O racha no Clube dos 13

Do Terra Magazine

Andrés Sanchez: Corinthians está quase fora do Clube dos 13

Eliano Jorge

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, confirmou na tarde desta terça-feira (22), após encontro com outros cartolas em São Paulo, que está se desfiliando do Clube dos 13. “Estou praticamente licenciado do Clube dos 13, praticamente fora. Eu vou sair em dia. Está muito próximo. Talvez não saia, mas a tendência é sair”, declarou Sanchez.

Aguarda-se para quinta-feira o lançamento do edital de concorrência dos direitos de transmissão dos próximos três campeonatos brasileiros. Mas Sanchez afirma que esse não é o único motivo para suas divergências com os demais clubes. “Eu não concordo com muitas coisas, não tem nada a ver com os direitos de transmissão. Não estou acertado com nenhuma emissora. Conversei coisas com o presidente (do Clube dos 13, Fábio Koff) que não posso falar publicamente”.

O presidente alvinegro acredita que negociar, sozinho, os direitos de transmissão, não será problemático para o Corinthians. “Quem for negociar com o Clube dos 13, vai negociar com o Corinthians também”.

“Nada mais justo que cada um negocie sua parte. Se tiver quatro emissoras e cada uma pegar cinco times, vamos fazer o campeonato assim”, sugeriu Sanchez. O encontro com outras lideranças esportivas ocorreu na sede comercial do Clube dos 13, no bairro paulistano do Itaim-Bibi.

Da Folha.com

Provável racha no C13 ameaça Campeonato Brasileiro

BERNARDO ITRI
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC  

Articulador do edital de licitação dos direitos de transmissão do Brasileiro, Ataíde Gil Guerreiro, diretor-executivo do Clube dos 13, reconhece que uma eventual saída em bloco de seus integrantes inviabiliza a disputa de um Nacional da maneira como ela ocorre hoje. 

Sem vários de seus times, o Brasileiro perderia apelo.

No momento em que o Corinthians ameaça abandonar o C13 –o time quer mais autonomia na negociação dos direitos de transmissão– e afirma ter ao seu lado cerca de metade dos clubes, o executivo pede uma solução pacífica para a polêmica. 

“Não tem problema um clube sair [do C13]. O problema é se 15 resolverem sair. Mas não acredito que isso aconteça”, afirma Guerreiro.

“Não vejo movimentação para isso. Falei com o [Andres] Sanchez na sexta-feira, às 23h, e ele não falou nada sobre isso”, disse o cartola.

Os times que planejam deixar o C13 acenam ainda com a possibilidade da criação de uma liga independente. E dizem ter o apoio da CBF.

“Nós também pensamos na liga, mas isso tem que ser de comum acordo entre o Clube dos 13 e a CBF, e é uma coisa para mais para a frente”, declarou Guerreiro.

Se concretizada a divisão dos times em dois blocos, com contratos distintos com duas emissoras de TV, uma possibilidade cogitada por alguns clubes é a de que o clube mandante tenha sua partida transmitida pela rede com a qual mantém acordo.

Porém Guerreiro afirma que, legalmente, esse cenário não é possível, já que as duas equipes são “donas” da partida de que participam.

O executivo crê ter uma carta na manga no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), “que pode aplicar uma multa caso os clubes deixem a entidade”.

A favor da Globo, que disputa os direitos da TV aberta com Record e Rede TV!, está o fato de alguns clubes acharem que o fato de os lances dos jogos serem veiculados em programas não esportivos de grande audiência traz um grande valor agregado.

Acreditam que isso pode agradar aos patrocinadores.

Mas Guerreiro declara que o C13 contratou uma empresa para calcular uma média da exposição dos times em programas de TV que não os jogos, como noticiários, e exigirá que a emissora que ganhar o contrato exiba, pelo menos, essa mesma média.

“É uma maneira de valorizar os patrocinadores”, afirmou o diretor do C13.

O cronograma da entidade prevê que o edital de licitação para a concorrência da TV aberta seja enviado depois de amanhã. A comissão que formata os contratos se reúne hoje para votá-los. 

Luis Nassif

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