A reunião entre Putin e Dilma, no primeiro dia da Cúpula dos Brics

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Ex-presidente Dilma é chefe do Novo Banco de Desenvolvimento, ligado ao bloco. Lula também conversou com Putin nesta manhã

Crédito: Getty Images/Alexei NikolskyTASS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu o pontapé na sua agenda bilateral, terça-feira (22), a partir de uma reunião com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, que está na cidade russa de Kazan para a 16º cúpula dos Brics.

No encontro, que ocorreu no Palácio do Governador, dentro do Kremlin de Kazan, Putin destacou que é preciso novos esforços para o aumento do comércio entre os países dos Brics a partir das moedas locais. Segundo ele, a prática pode minimizar os “riscos políticos externos”, libertando o desenvolvimento econômico da política.

Um aumento dos pagamentos em moedas nacionais torna possível minimizar os riscos políticos externos“, disse Putin, no momento em que a Rússia sofre com sanções estabelecidas pelos Estados Unidos, em meio a guerra com a Ucrânia.

Na ocasião, o presidente Russo afirmou também que ainda há muito a ser feito pela instituição, que é conhecida como o banco dos Brics, mas elogiou a atuação de Dilma. “Apreciamos muito o que a senhora fez no último ano. Em geral, esta é uma instituição financeira promissora e em bom desenvolvimento“, declarou Putin, de acordo com a agência Sputnik.

Dilma, por sua vez, reafirmou que as prioridades do Novo Banco de Desenvolvimento envolvem a expansão do BRICS e o foco em projetos no Sul Global.

A ex-presidente do Brasil está no comando da entidade desde março. O banco foi estabelecido em 2015 pelos então membros plenos dos Brics justamente com o objetivo de mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países emergentes e em desenvolvimento.

Cúpula dos Brics

A 16ª Cúpula do BRICS reúne representantes de 32 países, incluindo 24 chefes de Estado, de 22 a 24 de outubro de 2024, na Rússia, que presidente o bloco este ano. Dos dez membros plenos, apenas o Brasil e a Arábia Saudita não vão enviar seus representantes máximos. 

No caso do Brasil, o ministro Mauro Vieira foi designado para representar o país depois que o presidente Lula (PT) sofreu um acidente doméstico, no sábado (19). Seguindo orientações médicas, o petista segue trabalhando em Brasília nesta semana e participará dos Brics por videoconferência.

Logo após o encontro com Dilma, Putin recebeu uma ligação do presidente brasileiro. Segundo o G1, A conversa durou cerca de 20 minutos. Os líderes falaram sobre agenda dos Brics e a crise no Oriente Médio, envolvendo Israel, Hamas e Hezbollah.

Vale ressaltar que é a primeira reunião ampliada do bloco, com cinco novos países membros. Formado até então por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics recebeu neste ano o Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito. A expectativa é que a Cúpula anuncie novos parceiros.

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2 Comentários

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  1. O Brics é fundamentaĺ para que os participantes não fiquen na mão do imperialista U.S.A .Q venha novos paises para fortalecer e integrar o mundo em uma nova ordem.

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