
Angela Merkel confessa: EUA e União Europeia nunca quiseram paz na Ucrânia
por Marcus Atalla
A ex-chanceler alemã, Angela Merkel confessa em entrevista ao jornal alemão Zeit Online, que EUA, União Europeia e Kyiv nunca pretenderam implementar os acordos de paz de Minsk de 2014. Apenas esperavam ganhar tempo para armar a Ucrânia. Segundo ela, a manobra deu certo, pois a Ucrânia aproveitou o tempo ganho para se fortalecer.
“Estava claro para todos nós que o conflito estava congelado, mas o problema não havia sido resolvido, mas isso deu à Ucrânia um tempo precioso”. “A Guerra Fria nunca terminou porque a Rússia não foi pacificada e a OTAN deveria ter reagido mais rapidamente à agressividade da Rússia”, disse ela.
Merkel também disse que “a Ucrânia 2014/15 não é a Ucrânia de hoje. Como visto na batalha por Debaltsevo… Putin poderia facilmente tê-los capturado então. E duvido muito que os países da OTAN pudessem ter feito tanto quanto fazem hoje para ajudar a Ucrânia.”
Em julho de 2022, em uma entrevista à mídia alemã, Petro Poroshenko, o qual se tornou presidente da Ucrânia após o golpe erigido pelos Estados Unidos, revelou que “os acordos foram apenas um truque”, o que foi dito por ele a seus apoiadores ainda em agosto de 2015.
Há 8 anos a Rússia vem sendo sancionada, nas várias vezes que o Kremlin pediu para se cessar às sanções, Angela Merkel repetira que era possível falar sobre o levantamento das sanções somente após a plena implementação das condições de “Minsk”. O que ela sabia que não aconteceria, pois, a Alemanha, Ucrânia e EUA acordaram em não respeitar o tratado.
O Presidente russo Putin declarou após a confissão de Merkel: “Para ser honesto, foi absolutamente inesperado para mim. É decepcionante. Falando francamente, não esperava ouvir isso da ex-chanceler, porque sempre assumi que a liderança alemã se comportava sinceramente conosco. Sim, é claro, estava do lado da Ucrânia, apoiou-a, mas ainda me pareceu que a liderança alemã sempre procurou sinceramente um acordo sobre os princípios que acordamos, no âmbito do processo de Minsk.”
“Isto apenas mostra que o lançamento da Operação Militar Especial Russa foi a decisão certa. Acontece que ninguém iria cumprir esses acordos de Minsk. O objetivo era apenas bombear a Ucrânia com armas e prepará-la para operações de combate. Talvez devêssemos ter começado tudo isto mais cedo”.
“A confiança caiu para zero. Como negociar? Sobre o quê? E é possível negociar com eles? Onde estão as garantias? Já disse muitas vezes que estamos dispostos a assinar acordos, mas isso faz-nos pensar com quem estamos lidando”, disse Putin aos jornalistas em Bishkek, capital do Quirguistão, nesta sexta-feira.
[O acordo de Minsk foi um acordo assinado pela Ucrânia, Rússia, República Popular de Donetsk, e a República Popular de Lugansk, sob os auspícios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em 2014. Com a finalidade de pôr fim aos conflitos entre o leste e o oeste da Ucrânia. No entanto, os acordos nunca foram respeitados pela Ucrânia].
Marcus Atalla – Graduação em Imagem e Som – UFSCAR, graduação em Direito – USF. Especialização em Jornalismo – FDA, especialização em Jornalismo Investigativo – FMU
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Trabalhei, certa vez, em uma obra em uma estação de tratamento de esgoto da Embasa, em Salvador. A obra – simples, de reforma e ampliação, já estava no sexto ou sétimo aditivo de contrato, todos versando sobre situações facilmente previsíveis, desde o começo. Ora, para que todos os lados ganhem, é preciso que uma obra seja prolongada ao máximo.
E assim são as guerras. Elas são travadas, ao menos desde a revolução industrial e a consolidação do capitalismo, porque expandem negócios e dão lucro, para ambos os lados. Quando a moeda – o soldado, ou seja, o ser humano – escasseia, um dos lados deixa de ganhar, e a guerra acaba – e entra em operação a máquina das indenizações e compensações, ou seja, novas rodadas de ganhos para ambos os lados, e etc., etc., etc.
Guerra dá lucro. Devem durar o máximo possível. E serão travadas sobre a Terra enquanto existir esse animal canalha que nela caminha sobre duas pernas.
Não creio que o problema seja que a guerra dê lucro! O problema é que tudo o que se procurou, no caso, foi ARRUMAR UMA GUERRA para, isto sim, enfraquecer a RÚSSIA!
LEMBREMOS QUE A EUROPA, E OS AMERICANOS,JÁ HAVIAM FEITO ISSO AO CONCORDAR COM AS SACANAGENS DO FUHRER, COM OS MESMOS PROPÓSITOS – ENFRAQUECER A URSS (OU SEJA,OS COMUNISTAS)!
Essa notícia deve ser compartilhada por todos os meios a nós posssíveis!!
É A NOTÍCIA MAIS IMPORTANTE DO ANO, INFELIZMENTE! MOSTRA A TODOS QUE N-U-N-C-A PODEMOS CONFIAR NOS DONOS DO CAPITAL!!!
Um adendo, não esqueçamos que a economia dos EUA gira entorno da indústria militar. Nada como guerras para aumentara a insegurança e outros Estados se armarem. Mais clientes à vista.
Ao Peninha: amigo, eu não penso mais no mundo como um sistema de nações movidas por ideologias, mas num mundo de corporações, indústrias de transformação e Bancos. E para essa gente, pouco importa a ideologia ou o regime de um país, e sim as possibilidades de lucrar com guerras,boicotes, sanções, etc. Guerra não apenas dá lucro, mas é, possivelmente, a atividade mais lucrativa já criada pelo homem. Por isso elas se sucedem ininterruptamente, há séculos. Não importa o que o inimigo é, ou pense: ele apenas precisa existir.
Peninha tem razão, essas guerras só vêm ocorrendo, porque nem um traque estou no território norte americano!
Quando a população estadunidense sentir na pele o horror de uma guerra em casa eles jamais apoiariam essa insanidade!
Além do mais quando é uma guerra por procuração!
Quem está morrendo são os ucranianos e os russos, então por que eles se importariam? Mas agora é diferente, as armas russas estão mostrando isso! O tempo vai dizer!!!