
Um memorando interno do governo dos Estados Unidos, ao qual o New York Times teve acesso, revela a intenção da administração do presidente Donald Trump de implementar cortes drásticos no financiamento de organizações internacionais como as Nações Unidas (ONU) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O documento trata da possibilidade de cortar quase 50% do financiamento do Departamento de Estado. Duas autoridades americanas, que preferiram não se identificar, confirmaram que lideranças da pasta estão considerando seriamente o plano.
Além dos cortes nas contribuições para a ONU e a OTAN, o memorando propõe a eliminação do financiamento para operações internacionais de manutenção da paz e a restrição completa dos programas de intercâmbio educacional e cultural. Adicionalmente, o plano prevê uma redução de recursos destinados à assistência humanitária e a programas globais de saúde.
Questionada sobre os rumores de cortes no financiamento da OTAN, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que o governo “permanece totalmente comprometido com o bloco militar”. No entanto, ela enfatizou que Washington vê a aliança atlântica como um mecanismo de dissuasão e não como um instrumento de guerra.
Segundo uma autoridade dos EUA familiarizada com a revisão orçamentária do Departamento de Estado, a Casa Branca provavelmente apresentará em breve ao Congresso uma proposta orçamentária que ecoará os termos do memorando vazado. Este prevê um orçamento de US$ 28,4 bilhões para o ano fiscal de 2026, com início em 1º de outubro, valor inferior em US$ 26 bilhões ao montante previsto para o ano fiscal de 2025.
As agências governamentais têm até o final desta semana para apresentar planos detalhados de reorganização à Casa Branca, explicitando os cortes que implementarão para contribuir com a redução do governo federal. Embora diversos departamentos já tenham anunciado ou iniciado a implementação de cortes planejados, o Departamento de Estado ainda não divulgou publicamente seus planos de redução.
A circulação do memorando em Washington nos últimos dias gerou considerável debate e preocupação entre diplomatas. O Departamento de Estado não emitiu comentários imediatos sobre o documento vazado.
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