
Peça 1 – a Amazônia e o conceito de soberania nacional
Leia, primeiro, o artigo de William Nozaki sobre o papel estratégico da Amazonia na indústria petrolífera mundial (clique aqui). Nele se verá que a indústria do petróleo identificou boa potencialidade na exploração do petróleo na região.
Depois, o artigo do Shephen Walth, professor de relações internacionais da Universidade de Harvard, para o Foreign Policy.
Conclui ele:
Eis o que acho que sei, no entanto: num mundo de estados soberanos, cada um fará o que deve para proteger seus interesses. Se as ações de alguns estados estão pondo em perigo o futuro de todo o resto, a possibilidade de confrontos sérios e possivelmente de sérios conflitos vai aumentar. Isso não torna o uso da força inevitável, mas esforços mais sustentados, enérgicos e imaginativos serão necessários para evitá-lo.
Não se trata propriamente de um risco imediato. Mas mostra as modificações que estão ocorrendo na jurisprudência internacional sobre o conceito de soberania nacional.
Esses conceitos já haviam sido modificados pelas leis anticorrupção adotadas no âmbito da OCDE e do Congresso americano, especialmente a questão da jurisdição, pelos quais cada país seria responsável pelas apuração dos crimes cometidos em seu território. Antes dele, apenas os crimes contra a humanidade ficavam sujeitos a tribunais internacionais.
Agora, começam a entrar os crimes ambientais. E há tempos, sendo considerada pulmão do mundo, há uma atenção especial ao que ocorre com a Amazônia.
Há meses pipocaram alertas sobre os riscos que o país corria caso perdesse o selo verde, de boas práticas ambientais (clique aqui).
Em um primeiro momento, a questão da sustentabilidade influencia o comércio e os investimentos internacionais. Em um segundo momento, poderá dar margem a interferências mais agudas.
Não por outro motivo, há pelo menos dois meses, militares ligados ao governo começaram a divulgar estudos preparado pelos setores de inteligência das Forças Armadas, sobre a estrutura de missões americanas no entorno da Amazonia.
Os radares dos militares identificaram cumulus nimbus no horizonte. Porque não se parou Bolsonaro
Peça 2 – a lógica anti-ambiental de Bolsonaro
No “Xadrez de Moro, Dallagnol e Bolsonaro, e a busca do inimigo externo” tentei explicar a lógica de Bolsonaro com a Amazônia: a intenção objetiva de atrapalhar o tratado Mercosul-União Europeia para atender os interesses específicos de Donald Trump.
Ao definir privilégios comerciais para a União Europeia, o Tratado poderia prejudicar um futuro acordo de livre comércio com os Estados Unidos.
Como o tratado impunha restrições ambientais ao Brasil, o caminho encontrado por Bolsonaro consistiu em um conjunto de declarações anti-ambientais, culminando com o dia do incêndio na Amazônia. As últimas informações reforçam essa hipótese, com um agravante: a Amazônia está no preço da eleição.
A eleição de Bolsonaro foi lastreada em grupos conservadores americanos ligados a Donald Trump, tanto no apoio direto, como dos movimentos que surgiram no bojo das redes sociais, como o Movimento Brasil Livre e o Endireita Brasil.
O MBL bancado pela organização Students For Liberty, com lideranças treinadas pelo projeto Atlas Network, ambos financiados por grandes empresários da indústria de petróleo, como os irmãos Charles e David Koch, proprietários de refinarias, oleodutos. Um minucioso levantamento foi feito por Euclides Mance, em um PDF “O Golpe, Brics, dólar e petróleo”.
Os Koch foram os principais financiadores dos movimentos conservadores norte-americanos, criando um tal Partido Libertariano.
Desde os anos 80, a plataforma do partido era a seguinte:
* revogação das leis federais de financiamento de campanhas políticas;
* privatização dos Correios;
* contra qualquer forma de tributação de pessoas e empresas;
* a favor de revogação de todas as leis de proteção ao trabalho, como a do salário mínimo;
* o fim das escolas púbicas, porque “conduzem à doutrinação das crianças e interferem na escolha dos indivíduos”;
* a privatização das ferrovias e das estradas públicas;
* fim de todos os subsídios, inclusive aqueles voltados para as crianças.
Finalmente, defendem o fim da Agência de Proteção Ambiental.
Em 2011, o grupo já controlava 425 grupos de estudantes em todo mundo.
Essas ONGs libertárias se juntaram em torno da Atlas Network, uma organização de preparação de jovens lideranças atuando em mais de 90 países.
Em 2012, a Atlas Network organizou e financiou em Petrópolis um encontro que deu origem ao Estudantes Pela Liberdade no Brasil.
O site da Atlas apontava o MBL (Movimento Brasil Livre) como parceiro no Brasil, adiantando que muitos membros do MBL passaram pelo principal programa de treinamento da Atlas Network, o Atlas Leadership Academy, “e agora estão aplicando o que aprenderam no terreno em que vivem e trabalham”. Em 8 de setembro de 2015, o site da Atlas indicava o MBL como parceiro da entidade no Brasil.
Um dos pontos de convergências dessas ONGs conservadoras é a negação da teoria do aquecimento climático. Grupos como os Koch, os Mercer, o Cato Institute, a Heritage Foundation e a Federalist Society financiavam estudos visando rebater a teoria do aquecimento.
Esse movimento recuou no governo Obama, mas voltou forte com Trump.
Quatro dias depois de assumir a presidência, Trump assinou decretos autorizando os oleodutos Keystone XL e Dakota Access Pipeline, que sofriam fortes críticas dos preservacionistas
Em junho, Trump anunciou planos para retirar os Estados Unidos do acordo climático de Paris, o que de fato aconteceu. Em outubro, propôs a revogação do Plano de Energia Limpa, a única política importante do governo federal para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Como observou uma reportagem do Huffington Post,
“Os movimentos marcam o primeiro passo sério do novo presidente para reverter os ganhos ambientais de seu antecessor em favor de sustentar uma indústria de petróleo e gás perseguida pelos baixos preços, a concorrência da energia renovável e as regulamentações que visam reduzir as emissões de carbono. Os republicanos, que forçaram Obama a dar luz verde a ambos os oleodutos, saudaram as ordens como uma vitória”.
Kim Kataguiri, do MBL, foi indicado por Rodrigo Maia, presidente da Câmara, como relator da Lei Geral de Licenciamento Ambiental (PL 3.729/2004). Foi acusado por ONGs ambientais de ter apresentado um substitutivo de última hora desmontando o sistema de licenciamentos no país.
“A nova versão traz graves retrocessos, como a exclusão de impactos ‘indiretamente’ causados por obras, dispensadas de licenciamento para atividades de ‘melhoria’ e ‘modernização’ de infraestrutura de transportes e a eliminação da avaliação de impactos sobre milhares de áreas protegidas”, escreveu a ONG SOS Mata Atlântica.
Peça 3 – o lobby do Partido Republicano
Ontem, o The Intercept, publicou reportagem mostrando a montagem de lobbies, ligados ao Partido Republicano, visando cooptar empresas americanas para projetos na Amazonia, combinados com o governo Bolsonaro.
“Documentos revelam que esses interesses estão sendo incentivados nos EUA por lobistas republicanos favoráveis ao governo Trump, que iniciaram conversas com o governo brasileiro para promover o investimento empresarial na Amazônia”.
Ontem, porta-vozes do governo Bolsonaro anunciaram a criação de um grupo de trabalho com os Estados Unidos, visando desenvolver uma política ambiental conjunta.
Peça 4 – os riscos à soberania nacional
Trump passa, os avanços ambientais permanecem. Entrando nesse jogo com a parte mais barra pesada do empresariado norte-americano, há o risco concreto dessa armação se esboroar nas próximas eleições.
Ocorrendo isso, o país ficará com a broxa na mão. Ontem, já fio anunciado que o governo sueco está analisando os investimentos de seus fundos de pensão no Brasil, em função do fator Amazônia. A parte mais saudável das corporações internacionais já se pauta pelos temas ambientais.
Tardiamente, os militares de Bolsonaro tentam recriar o conceito de defesa nacional em torno da bandeira Amazônia. Foram incapazes de prevenir a venda da Embraer, o desmonte da Petrobras, as próximas jogadas com Eletrobras, todas empresas centrais dentro do conceito de soberania nacional.
Provavelmente só entenderão o risco de uma Amazônia devastada quando a conta bater novamente na porta, e os Bolsonaro não passarem de um pesadelo distante.
Trata-se de um poder que não assimilou conceitos básicos de soberania e interesse nacional.
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Se o país ficar sem a Amazônia – seja tomada por americanos a lá base de Alcântara seja por virar uma zona internacional como a Antártica – me pergunto pra que serve força militar no brasil, que suga uma grana alta pra bolsa filha virgem e ganham melhor que os seus colegas de países que vivem métodos em conflitos e quando não tem.nada o que fazer fuzilam o carro de inocentes. Militar na ativa durante 21 anos impôs tortura censura e concentração de renda e so deram o governo pros civis porque o pais tinha quebrado na mao deles; os militares da passiva de joje entregam o país vendendo setores estratégicos, começando pela Embraer.
Caramba, Nassif, por que tanta resistência pra aceitar que esses militares brasileiros jamais saíram do atoleiro ideológico da guerra fria? Alias, nem eles nem os sedizentes “liberais”. Estes, no século XIX defenderam a escravidão, ao longo do século XX se entregaram ao golpismo, se associaram a ditaduras, jamais deram uma palavra pelos DHs (a nao ser quando a ameaça chega perto deles), e hoje se coligam descaradamente com fascistas.
A bússola de cada um deles é simploria: se “a esquerda” (ou qualquer representação popular) é a favor, eles são contra; se aqueles são contra, eles ficam a favor, simples assim.
A pauta ambiental, Direitos Civis das minorias, Direitos Sociais dos trabalhadores, Direitos Humanos, Ciência, Educação…Tudo, tudo e qualquer coisa que se mexa, e pareça “de esquerda”, eles são contra. É assim que eles reduzem a complexidade do mundo, enquanto fingem ter alguma opinião inteligente sobre o que quer que seja .
De onde menos se espera é que não sai nada mesmo. Já era.
Os militares são a “causa da falta de soberania”.
O capitão Bozo está envolvido com milícias, com tudo quanto é tipo de negócio criminoso. Não fala nada que se aproveite.
E os militares com “cara de paisagem”.
O Brasil tinha que ter fortalecido suas forças armadas, com grippen, com sub nuclear, com mísseis e com um exército digno. Depois disso, seria possível recolher as riquezas amazônicas com cuidado, por empresas estatais e sob a supervisão das forças armadas.
Primeiro tínhamos que demonstrar força como a Coreia do norte, ou o Irã. Mas não temos esta força…os militares se esqueceram desse “detalhe”: ser forte, primeiro.
Depois tínhamos que ter estatais fortes…mas os militares permitiram a entrega da Vale e demais, no passado, e agora das demais remanescentes e do pré sal.
A burguesia e a elite vão sangrar a Amazônia. E vão deixar os estrangeiros roubar e envenenar o quanto puderem.
O povo não vai ter direito nem a trabalho digno, nem aposentadoria.
Os milicos “com cara de paisagem”. Suas filhas, sempre solteiras, podem receber a aposentadoria deles que passa, como uma herança, a elas ( para as esposas, antes).
Uma herança!
O povo só pode reivindicar algo, “se houver união”.
Quem unifica este país?
Ninguém mais.
Quem alienou este país?
A Globo, a grande mídia toda, com o endosso dos militares…
O mundo caminha para se dividir entre o heartland, a Eurásia com suas rotas da Seda e, do outro lado, o império terrorista americano. O povo da Europa e de língua inglesa numa “social democracia” cada vez mais frágil. E a América latina como uma “poderosa neocolonia”.
Por competência nossa.
Mas, de todos, realmente os militares são os “melhores”.
Eles e seu mito.
Esperar pelos militares é esperar que o papai-noel desça pela chaminé (para aqueles que tem chaminé em casa), como poucos tem chaminé e o papai-noel não existe, nos agarrarmos nesta vã esperança é um pouco infantil.
Não podemos pensar que com a queda de Trump melhorará algo, pois se assumir algum “democrata” em seu lugar, veremos simplesmente que a palavra democrata pode só servir para o hemisfério norte.
Temos que partir para o real, o mundo é dominado pelo imperialismo e é muito mais fácil os bancos norte-americanos fazerem um belo acordo de partilha da amazônia brasileira com os bancos europeus, do que os toscos militares brasileiros se darem conta que marxismo cultural não existe e que ficar rifando as empresas estratégicas brasileiras para os gringos do que entenderem algo de estratégia e de soberania nacional.
O conceito de militares nacionalistas e patriotas, como venho de uma família que teve dois militares que honraram a sua farda, pensava que ainda existia isto, porém vendo os caquéticos representantes das forças armadas vociferando qualquer asneira, perdi o referencial e não acredito mais nisto (e isto para mim é extremamente dolorido).
SEMPRE É BOM LEMBRAR QUE:
No governo Geisel, o ministro Shigeaki Ueki escancarou as minas de manganês da Serra do navio para grupos internacionais, como a Japan Steel e a Bethleen Steel, com contratos de 100 anos !
Agora, esses mesmos militares acusam a existência de 250 mil ONG’s no Brasil, sendo 100 mil só na Amazônia, acrescentando que o Brasil está sofrendo os efeitos de uma Guerra 4 G- Guerra de 4ª Geração, ou ainda, Guerra Híbrida. Falam com conhecimento de causa de que o manganês do Amapá foi todo surrupiado pelos americanos que em apenas 40 anos, retiraram cerca de 40 milhões de toneladas desse minério.
E O QUE FIZERAM PARA IMPEDIR ESSE SAQUE CONTRA O TERRITÓRIO BRASILEIRO?
HÁ 40 ANOS ATRÁS QUEM ERA O PRESIDENTE DO BRASIL?
ENTÃO OS MILITARES FORAM OMISSOS.
NÃO CUMPRIRAM COM O SEU DEVER CONSTITUCIONAL DE DEFENDER NOSSO TERRITÓRIO.
MAS AINDA DÁ TEMPO. ” There are still time, brother!”
QUE SEJAM VARRIDAS, EXPULSAS, ESCORRAÇADAS TODAS ESSAS 250 MIL ONG’S DO TERRITÓRIO NACIONAL.
Caro Luís Nassif:
Eu moro no Amazonas, atualmente em Manaus, mas passei 20 morando no interior e acho que a internacionalização possa gerar alguma vantagem aos habitantes do interior que são relegados a própria sorte.
É evidente que a Amazonia precisa ser monetizada, mas não é com pasto para gado ou plantação de soja.Temos que transformar a mata em produtos farmacêuticos e cosméticos. Já tem muita coisa descoberta, precisa chegar ao mercado. Nossos empresários preferem pagar royalties em vez de pagar pesquisa.A pesquisa também tem entraves pois exige equipes multidisciplinares com químicos de produtos naturais, farmacologistas, químicos especializados em síntese química ou agrônomos para desenvolver o agronegócio farmacêutico. Egos imensos impedem que projetos mais complexos avancem pois todos se acham muito importantes e melhores que os colegas de outra área. A cooperação que devia ser a tônica inexiste.
Sobre os militares não se iluda.Tenho um amigo, que está na reserva, tinha alta patente e sempre me falou que a Amazonia intocada é interesse dos países ricos para manter o Brasil subdesenvolvido. O general Heleno conhece bem a região é só perguntar a ele o que pensa. Não espere nada dos militares eles pensam o que Bolsonaro pensa.
O ilustre Ministro da Fazenda quer acabar com a Zona Franca e se isto acontecer as pessoas vão voltar ao interior , como forma de sobrevivência, e destruir mais a mata.
Devemos dizer que tem ONGS sérias mas também algumas muito mal intencionadas.
A ajuda dos países ricos é uma esmola, querem a amazonia intocada mas a conta é toda nossa. Eu mandei um projeto para uma agencia de publicidade da Califórnia famosa por projetos de sustentabilidade. Era simples, comprar terras degradadas e baratas e reflorestar. pode ser que meu inglês tosco não ajudou muito, e até hoje não tive resposta.
A Amazonia é a bola da vez e temos um longo caminho pela frente, e rezemos para que apareçam empresários,militares e cientistas com a visáo ampla do Brasil e da Amazonia
Caro Luis Nassif,
Excelente texto. Gostaria apenas de acrescentar um outro aspecto que me parece importante: além da questão dos recursos naturais da Amazônia, o interesse – sobretudo dos EUA – numa ocupação da região sob o pretexto de de “proteger” o meio-ambiente, etc. tem também a questão da Venezuela, pois a presença militar dos EUA – ou de uma força internacional – na região poderia facilmente se estender para a Venezuela.
Com as minhas saudações,
Franklin Frederick
Como disse ontem em um outro post, o “canteiro de obras” Brasil é enorme e a educação/formação de nossos militares é assunto urgente…..a mudança de mentalidade dessa gente desde a base, é uma prioridade.Se forem fazer “cursinho” no exterior, os EUA não serão o destino único.Estamos nos Brics,por enquanto, vão fazer “cursinho” na China, Rússia, Índia…… também na Europa, Japão, Coreia, e mesmo os EUA….Essa historia dos caras voltarem lobotomizados dos EUA feito molecada do MBL e quejandos, não da….Somos um pais mestiço e plural……que nosso milicos, na media, tenham uma formação mestiça e plural que os aproxime desse povo mestiço e plural do qual fazem parte.
Tanto Mar
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor no teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
https://youtu.be/hdvheuHhF2U
https://i2.wp.com/www.pstu.org.br/wp-content/uploads/2019/04/revolu%C3%A7%C3%A3o-dos-cravos-2.jpg?fit=628%2C419&ssl=1
Como todos no poder, é movido a mamata. Pensões, privilégios, retorno nulo.
É assustador a indigência intelectual dos militares brasileiros ou será que as forças armadas estão tomadas de entreguistas e puxa-saco de trump?
Entregaram a base de Alcântara, a Embraer, estão fazendo o mesmo pouco a pouco com a Petrobras e mais privatizações virão e bolsos ficarão cheios, então por que não farão o mesmo com a Amazônia? Até o filho embaixador em Washington serveria para quê, senão fazer lobby para o pai… Tonto o bozo é, mas não sem levar a sua nessa “parada”, como diria o proprio, em seu limitado vocabulario.
Desde há muito tempo, os “Protestantes” como eram chamados na década de 50, vieram para a Amazônia, mapear nossas jazidas de minérios. Nos anos 60 e 70, estudantes brasileiros participavam do Projeto Rondom na amazônia e teve um colega meu que foi e viu veios de ouro quase que aflorado e como era ditadura, foi “desestimulado” de relatar isto que viu e pisou em cima. Dada esta preliminar para se ter uma ideia de como era tratada a questão amazônica naquela época e como está sendo hoje. Em 2016 o então pré-candidato (ele já sabia que tinha sido escolhido para tal, desde 2014) Jair Bolsonaro, deu uma entrevista afirmando que o ideal era entregar a amazônia para os EUA – https://youtu.be/zLIHAfMdT2Q – Precisa desenhar o porque ele arrumou esta confusão toda, mandando os grileiros de terras tocar fogo na mata?
vivemos o mais dramático momento da espécie humana na face da Terra. e no Brasil experimentamos atualmente esta tragédia em todo o seu horror.
em sua fome infinita de acumulação o Capital e seus serviçais avançam sobre uma das últimas fronteiras agrícolas do mundo: a Amazônia.
enquanto por toda parte se alastra o fogo criminoso do Capitalismo, a Ex-querda permanece perplexa, atônita, inerte, desorientada, sem análise de conjuntura, sem projeto, sem pauta, sem nada…
os efeitos brutais da crise estrutural do Capitalismo já se exibem flagrantes no cotidiano, a perversa combinação dos colapsos ecológico, econômico, social e político.
enquanto nas Serra da Mantiqueira as nascentes secam, as tardes no Rio de Janeiro ficaram consideravelmente mais frias do que na montanha.
sentadas uma ao lado da outra no meio-fio, dezenas de pessoas fitam o vazio de perspectivas.
estamos em tempos de rupturas radicais. BolsoNazi age consoante, ao seu propósito e no seu estilo.
e nós? também contemplando o vazio?
madeireiros, mineradores, pecuaristas, todos da base social BolsoNazi, já demonstraram, e há muito, sua incompatibilidade com qualquer projeto de país com soberania popular.
assim com os banqueiros, rentistas, grande mídia, grande comércio.
há alguma outra proposta para o setor financeiro sem ser sua estatização sob controle público? aliás, como constava do programa do PT em sua fundação!
também o setor exportador de commodities precisa ser estatizado e mantido sob estrito controle popular.
tempos radicais exigem propostas e medidas radicais.
e os tempos radicais que agora vivemos, tenham certeza, são apenas o prenúncio de situações ainda mais extremadas, tanto em relação ao clima quanto à economia.
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Se precisasse de apoio popular caso, a pedido da França os países fechassem a questão sobre a internacionalização da amazônia, o governo teria perdido…
É preciso que os golpistas, garantidos pelas forças armadas, pois como disse o bolsonaro, nada acontece se as forças armadas não quiserem, tentem imaginar que o povo que não se sente valorizado pelas ações econômicas venham a ser solicitados a morrer por essa pátria!
Trilhões vão deixar os cofres públicos para gerar riquezas em outros países em detrimento de jovens e crianças no futuro dos brasileiros!
Com reservas já prospectadas petroleiras internacionais ganharam quase 1 trilhão em redução de impostos ao longo dos próximos anos, num segmento rico da economia mundial em detrimento da educação de milhões de brasileiros – isso é um crime abominável!
Só pelo que já foi comprometido já é vergonhoso, novas vergonhas vão tornar esse pais sem povo que o ame!
Todas as pessoas que conheço, eu disse todas!
Elas dizem que deixariam o país se pudessem!
É o resultado da ganância sem fim nesse momento politico que vivemos!
Olha só, quem diria?
Se não há muito tempo atrás, o GGN abria espaço para opiniões de que o Brasil não possuía importância geopolítica – e isso com a produção nacional de petróleo do pré-sal em crescimento.
Provincianismo não é fácil de abandonar, mas, quem sabe, aos poucos o GGN chega lá?
O artigo de William Nozaki é um bom, mas limitado, começo. Um erro de argumento mais óbvio: não é a geopolítica do petróleo que está mudando nas últimas décadas. É o panorama de toda a indústria de óleo e gás – geográfica, de mercado e produção. As consequências são geopolíticas, já que essa é uma mercadoria estratégica.
Um dos grandes exemplos – e momentos – dessa modificação é o shale gas e o tight oil dos Estados Unidos. Trata-se de uma indústria e modelo de negócios novos no cenário mundial, consistindo em fenômeno ainda particular aos EUA (ver em https://diplomatique.org.br/a-nova-geopolitica-do-petroleo-no-seculo-xxi/).
Vale lembrar que óleo e gás participam do complexo de defesa e industrial dos países – o Pentágono é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa devido ao volume de combustíveis que utiliza. Além disso, estudos já apontaram para o papel do petróleo na formação e manutenção do comércio internacional (e daí do sistema financeiro) baseado no dólar.
Finalmente, é uma indústria que – apoiada no complexo de defesa/industrial – sabe se aproveitar de instabilidade política para promover os seus interesses.
Verdade!
Quanto à abordagem geopolítica, o GGN ou fazia cara de paisagem ou não reconhecia qualquer papel para o Brasil.
Já não sei mais o que pensar. O judiciário/MP( pagos a peso de ouro pelo contribuinte ) montou uma farsa que afundou a nação, condenou inocentes,quebrou empresas, deu um prejuízo de bilhões aos cofres públicos… A patranha resultou num fundo bilionário de dinheiro público ROUBADO pela quadrilha para ser gerido por ela. Daí um membro do Judiciário ( STF) tem a brilhante ideia de Lavar o dinheiro oriundo do roubo, destinando o montante ao combate dos incêndios CRIMINOSOS promovidos por latifundiários ( apoiadores do governo imposto pela patranha ) , Depois de Presidente da República ( maior beneficiado na patranha ) e ministro da Justiça( líder da patranha) terem sido informados da organização para o dia do fogo e não terem movido uma palha para evitá-los. Aí ficamos assim: O Judiciário arma um roubo bilionário, monta um fundo e lava o dinheiro do roubo destinando-o ao combate de crimes ( incêndios criminosos) praticados por seus cúmplices. A ideia parece boa,né? SQN. Membros do judiciário/MP,bem como os criminosos que atearam fogo à floresta, devem responder,CRIMINALMENTE, por seus atos e, o produto do toubo do $$$ público deveria ser destinado à INDENIZAÇÔES das vítimas da quadrilha do judiciário/MP e não para proteger crimes de comparsas.
Desculpem, colei o comentário anterior nesse post, por engano.
Dentre os países vizinhos da França, qual possui a maior extensão de fronteira? Resposta: o Brasil. A Guiana Francesa não é “colônia”, é território francês tanto quanto a Côte d’Azur. Alguém por obséuio lembre isto ao Alto Comando das nossas FFAA.
A impressão que eu tenho é que o pensamento das FFAA é de tornarem o Brasil um protetorado dos EUA. O orçamento das FFAA é quase todo com pessoal (e me parece que metade desse custo é com inativos), quase nada vai para investimentos. E lobby das FFAA é só por privilégios, como na reforma da previdência e nos aumentos que só eles tiveram nos governos Temer e Bozo. Para piorar os generais viraram neoliberais dóceis defensores do sistema financeiro difuncional que asfixia a economia do Brasil. Não tem um general capaz de emitir um tuíte chamando às falas um presidente do BC sobre o peso do custo financeiro no orçamento nacional.
Resumo: não tem nenhuma ambição de virem a ser uma potência militar, nem a longo prazo. Como país gigante, fraco e bobo precisa viver sob guarda de alguém parece que querem ser comandados pelo Pentágono.