que for devidamente comprovado?
Ao invés de ficar papagueando e rindo como uma hiena …
Explicaí!
Informe-se
Não foi apenas o diretor que falou em 3%.
Os fornecedores já confirmaram o pagamento dos 3%.
E também já confirmaram em juízo que já era um “custo calculado” quando se tratava de Petrobrás, o “pedágio” de 3%.
Ora, ora d. Aurora, traga as fontes ou não chute generalidades
Neesa mixórdia de executivo preso “preventivamente” há mais de 6 meses, teve gente que negou ter dado, outros que (disseram que) deram 1, outros 2, outros deram valores e não percentuais, outros que negaram clube, outros que vinha do lucro, como o principal e enojado delator… Teve até delator de tucano que foi solto pelo juiz e desapareceu…
Aí como ficam os fatos? Se o principal delator disse que não foi superfaturado, que prejuízo seria esse? Quem está falando a tal da verdade? Afinal Justiça é essa bagunça Moriana de disse-me-disse-cada-um-diz-diferente ou tem que ter provas ainda que testemunhals pelo menos consistentes ou corroboradas com fatos? Mesmo que 2 ou 3 “digam”, têm que provar, entende? Ou vc acha que os empresários, doleiros e os diretores bandidos são petistas?
Além disso existem outras diretorias e projetos. Colocar 3% (corrupção “tabelada”, sujeita a “IGPM”, provavelmente) em TODOS eles é apenas assumir um valor para encerrar a questão, tolinho. A Petrobrás tem mais o que fazer do que ficar tomando conta de casos policiais? Que nunca deveriam ter passado disso.
Em vez de sacolear, vc precisa trabalhar em cargos executivos de alto “budget” para entender um pouco mais sobre essa sua ingênua visão tabeladinha papagueada da mídia.
O que é e o que se quer acreditar
Caro Nassif…. veja que mesmo com os seus esclarecimentos fica visível que: Pelos comentários observo que hoje em dia o que vale para os “marionetes da rede tu é bobo”, é o que se quer acreditar…..
PICARETAS
Donos de bancos , cartórios , agências de classificacão de risco , auditoria e os donos de sauna estão entre aquelas atividades que ganham muito dinheiro fácil com o suor dos outros .
No Brasil , essas empresas de auditoria podem agir mais livremente , sem vergonha na cara. Nos EUA , a displicência provocou o fim da Arthur Andersen em 2002 , auditoria que sentava em cima dos balancos fraudados da Enrom , maior empresa americana de energia na época.
Alguém tem idéia de quanto uma (P) WC cobra para botar o seu parecer ao final do balanco da PETROBRAS ?
Só pra se ter uma ideia : a DELOITTE cobrava R$1milhão por ano do Silvio Santos pra fornecer um parecer limpinho nos balancos do Banco PAnamericano – ela não detectou um rombo equivalente a mais da metade do patrimônio líquido do banco !
Sabem o que aconteceu com a Deloitte pela participacão nesse episódio ? Nadica de nada ………..
Enquanto puderem empurrar as encrencas com a barriga , as empresas de auditoria independente deitam e rolam com seus gordos honorários , baseados em uma imagem de “GRIFFE” que elas construiram ao longo de décadas , mas que o histórico vai mostrando que não é bem assim !
Quando são pegas em flagrante , com o estouro de algum escândalo corporativo , elas se dizem vítimas , que foram enganadas pela administracão da empresa .
Na verdade , são movidas pelos interesses e pela pressão do momento : quando tudo está tranquilo , se sujeitam a fornecer pareceres limpinhos em balancos duvidosos , cobrando em troca seus gordos honorários ; quando se vêm ameacadas em ter o nome envolvido na participacão de falcatruas , resolvem mostrar rigor na avaliacão dos balancos , coisa que em situacões de tranquilidade espantariam os clientes.
O Brasil é o país mais
O Brasil é o país mais democrático do mundo. Atingimos tal nível de maturridade e liberdade que já rasgamos faz tempo a constitução, o código penal, o código de defesa do consumidor, as lei de transito, o código florestal etc. etc. etc.Num país com tal nível de liberdade para que serveriam esse amontodado de leis? Aqui cada um dita suas próprias leis, isso é que é um país livre e democrático!
Relações fecundas para os estrangeiros
Os bancos e investidores fictícios de fundamentos (investimentos externos e crédito financeiro) da chamada civiização americana foram capazes de desenvolver as reservas de valor e técnicas digitais de desenvolvimento econômico para estabelecer o preço de uso da nações.
Processos produtivos e as realizações do tipo concreto, com os interesses que podemos chamar de especulativos, acumularam o patrimônio não menos significativos do que todas os resultados do PIB, sem contar as conquistas de orbita do Estado, no qual este último deveria formar as riquezas com um quadro interpretativo de certa ordem da sociedade.
Naturalmente, processos concretos não são um simples fato contemplativo dos sabichões da alma sem espírito, resultará de um domínio do homem sobre a natureza e, ao mesmo tempo, num lugar de revelação da verdade, em que haja o espaço exterior fundamental para elucidação do valor do trabalho que se torna como seu componente e tem forma de gestão do pensamento puro.
Foi realmente ridículo! Ficou
Foi realmente ridículo! Ficou patente uma coisa apenas: a redução dos ativos da cia. só fez aumentar ainda mais o principal índice de alavancagem (Dívida/ Patrimônio Líquido) da empresa.
A que ponto isto vai levar exatamente eu não sei. Mas me parece mais uma batalha na guerra pelo pré-sal. Querem estrangular a Petrobrás de modo a impedir o endividamento saudável da cia. Endividamento é ruim se feito para pagar dividendos, para cobrir custos de projetos mal-elaborados, agora endividamento para o aumento da produção e dos lucros futuros é a coisa mais saudável que pode existir para uma empresa.
E o pior é que os tais testes de impairment nunca são feitos para majorar os ativos de uma cia. Ou seja, a redução drástica feita agora me parece incontornável.
Como sair deste impasse nos próximos anos para continuar investindo, este é o grande problema da Petrobras hoje.
Não tenho total certeza, mas
Não tenho total certeza, mas já ouvi dizer que Impairment sempre é para redução, pois existe o princípio do conservadorismo na contabilidade. Mesmo que na prática um ativo valha mais, não se pode aumentar valor por teste de fluxo de caixa descontado, talvez porque esse teste guarde sempre grande dose de subjetividade.
Como um dos princípios do impairment é o retorno dos ativos
O impairment é um pouco o aperfeiçoamento da depreciação, que não considerava a geração de valor dos ativos.
Se o preço do petróleo sobe, os ativos que relacionam seus retornos a ele, deverão subir.
Não, vc pode fazer para
Não, vc pode fazer para aumentar sim desde que justifique E alguém concorde. No caso uma empresa de auditoria independente.
Não existe otário no mercado. Isso se for feito, vai aparecer em manchete no balanço com notas explicativas e etc.. Não da para fazer no escurinho.
De qualquer forma, ajustes no balanço são sempre vistos com suspeição pelo Mercado e por isso estas coisas não são muito populares. FAz só quando tem que fazer mesmo.
Nassif, voce tem toda razão,
Nassif, voce tem toda razão, muito bom esse artigo.
Persistem as seguintes dúvidas:
Se o valor dos ativos está pelo seu “custo histórico”, ou preço de custo ai sim caberia, em tese, a tal redução “por corrupção”, pois teoricamente, devido ao pagamento das propinas, alguns ativos construídos estariam com valor de custo histórico acima do “real”.
Já se houve o teste do impairment ou a reavaliação de todos os ativos, inclusive os que foram construídos, pelo “fluxo de caixa descontado a valor presente” ai realmente, não cabe qualquer redução por possíveis corrupções.
Mas a questão é complexa Nassif. Não sabemos se TODOS os ativos sofreram teste do impairment. É provável que não. Talvez alguns – fora as obras – sofreram reavaliação (teste do impairment) e as obras sofreram redução de valor por possível corrupção. Pode ter sido isso que ocorreu.
De qualquer maneira seria interessante que a Petrobrás explicasse isso corretamente.
Um dos grandes problemas tanto do Governo Dilma como da empresa, nestes últimos anos, têm sido a questão da transparência e isso, ainda mais neste momento, não é nada bom. Outro ponto que ainda não explicaram corretamente, e a Petro certamente tem esses números, é o prejuizo que ela teve nas operações com derivados durante o periodo de 2012 até meados de 2014.
A Petrobras já explicou tudo
Está tudo lá no site dela.
Os 44 bi de impairment foram:
– 31 bi de atrasos em Abreu e Lima e na Comperj e reavaliação deles.
– 10 bi de alteração nos preços internacionais do óleo.
– 3 bi de redução da demanda e por consequência da margem de lucro.
Fora isso, lançou-se um prejuízo de 6 bi ( 3% de valor pago indevidamente em todas as obras das empresas do Clube do Bilhão )
Se não se especificar esse valor, contabilizando-o, com base no que a Petrobras vai buscar de ressarcir judicialmente daquilo em que foi roubada ???
Como fica a situação dos acionistas ?
Pois é, arredondando: 50 bi contábeis – 21 de prejuizo dá…
29 bilhões de lucro operacional, senhoras e senhores!
Isso com o preço internacional em queda.
Imagine-se após a amortização das dívidas e o retorno dos investimentos, com a mundiamente premiada excelência no upstream?
Os coxinhas que preferem mandar todos os lucros para fora vão abrir e rasgar … as calças, senhoras e senhores…
Que vendam suas ações. Não só
Que vendam suas ações. Não só não vendi as minhas como estou comprando. A preço do dia, tá?
Hora do troco.
A Petrobras sob ataque de ladrões da casa e inusitada campanha de descrédito midiática-política ainda contou com desserviços da pwc.! E para que a Petrobras se lembre disto na hora de renovar contrato com firma de auditagem. Pwc marcou termendo gol contra.
sabemos, Nassif, você e mais uns tantos aqui, eu inclusive
que este balanço é um mar de conveniências.
romério
Uma gota d`água no oceano.
Certo, economicamente você tem razão. Entretanto o valor atual da empresa é apenas de 1/3 do valor da dívida que ela contraiu. O governo anunciou que vai vender parte do pré-sal para capitalizar a empresa. Chegou a falar em capitalizá-la através do BNDES ou do FGTS, mas parece que a solução mais viável é a venda de parte do pré-sal. O dito pré-sal fica a 7 kilometros de profundidade e é um projeto ecologicamente perigosíssimo, pois caso haja uma mínima falha podemos causar uma catástrofe ecológica sem precedentes devido a quantidade de petróleo lá existente. Hoje pagamos caríssimo a gasolina e no efeito dominó todos os demais produtos encarecem. Infelizmente, mas coloca infelizmente nisto, o governo do PT afundou na lama uma joia rara e agora tenta buscá-la sem sucesso. O rombo da Petrobrás não é apenas financeiro é também motivacional. Seus empregados estão cabisbaixos por tanta corrupção que ainda não se sabe se foi estancada. Uma fato torna-se fortemente duro: “O balanço da Petrobrás não quer dizer absolutamente nada. Ele é apenas UMA GOTA D`ÁGUA NO OCEANO”.
Petrobras
O valor atual da empresa é apenas 1/3 do valor da dívida que ela contraiu.
Exemplo de pessoas que não buscam conhecer os assuntos com o minimo de profundidade e nos comentários mostram o efeito nocivo do bombardeamento diário de uma imprensa que manipula os coitados.
Somente para seu conhecimento os ativos da empresa valem mais de 600 bilhões e a empresa fatura mais de 1 bilhão por dia , então fazer um comentário como esse é de sentir pena.
Para encerrar é preciso entender que valor na bolsa de valores é resultado momentaneo do mercado e não tem nada a ver com valor de uma empresa, mas para entender tem que passar das manchetes e do JN.
Sem ofensa.
Não é necessário, basta ver http://br.advfn.com/bolsa-de-valores/bovespa/petrobras-PETR4/balanco. Sem ofensa.
Em tempo: Até a CUT quer se distanciar do PT. Que coisa hein.
É o deus mercado não acresita
É o deus mercado não acresita neste lero-lero.
Faz me rir..
Basta um trecho de seu comentário para ver a mediocridade de seu pensamento e a miopia ideológica: ” O dito pré-sal fica a 7 kilometros de profundidade e é um projeto ecologicamente perigosíssimo, pois caso haja uma mínima falha podemos causar uma catástrofe ecológica sem precedentes devido a quantidade de petróleo lá existente “. Primeiro que é uma realidade que já responde por mais de 700 mil barris/dia, segundo, só é perigosíssimo se ficar nas mãos de irresponsáveis sem competência, como por exemplo a Chevron fez no Golfo do México ou se fazia nos idos tucanos, onde linhas rompiam, plataformas afundavem, por falta de manutenção e investimentos.
Quanto ao custo da gasolina, sabe muito bem que no Brasil, desde sempre, o preço da gasolina NUNCA teve relação direta e imediata com o preço do barril ou mesmo com o custo real de exploração do petróleo aqui produzido, e sim é composto por uma cesta de custos e impostos (como por exemplo o ICMS de 25 % que muitos estados, tucanos inclusive, cobram).
O balanço foi sim resultado e uma chantagem da PwC, para livrar sua cara dos balanços anteriores que nada identificou, (será que lá nos EUA agiria da mesma maneira?), e no mínimo foi sobregarregada pelos 6 bilhões que lançaram como prezuízo da propina, ora se compararam o valor real pago (portanto já com o “sobrepreço”), com o valor real dos ativos (empairment), este valor já está devidament computado e sua multiplicação foi como uma MULTA ficticia.
Aconselho mudar de fornecedor
tem gente fumando maconha estragada…
Só pode.
Nós
os funcionários da empresa, ficamos no meio do tiroteio..
mas não somos idiotas:
– Falar de ativos da Petrobrás sem contabilizar reservas de petróleo e gás, as já conhecidas com 90% de acerto como na Bacia de Campos e outras não ainda nem tão delimitadas como as do Pré-Sal, é simplesmente a prática de uma coisa: pilantragem; imaginem se o preço do barril vier pra casa dos 70 dólares novamente, a divida da empresa vai continuar nesse patamar de comparação com seu “valor de mercado”? (perguntem a um dono de petróleo na Arábia Saudita qual o preço de “valor de mercado” de seus campos pretrolíferos).
– Pegaram a totalidade da roubalheira da estatal, que vem desde os anos 90, e jogaram tudo em um só ano de atividade da companhia, e no colo do Lula e da Dilma por tabela; na cabeça de 120% dos midiotas houve um assalto de 6 bilhões na BR em 2014 (que foram parar nas contas “bilionárias” do PT) e 130% deles acredita de fato que a Petrobrás teve um imenso prejuízo contábil; tente explicar pra um deles como a empresa teve prejuízo mas seu lucro bruto apurado foi maior que o lucro bruto de 2013… entram em parafuso rapidamente; pior ainda seria explicar que apesar do “prejuízo’ a empresa já provisionou pelo menos 850 milhões para pagamento da PLR nossa referente a 2014… vão fazer passeata de protesto com certeza.
– Mas sabemos que no frigir dos ovos é isso que interessa: passar a população que a Petrobrás foi quebrada e que o Pré-Sal tem mesmo que ser entregue a quem de direito: o Tio Sam.
Boa
Essa piada de contabilizar as reservas de petróleo foi a melhor piada dos últimos tempos por aqui.
Ótima para um final de domingo. KKKKK
Contabilizar não pode, assim como desconsiderar, não deve
Desconsiderar que um mínimo de 30% das reservas confirmadas (e ainda há muito por confirmar) é valor econômico a ser explorado pela empresa é estupidez de anti-torcedor (que fica triste com as prerrogativas da empresa, deve estar comprando ações da Chevron…)
Não é contabilizada como ativo porque a lei de FHC quebrou (desnecessariamente) o monopólio, EXATAMENTE quando toda a bacia de Campos, que custou tempo, esforço, competência e dinheiro à Petrobras para descobrir e preparar para operação, estava prontinha para produzir, concedendo o prato pronto e posto na mesa para a concorrência (como fez com as teles, no momento da explosão do mercado de celulares no mundo, ou a Vale quando a China estava começando a importar…).
O mesmo quase aconteceu com o pré-sal (competência, tempo, esforço, e dinheiro da Petrobrás), mas aí mudou-se o modelo de concessão para partilha, coisa que os tucanos estão excitadíismos (vide impitim) para mudar novamente.
Portanto, meu caro, supondo (por ex:) reservas confirmadas de 33 bilhões, ainda que não entre na contabilidade, um MÍNIMO de 10 bilhões é recurso de valor econômico da empresa.
Que controlará a extração dos 100%, pois aqui não é casa da mãe Tucana … digo, Joana.
Isso
E você e seu sócio de galinheiro com certeza contabilizam os ovos que as galinhas irão por nos próximos meses.
É, literalmente, contabilizar o ovo no cu da galinha. KKKKKK
Valeu, conseguiu melhorar a piada. KKKKK
O Zé pensa que poços jorram ovinhos
Quanto começa a faltar argumento, é melhor fazer piadinhas e rir delas … de nervoso. Compreende-se.
O escapista muambeiro, digo empresário de importação, confunde pre-sal com galinha, poço com anus e petroleo com ovo.
Não conseguindo ir além disso, fico imaginando como o Zé acha que nasceu…
Plop!
Te respondo… nem deveria…
mas vou, com uma pergunta idiota:
Vamos supor que você ponha a sua casa a venda por módicos 200 mil reais…
Mas uns 3 meses após o anúncio…
Você descobre que no quintal da tua casa tem um reservatório de petróleo que geólogos e geofísicos estimam em uns 100 bilhões totais de barris (dos quais, pela tecnologia que temos hoje, pode-se extrair uns 40 bilhões; é o que chamamos Indice de Recuperação de um Reservatório, que hoje pode chegar sim a 40% em caso de rocha matriz do tipo arenito, que vem a ser o caso de quase todos os reservatórios brasileiros).
A perguntinha imbecil: por quanto você vai querer vender sua casa agora?
Se todas as empresas lucrativas fizessem assim…
A Receita Federal deveria autuar a Petrobrás por diminuir o lucro em R$ 6,3 bilhões baseada em documento nenhum. A Petrobrás, quando receber o Auto-de-Infração, deveria mandar a Price pagar. Contabilidade não é atividade para gênios. É apenas um trabalho metódico. Pagar uma fortuna para uma empresa auditar a escrituração contábil é jogar dinheiro fora.
Na gênese do problema, está a ideia que as empresas têm de se financiar sem juros abrindo o capital. Empresas de capital aberto não têm compromisso com seus clientes, têm compromisso com seus acionistas. Só o que importa é o balanço. Dane-se o resto.
Não faça confusão.
E escrituração fiscal é diferente da contábil. Barbeiragens para enganar acionistas não são as mesmas barbeiragens para enganar o fisco.
Isso tudo sem contar com as
Isso tudo sem contar com as prováveis perdas das ações impetradas por acionistas minoritários no Brasil e EUA que deveriam obrigatoriamente serem provisionadas nos resultados econômicos, ou seja, mais alguns milhões que o acionista majoritário (povo brasileiro) deverá pagar. Nada como a competência na gestão de empresas públicas. 12 anos de incompetência e safadezas só não quebraram a Petrobrás porque o povo brasileiro banca as roubalheiras. Lamentável.
“Povo brasileiro banca as roubalheiras”
Melhor é livrar-se logo desta empresa que já deu centenas de bilhões de lucro ao povo brasileiro, que deu a este povo a capacidade de ser a maior produtora de petroleo de capital aberto do mundo (antes as conconrrentes diziam que não havia petróleo por aqui, melhor comprar eternamente delas), que gera milhares de empregos e de know-how próprios e na sua cadeia de produção, que além de pagar impostos recicla a parte não estrangeirizada (por FHC) de seus lucros aqui mesmo no país.
Melhor é vender para uma concorrente estrangeira pois assim sequer haverá o “que roubar” do “povo brasileiro”. Fora os mesmos impostos, todo o resto irá para fora legalmente (com ou sem roubo), pois não mais será “pago” (estranhamente com lucros da própria empresa, hehe) pelo “povo brasileiro”. Assim como o know-how, os empregos estratégicos, a diminuição dos comuns, as compras que serão feitas lá fora e aumento dos preços, que já sabemos pela “eficiência” na telefonia, energia, saúde privada, etc. Tudo em nome de uma só coisa: o Deus lucro dos donos.
Enfim, tem brasileiro que só pode ser mais burro e desinformado lá na “Quinta das Infernas”…
Tranca em porta arrombada
Nenhuma empresa de auditoria deveria ficar tanto tempo em uma empresa como a Price está na Petrobras. Esse rodízio foi definido na Lei Sarbanes Oxley e seus derivados no Brasil (revisão da 6 404/76 e resoluções CVM), mas não “pegaram”, principalmente na especialíssima Petrobrás. A Price que não é boba nem nada e já viu a Arthur Andersen ir para o Buraco por apoiair balanços queijos suíços nos EUA está exigindo o que pode e o que não pode para recuperar a credibilidade. Nesse caso Não há o que recuperar. Uma separação das empresas seria o melhor para as duas. O único impeditivo é essa tradição asinina do governo federal de se manterem vínculos e postos-chave até o limite do insustentável.
VIOMUNDO
Santayana: Balanço
VIOMUNDO
Santayana: Balanço da Petrobras inaugura no Brasil a “teoria do domínio do boato”
publicado em 26 de abril de 2015 às 18:55
A Petrobras e o domínio do boato
Com um histórico recheado de escândalos bilionários, que autoridade e credibilidade moral e profissional tem a PricewaterhouseCoopers para auditar a Petrobras?
por Mauro Santayana, em Coisas de Política, no JB, sugestão de Álvaro Rodrigues dos Santos
Os jornais foram para as ruas, na última semana, dando como favas contadas um prejuízo de 6 bilhões de reais na Petrobras, devido a casos de corrupção em investigação na Operação Lava Jato. Seis bilhões de reais que não existem. E que foram colocados no “balanço”, como os bancos recorrem, nos seus, a provisões, por exemplo, para perdas com inadimplência, que, quando não se confirmam, são incorporadas a seus ativos mais tarde.
Não há – como seria normal, aliás, antes de divulgar esse valor – por trás destes 6 bilhões de reais, uma lista de contratos superfaturados, dos funcionários que participaram das licitações envolvidas, permitindo que se produzissem as condições necessárias a tais desvios, dos aditivos irregularmente aprovados, das contas para as quais esse montante foi desviado, dos corruptos que supostamente receberam essa fortuna.
O balanço da Petrobras, ao menos quanto à corrupção, foi um factoide. Um factoide de 2 bilhões de dólares que representa o ponto culminante de uma série de factoides produzidos por um jogo de pressões voltado para encontrar, doa a quem doer, chifre em cabeça de cavalo.
Houve corrupção na Petrobras? Com certeza, houve.
Houve necessariamente superfaturamento e prejuízo com a corrupção na Petrobras?
Isso seria preciso provar, onde, quando e como.
E o pior de tudo, é que a maior empresa brasileira apresentou esses resultados baseada, e pressionada, por uma questionável “auditoria”, realizada por uma, também, discutível, companhia estrangeira.
Segundo divulgado em alguns jornais, a empresa de auditoria norte-americana PricewaterhouseCoopers teria feito uma série de exigências para assinar, sem ressalvas, o balanço da Petrobras, estabelecendo um patamar para a perda com “impairment” e corrupção muito maior que a real, baseada, nesse último aspecto, não em dados e informações, mas em números apresentados inicialmente por delatores, tomados como verdade indiscutível, quando vários destes mesmos delatores “premiados” negaram, depois, em diversas ocasiões, peremptoriamente, a existência de superfaturamento.
Essa é uma situação que, se fosse reconhecida no balanço, lançaria por terra a suposta existência de prejuízos de bilhões de dólares para a Petrobras com os casos investigados na Operação Lava-Jato, e ainda mais na escala astronômica em que esses números foram apresentados.
Que autoridade e credibilidade moral e profissional tem a PricewaterhouseCoopers para fazer isso?
Se a Petrobras, não tivesse, premida pela necessidade de responder de qualquer maneira à situação criada com as acusações de corrupção na empresa, sido obrigada a contratar empresas estrangeiras, devido à absurda internacionalização da companhia, iniciada no governo FHC, nos anos 90, e tivesse investigado a história da PwC, que contratou por milhões de dólares para realizar essa auditoria pífia – que não conseguiria provar as conclusões que apresenta – teria percebido que a PwC:
é uma das principais empresas responsáveis pelo escândalo dos Luxemburgo Leaks, um esquema bilionário de evasão de impostos por multinacionais norte-americanas, que causou, durante anos, um rombo de centenas de bilhões de dólares para o fisco dos EUA, que está sendo investigado desde o ano passado;
é a companhia que está por trás do escândalo envolvendo a Seguradora AIGem 2005;
que está relacionada com o escândalo de fraude contábil do grupo japonês Kanebo, ligado à área de cosméticos, que levou funcionários da então ChuoAoyama, parceira da PwC no Japão, à prisão;
com o escândalo da liquidação da TycoInternational, Ltd, no qual a PricewaterhouseCoopers teve de pagar mais de 200 milhões de dólares de indenização por ter facilitado ou permitido o desvio de 600 milhões de dólares pelo Presidente Executivo e o Diretor Financeiro da empresa; com o escândalo da fraude de 1.5 bilhão de dólares daSatyam, uma empresa indiana de Tecnologia da Informação, listada na NASDAQ;
foi também acionada por negligência profissional no caso dos também indianos Global Trust Bank Ltd e DSK Software;
e também no caso envolvendo acusações de evasão fiscal do grupo petrolífero russo Yukos;
por ter, em trabalho de auditoria, feito exatamente o contrário do que está fazendo no caso da Petrobras, tendo ficado também sob suspeita, na Rússia, de ter acobertado um desvio de 4 bilhões de dólares na construção de um oleoduto da Transneft;
foi acusada por não alertar para o risco de quebra de empresas que auditava e assessorava, como a inglesa Northern Rock, que teve depois de ser resgatada pelo governo inglês na crise financeira de 2008;
e no caso da JP Morgan Securities, em que foi multada pelo governo britânico;
está ligada ao escândalo da tentativa de privatização do sistema de águas de Nova Délhi, que levou à retirada de financiamento da operação pelo Banco Mundial;
e também criticada por negligência em trabalhos de auditoria na Irlanda, país em que está sendo processada em um bilhão de dólares.
Enfim, a PricewaterhouseCoopers é tão séria – o que com certeza coloca em dúvida a qualidade de certos aspectos do balanço da Petrobras – que, para se ter ideia de sua competência, o PublicCompanyAccountingOversightBoard dos Estados Unidos encontrou, em pesquisa realizada em 2012, deficiências e problemas significativos em 21 de 52 trabalhos de auditoria realizados pela PwC para companhias norte-americanas naquele ano.
É este verdadeiro primor de ética, imparcialidade e preparo profissional, que quer nos fazer crer – sem apresentar um documento – que de cada 100,00 reais gastos com contratações de 27 empresas de engenharia e infraestrutura pela Petrobras, 3,00 tenham sido automaticamente desviados, durante vários anos, como se uma empresa com aproximadamente 90.000 funcionários funcionasse como uma espécie de linha de montagem, para o carimbagem automática, com uma comissão de 3%, de milhares de notas a pagar, relativas a quase 200 bilhões de reais em compras de produtos e serviços.
Desenvolveu-se, no Brasil, a tese, de que, para que haja corrupção, é preciso que tenha havido sempre, necessariamente, desvio e superfaturamento.
Há empresas que fornecem produtos e serviços a condições e preço de mercado, quem nem por isso deixam de agradar e presentear com benesses que vão de cestas de natal a computadores o pessoal dos departamentos de compra e outros funcionários de seus clientes.
Há outras que convidam para encontros e viagens no exterior os médicos que receitam para seus pacientes medicamentos por elas fabricados. E outras, ainda, que promovem – ou já promoveram no passado – em outros países, congressos para funcionários públicos, como prefeitos, deputados e membros do Judiciário.
O montante ou o dinheiro reservado para esse tipo de “agrado” – que moralmente, para alguns, não deixa de ser uma espécie de corrupção – depende, naturalmente, do lucro que vai ser aferido pela empresa em cada negócio, e do tamanho e potencial de investimento e gasto do cliente que está sendo atendido.
Em depoimento na CPI da Petrobras esta semana, o ex-dirigente da empresa ToyoSetal, Augusto Mendonça Neto, afirmou que pagamentos foram feitos a Paulo Roberto Costa e a Renato Duque, responsáveis pelas diretorias de Refino e Abastecimento e de Serviços, não para que eles alcançassem um determinado objetivo – manipulando contratos e licitações, por exemplo – mas para que não prejudicassem as empresas, já que, em suas palavras: “o poder que um diretor da Petrobras tem de atrapalhar era enorme. De ajudar, é pequeno. Na minha opinião, eles vendiam muito mais dificuldade do que facilidade. Na minha opinião, as empresas participavam muito mais por medo do que por facilidades. ”
Outro delator – devido, talvez, à impossibilidade de provar, inequivocamente, contabilmente, juridicamente, o contrário – o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, já havia voltado atrás, em petição apresentada no dia 9 de abril à Justiça – corroborando afirmações das próprias empreiteiras envolvidas – afirmando que as obras investigadas na Operação Lava-Jato não eram superfaturadas, e que as comissões de 3% eventualmente recebidas eram retiradas do lucro normal das empresas e não de sobre preço, negando que ele e Alberto Youssef tenham recebido listas com as obras e empresas que seriam vencedoras em cada licitação. “Isso nunca aconteceu”, disse o seu advogado, João Mestieri, à Folha de São Paulo.
A mesma coisa já tinha sido explicada, didaticamente, em depoimento à CPI da Petrobras, pelo ex-gerente de implementação da Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo Legatti, no dia 31 de março, ocasião em que negou que tivesse recebido propina, que tivesse qualquer conta no exterior, que tivesse feito transferência recente de qualquer bem para parentes, dando a atender também que poderia colocar seu sigilo bancário à disposição se fosse necessário.
Legatti negou peremptoriamente que tenha havido sobrepreço nas obras da refinaria, explicou o aumento dos custos da obra devido a adequações de projeto e a características como ser a mais avançada e moderna refinaria em construção no mundo, com uma concepção tecnológica especialmente desenvolvida que permite a inédita transformação de 70% de cada barril de petróleo bruto em óleo diesel, e que ela produzirá, quando terminada, 20% desse tipo de combustível consumido no Brasil – “não tem superfaturamento na obra. Superfaturamento é quando digo que algo custa 10 e vendo por 15. Aqui são custos reais incorridos na obra. Não tem um centavo pago que não tenha um serviço em contrapartida. Não existe na refinaria nenhum serviço pago sem contrapartida ”, afirmou.
Compreende-se a necessidade que a Petrobras tinha de “precificar” o mais depressa possível a questão da corrupção, admitindo que, se tivesse havido desvios em grande escala, estes não teriam passado, no máximo, como disseram dois delatores premiados inicialmente, de 3% do valor dos contratos relacionados ao “cartel” de empresas fornecedoras investigadas.
Mas com a aceitação da tese de que houve desvio automático desse mesmo e único percentual em milhares de diferentes contratos sem comprovar, de fato, absolutamente nada, sem determinar quem roubou, em qual negócio, em que comissão, em que contrato, em qual montante, a Petrobras e a PricewaterhouseCoopers levaram os jornais, a publicar, e a opinião pública a acreditar, que realmente houve um roubo de 6 bilhões de reais na Petrobras, que gerou um prejuízo desse montante para a empresa e para o país.
Isso é particularmente grave, porque, para as empresas, a diferença entre a existência ou não de sobrepreço, significa ter ou não que pagar bilhões de reais em ressarcimento, no momento em que muitas estão praticamente quebrando e tiveram seus negócios interrompidos, devido às consequências institucionais da operação que está em andamento.
Para se dizer que houve um crime, é preciso provar que tipo de crime se cometeu, a ação que foi desenvolvida, quem estava envolvido e as exatas consequências (prejuízo) que ele acarretou.
Até agora, no Caso Lava-Jato – que inicialmente era cantado e decantado como envolvendo quase 90 bilhões de reais – não se chegou a mais do que algumas centenas de milhões de dólares de dinheiro efetivamente localizado.
O que não quer dizer que tudo não tenha de ser apurado e punido, até o último centavo.
Essa determinação, que é de toda a sociedade brasileira, não consegue, no entanto, esconder o fato de que, ao inventar, sob pressão de alguns setores da mídia, da opinião pública e da justiça, o instituto da corrupção plural e obrigatória, com percentual tabelado, prazo determinado em número redondo de anos e meses, para início e fim das atividades, em operações que envolvem milhares de contratos de 27 diferentes empresas, a Petrobras e a Price criaram uma pantomímica, patética e gigantesca fantasia.
Pode-se colocar toda a polícia, promotores e juízes que existem, dentro e fora do Brasil, para provar, efetivamente, esse fantástico roubo de 6 bilhões de reais, investigando contrato por contrato, comissão de licitação por comissão de licitação, entrevistando cada um de seus membros, procurando apenas provas lícitas, cabais e concretas, como transferências reais de dinheiro, contas no exterior em bancos suíços e paraísos fiscais, quebra de sigilo telefônico, imagens de câmeras de hotéis e restaurantes, indícios de enriquecimento ilícito, interrogatórios e acareações, ressuscitando e dando vida aos melhores detetives de todos os tempos, de Sherlock Holmes a Hercule Poirot, passando pelo Inspetor Maigret, Nero Wolfe, Sam Spade, Phillip Marlowe, a Miss Marple de Agatha Cristie e o frade William de Baskerville de O Nome da Rosa, que não se conseguiria provar – a não ser que surjam novos fatos – que houve esse tipo de desvio na forma, escala, dimensão e montante apresentados no balanço da Petrobras há poucos dias.
Delações premiadas – nesse aspecto, já desmentidas – podem ser feitas no atacado, afinal, bandido, principalmente quando antigo e contumaz, fala e inventa o quer e até o que não quer.
Mas até que se mude de planeta, ou se destruam todos os pergaminhos, alfarrábios e referências e tratados de Direito, sepultando a presunção de inocência e o império da prova e da Lei no mesmo caixão desta República, toda investigação tem de ser feita, e os crimes provados, individualmente.
Com acuidade, esforço e compenetração e sem deixar margem de dúvida.
Todos os crimes, e não apenas alguns.
À base de um por um, preferencialmente.
Com o caso do “mensalão” do PT – o único dos “mensalões” julgado até agora – inaugurou-se, no Brasil, a utilização da teoria do Domínio do Fato, de forma, aliás, absolutamente distorcida, como declarou, a propósito desse processo, o seu próprio criador, o jurista alemão ClausRoxin.
Ele afirmou, em visita ao país, na época do julgamento da Ação penal 470, que “ não é possível usar a teoria do Domínio do Fato para fundamentar a condenação de um acusado supondo sua participação apenas pelo fato de sua posição hierárquica. “A pessoa que ocupa a posição no topo de uma organização tem também que ter comandado esse fato, emitido uma ordem inequívoca” – afirmando que o dever de conhecer os atos de um subordinado não implica em corresponsabilidade.
“A posição hierárquica não fundamenta, sob nenhuma circunstância, o domínio do fato”, comentando que “na Alemanha temos o mesmo problema. É interessante saber que aqui também há o clamor por condenações severas, mesmo sem provas suficientes. O problema é que isso não corresponde ao Direito. O juiz não tem que ficar ao lado da opinião pública”. “Quem ocupa posição de comando tem que ter, de fato, emitido a ordem. E isso deve ser provado”.
O que quis dizer Claus Roxin com isso? Que, para que haja “domínio do fato’, é preciso comprovar, de fato, que esse fato houve.
Com a saída meramente aritmética usada no balanço da Petrobras, baseada em uma auditoria de uma empresa estrangeira que, na realidade, pelos seus resultados, parece não ter tecnicamente ocorrido, inaugura-se, no Brasil, para efeito do cálculo de prejuízos, uma outra anomalia, a da “teoria do domínio do boato”.
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/mauro-santayana-com-a-aritmetica-usada-balanco-da-petrobras-inaugura-se-no-brasil-a-teoria-do-dominio-do-boato.html
As propinas foram pagas a
As propinas foram pagas a funcionários da Petrobrás por empresas prestadoras de serviços. Foi um esquema externo à petrobrás. O que a empresa tem a ver com isso, que impacto essas propinas poderiam tem nas contas da empresa? Para saber isso seria preciso levantar o preço médio de mercado dos serviços prestados à época e comparar com aqueles cobrados para saber se houve prejuízo para a empresa e contabilizá-lo em um balanço. Se os preços cobrados estiverem dentro dos limites aceitáveis na época a negociata entre a empresa e o funcionário corruptos não gerou custo para empresa e não há prejuízo a contabilizar.