MPF recomenda já racionamento de água em SP

Jornal GGN – O Ministério Público Federal em São Paulo recomendou à Companha de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e ao governador Geraldo Alckmin a apresentação de projetos para a implementar imediatamente o racionamento de água nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira. Segundo Fausto Macedo, no Estadão, a Procuradoria deu um prazo de 10 dias para o governo estadual e a Sabesp informarem quais serão as providências a serem tomadas. De acordo com estudo de pesquisadores da Unicamp, o Sistema Cantareira pode ficar totalmente seco em menos de 100 dias.

Enviado por sergiogreis

Do Estadão

Racionamento já, recomenda Ministério Público Federal ao governo de SP

Fausto Macedo

Em meio à maior crise hídrica do Estado, Procuradoria dá 10 dias para Palácio dos Bandeirantes informar sobre providências

O Ministério Público Federal em São Paulo recomendou ao governador Geraldo Alckmin e à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que apresentem projetos para a imediata implementação do racionamento de água nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira.

Segundo o Ministério Público Federal, o objetivo é evitar um colapso do conjunto de reservatórios que abastece 45% da região metropolitana da capital.

A recomendação é consequência da maior crise hídrica do Estado.

O governo Geraldo Alckmin e a Sabesp têm 10 dias para informar as providências a serem tomadas em relação à recomendação. O Ministério Público Federal não descarta a adoção de medidas judiciais caso o governo não cumpra a medida.

A recomendação insere-se em um inquérito civil público para apurar a crise hídrica. Um estudo de pesquisadores da Unicamp indica que o volume do Sistema Cantareira pode secar totalmente em menos de 100 dias.

Segundo o Ministério Público Federal, apesar da situação delicada e da previsão de pouca chuva nos próximos meses, o governo de São Paulo descartou o racionamento, mantendo apenas a concessão de descontos a quem economizar água.

Ainda de acordo com o Ministério Público Federal, a Sabesp chegou a propor o aumento da vazão para manter o abastecimento em níveis contínuos, mas o comitê anticrise que monitora a situação dos reservatórios rejeitou o plano.

Desde o dia 15 de maio, a Sabesp tem captado a água do chamado “volume morto”, ou seja, das camadas mais profundas dos reservatórios, pois os níveis regulares se esgotaram. O Ministério Público Federal destaca que o volume morto mantém, segundo estudos, maior concentração de poluentes, que incluem metais pesados, compostos orgânicos prejudiciais à saúde, bactérias, fungos e vírus.

Embora a Sabesp seja uma empresa de capital misto, cujo maior acionista é o governo de São Paulo, o Ministério Público Federal informa ter atribuição para atuar no caso porque os recursos hídricos do Sistema Cantareira pertencem à União, que concede o uso para a companhia paulista. A última outorga de concessão data de 2004.

Na ocasião, de acordo com a Procuradoria, a Sabesp assumiu o compromisso de apresentar estudos e projetos que viabilizassem a diminuição da dependência da região metropolitana em relação ao conjunto de reservatórios. A concessão em vigor venceria no próximo mês, mas devido à crise, foi prorrogada até outubro de 2015.

Redação

6 Comentários

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  1. Agora mesmo que os

    Agora mesmo que os gambazeiros Bandeirantes ampliarão a vantagem do Alckmin na pesquisa eleitoral para governador da provincia de São Paulo .

  2. Infelizmente quem sofre as

    Infelizmente quem sofre as consequências da irresponsabilidade demotucana é TODA a população de São Paulo. Haveria de ter uma forma de restringir esse calvário àqueles que colocaram essa “disgraça”  NO GOVERNO.  Agora, dá um certo prazer em verificar o  inútil e angustiante desespero do Chuchu.

  3. Repetição

    Pois eu iria questionar a mesma coisa: E o MP de São Paulo ? Não se manifestou até agora, ou o questionamento não foi publicado pela imprensa ? Estranha essa espera.

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