Concurso seleciona alternativas para moradias populares

Do Brasil de Fato
 
Um concurso para organizações de moradores da América Latina e do Caribe pretende dar visibilidade e novo significado às experiências que as populações e suas organizações realizaram, de forma a serem contribuições fundamentais para políticas de construção e gestão de moradia popular, como alternativas aos paradigmas de mercado. É o Primeiro Concurso Regional para Alternativas de Moradia Popular, lançado pela Aliança Internacional de Habitantes.
 
Até o próximo dia 23 de janeiro, poderão participar todas as organizações de habitantes da América Latina e Caribe que tenham realizado experiências de moradia popular em seus respectivos países, iniciativas e propostas relevantes, em matéria de incidência sobre políticas públicas, evidenciando o apoio de ONGs e de universidades.
 
De acordo com o relatório Políticas alternativas de moradia na América Latina e Caribe, as políticas de terra e habitação implementadas na América Latina e no Caribe – que tiveram sua origem no pacote facilitador do Estado, fiel cumpridor de seu papel subsidiário da iniciativa privada – fracassaram redondamente em todos os países, onde, apesar do crescimento econômico, a carência de moradia digna só faz aumentar, ano após ano, prejudicando sobretudo as famílias de renda mais baixa.
 
Nos últimos anos, as organizações multilaterais que promoviam essas políticas, conscientes do seu fracasso, tentaram de várias formas corrigir a situação; todas elas foram ineficazes porque não atacavam as causas de fundo do problema da habitação. Esse estudo da Aliança Internacional de Habitantes evidencia e examina essas causas e indica como devem ser abordadas para enfrentar com possibilidade de êxito o problema. Entende que, embora os problemas devam ser analisados em seu contexto concreto, é imprescindível partir de um novo enfoque que enriqueça a análise e nos aproxime das soluções viáveis.
 
A Aliança Internacional de Habitantes é uma rede global de associações e movimentos sociais de habitantes, cooperativas, comunidades, inquilinos, sem-teto, moradores de favelas, populações nativas e pessoas de bairros proletários. O objetivo é a construção de um outro mundo possível começando por assegurar os direitos à moradia e à cidade.
Redação

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