Os heróis do Senta a Pua

Com todo respeito às opiniões divergentes, essa visão de que os brasileiros na FEB limitaram-se a destruir um “ninho de metralhadoras” é completamente equivocada e na maioria das vezes baseada no documentário, produzido nos anos 90, por Hugo Giorgete. Há pesquisas acadêmicas provando justamente o contrário do que foi relatado no referido documentário; há, inclusive, contundentes críticas acadêmicas porque o filme de Giorge, supostamente, teria sido produzido a partir de forte conteúdo ideológico (para fazer frente a eventuais resquícios “heróicos” dos militares que implantaram o Golpe de 64).

Realmente, parte do oficialato expedicionário esteve presente no alto comando que implantou o Golpe, em 1964. Não esqueçamos, no entanto, que, por exemplo, recrutas, sargentos, e baixo oficialato não tiveram nada ver com essa atitude reacionária. Ao contrário, quando voltaram – já que Getúlio, por razões políticas, “deu baixa” ao exército expedicionário inteiro; no “day after” todo mundo, sem mais nem menos, virou civil – enfrentaram, isto sim, desemprego e abandono.

Em tempo: não sou militar. Mas, já está na hora de começarmos a reconhecer nossos heróis.

Sim 

Luis Nassif

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