Cúpula da PF exige reação de Moro aos ataques de Bolsonaro à entidade

A cúpula da entidade e superintendentes de unidades regionais cobram uma decisão do ministro da Justiça, Sergio Moro, que até agora não foi claro sobre o tema

Foto: Agência Brasil
Da Revista Fórum
Cúpula da PF exige reação de Moro aos ataques de Bolsonaro à entidade

A pressão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre a Polícia Federal (PF), ameaçando trocar seu diretor-geral, desencadeou uma disputa interna por cargos-chave e o temor de paralisação de setores do órgão.

A cúpula da entidade e superintendentes de unidades regionais cobram uma decisão do ministro da Justiça, Sergio Moro, que até agora não foi claro sobre o tema. A intenção é neutralizar a ação de Bolsonaro.

Moro vem sendo fritado publicamente por Bolsonaro. Já sofreu derrotas no Coaf, na Receita, na PGR e agora na PF. Questionado, ele decidiu não se manifestar sobre o caso e também deverá ser alvo de uma CPI sobre a Vaza Jato, que conta com a colaboração informal de parlamentares bolsonaristas.

A PF tem 27 superintendências, uma em cada estado e no Distrito Federal. A mudança em sua cúpula produziria um efeito dominó, com substituições nas chefias das superintendências regionais.

A indefinição sobre o futuro de Maurício Valeixo, de acordo com integrantes da alta hierarquia da PF, impacta a rotina das superintendências.

Investigadores avaliam que os trabalhos que estão em andamento continuam seguindo seu ritmo próprio, mas casos que estão para começar ficarão em compasso de espera.

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No campo administrativo, novos projetos, como reformas, remoções e transferência de servidores já foram em certa medida afetados.

Em entrevista à Folha, Bolsonaro não negou que Anderson Torres, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, seja o seu preferido para substituir Valeixo.

Com isso, o nome do delegado é o mais forte no momento, mas não é a escolha de Moro.

A direção da PF vê a possibilidade de nomeação de Torres como um retrocesso para a corporação. Os dirigentes argumentam que o fato de ele estar fora do órgão há quase uma década e ter trabalhado como assessor de um político durante esse tempo são pontos ruins para a PF.

O agora secretário de Segurança foi assessor legislativo do ex-deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR) por oito anos.

Redação

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