Os estragos no mercado de trabalho desde 2015, por Luis Nassif

A Indústria perdeu 792 mil postos de trabalho. Mesmo com o boom agrícola, a Agricultura reduziu em 531 mil os postos de trabalho.  

Agência Brasil

O estrago do modelo neoliberal – inaugurado na gestão Joaquim Levy – pode ser medido pelos dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio).

A última se refere ao período março-maio de 2022. A comparação é com mar-maio de 2015, início do período.

A População Economicamente Ativa cresceu 7,7%, ou 12,4 milhões de pessoas a mais em idade de trabalho. Mas a Força de Trabalho também cresceu 7,7%, mas em cima de uma base menor. No total, a PEA cresceu 12,4 milhões, mas a FT apenas 7,7 milhões. A FT Ocupada absorveu apenas 5,4 milhões desse total. Desocupados + Fora da Força de Trabalho cresceu 7 milhões de pessoas, 10,3% a mais do que em 2015.

A composição do emprego mostra a queda de qualidade nas ocupações. 

A Indústria perdeu 792 mil postos de trabalho. Mesmo com o boom agrícola, a Agricultura reduziu em 531 mil os postos de trabalho.  

Os maiores aumentos vieram em setores de baixa qualificação, Comércio e Reparação de Veículos (1 milhão), Alojamento e alimentação (1 milhão).

Há uma queda acentuada nos rendimentos em todos os setores, com exceção da Agricultura, Pecuária. Na Indústria Geral a queda chegou a R$ 307,00.

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Luis Nassif

2 Comentários

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  1. O reflexo disso na vida dos advogados que prestam serviços aos trabalhadores também foi devastador. A renda do meu escritório está declinando desde 2015.

  2. Justamente a falta de uma perspectiva nacional de desenvolvimento por parte de governos e de partes dos segmentos onde situa-se a tomada de decisões, têm sido responsáveis pela penalização do País em relação ao desenvolvimento e o comprometimento de seu crescimento econômico e social. O Brasil anda, anda e após o percurso percebe praticamente não ter saído do lugar. Há quanto tempo fala-se na desindustrialização do País como se isso fosse um fim em si mesmo e não fruto da covardia de quem tem as condições de enfrentar e ultrapassar as dificuldades. A economia é um edifício permanentemente em construção, onde para alcançar andares mais elevados é necessário criar condições para isso. Em consequência disso abriga-se toda a sociedade, nas suas desigualdades oferecendo as oportunidades de acordo com esse preparo requisitado na elevação do edifício. A miserabilização do País é apenas uma face da questão, a distância que separa pobres e ricos é ultrajante, assim como também ser considerado irrelevante como parte respeitada nos cenários considerados internacionalmente. O Brasil é um parceiro de segunda classe, somente fornecedor de recursos primários.

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