Indústria cresceu 1,9% em maio no comparativo a maio de 2022, aponta IBGE

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

O setor industrial se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia e 18,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011

Imagem de Hands off my tags! Michael Gaida por Pixabay

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (4) os resultados da produção industrial e assinalou variação de 0,3% em maio de 2023, voltando a crescer após recuar 0,6% em abril. 

No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, houve redução de 0,4% e, em 12 meses, variação nula (0,0%). A média móvel trimestral foi de 0,3%. O acumulado no ano é de -0,4%. 

Na comparação com maio do ano passado, a indústria avançou 1,9% em maio de 2023, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 9 dos 25 ramos, 38 dos 80 grupos e 43,9% dos 789 produtos pesquisados. 

Em maio deste ano houve disseminação de taxas positivas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais pesquisados, aponta o IBGE. 

O setor industrial se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

IBGE

Influências positivas

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%)

O coque marcou o quarto mês consecutivo de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 15,0%. Automotores voltaram a crescer após acumular perda de 2,6% nos meses de abril e março últimos. 

Máquinas e equipamentos, por sua vez, eliminaram parte do recuo de 11,7% registrado no mês anterior. 

IBGE

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (1,2%), de produtos de metal (6,1%), de outros equipamentos de transporte (10,2%), de metalurgia (2,1%), de produtos diversos (6,6%) e de couro, artigos para viagem e calçados (4,9%).

Influências negativas

Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%) exerceram os principais impactos em maio.

Produtos alimentícios sofreram o quinto mês consecutivo de queda na produção, período em que acumulou perda de 9,7%. Farmoquímicos intensificaram o recuo de 0,4% assinalado em abril.

Grandes categorias 

Entre as grandes categorias econômicas, aponta o IBGE, bens de consumo duráveis (9,8%) e bens de capital (4,2%) assinalaram os avanços mais intensos, com ambas voltando a crescer após recuo em abril: -4,5% e -11,8%, respectivamente. 

O segmento de bens intermediários (0,1%) também mostrou resultado positivo nesse mês de maio e marcou o quarto mês seguido de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 1,9%.

Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (-1,1%) teve o único recuo em maio de 2023, eliminando o crescimento de 0,9% registrado no mês anterior.

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