Houve deflação de 0,02% no IPCA de agosto. Atribui-se à redução na conta de luz.
É curiosa a conclusão. O IPCA foi de -0,02%. A conta de Luz caiu -2,77%. Seu peso no IPCA é de 4,0423. Aplicando esse peso sobre a queda, chega-se a um impacto de -11% no resultado final do IPCA. Subtraindo esses 11%, sem a conta de luz o IPCA teria caído -0,0178%.
De fato, subdividindo por grupos, houve queda de -0,44% em Alimentação e Bebidas, de -0,51% em Habitação (aí, influenciado pela conta de luz).
Houve, é verdade, uma elevação na disseminação de altas: 215 produtos da cesta registraram alta, contra 189 do mês anterior. Mas, entre os grandes grupos, as altas sairam de 28 para 29 grupos.
Leia também:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Não importa se os números são assim ou assado. O que é preciso atingir é uma inflação que tenha um comportamento dentro das margens com pouca oscilação em uma economia que esteja sempre em crescimento. O Brasil tem que pensar grande. Precisa elevar o seu padrão como sociedade. Assumir um padrão evolutivo. Ficar nesse eterno “agora vai” , freando diante de qualquer soluço é que não pode. Não importa se foi o dólar, se foi a conta de energia elétrica, os combustíveis. Quaisquer dessas coisas ou outras coisas não devem ser motivos pra parar o País. Desde que ele saiba para onde e também queira ir.
José, tudo que você falou é importante para as pessoas, mas irrelevante para o capital. O período em que as empresas de capital aberto na bolsa mais cresceram seus lucros nas últimas décadas foi no governo Temer/Bolsonaro pré pandemia. Arrocharam seus empregados, quebraram seus pequenos concorrentes e tiveram lucros recordes. Procure episódios do programa Diário da Crise da UFRJ no YouTube, eles fazem esse relato. É por isso que a imprensa capitalista é tão saudosa de Temer e vocifera tanto contra o governo Lula. Ela é a expressão desse capital, que tem um poder descomunal no Brasil.
Nassif surfa com a competência de sempre, nas ondas complicadas da economia.
A sua observação atenta mostra enxergar bem além do que a sua vista alcança.
Afinal, essa praia revolta da economia é como se fosse a sua segunda casa.