
Jornal GGN – A agência de refugiados da ONU, ACNUR, trabalha para verificar os relatos de que 34 refugiados sírios estariam entre os 200 mortos na explosão do porto de Beirute, no Líbano. Em comunicado, a agência disse que pelo menos sete refugiados foram dados como desaparecidos após a explosão de 4 de agosto, e que 124 ficaram feridos na explosão, 20 deles gravemente.
A agência ainda investiga, mas não tem verificações independentes, os relatos de 24 refugiados mortos. “Tememos que o número de mortos entre a população de refugiados de Beirute, de cerca de 200.000, possa aumentar ainda mais”, disse a ACNUR.
Há mais de 884.000 refugiados sírios registrados que vivem no Líbano, muitos deles fugindo da guerra civil em curso no país vizinho, que começou em 2011, de acordo com a ACNUR. Ao contabilizar os refugiados não registrados, esse número é de cerca de 1,5 milhão, de acordo com grupos de ajuda.
Na semana passada, cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, que estavam armazenadas no único porto de Beirute por seis anos, pegaram fogo, causando uma explosão devastadora que destruiu propriedades a vários quilômetros de distância.
Além da contagem crescente de mortes, a explosão feriu mais de 6.000 pessoas e deixou cerca de 300.000 desabrigados.
A ACNUR disse que sua resposta humanitária imediata cobre “toda a comunidade”, incluindo cidadãos libaneses, refugiados e trabalhadores migrantes. Ela disse que suas primeiras estimativas indicam que até 10.000 “famílias vulneráveis” foram gravemente afetadas e precisam de apoio urgente.
O desastre também gerou uma nova série de protestos no país, com muitos residentes já em um ponto de ruptura devido a uma crise econômica prolongada, corrupção e disfunção governamental e desperdício.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, renunciou junto com seu gabinete, chamando a catástrofe de um resultado de corrupção endêmica.
Com informações do Al Jazeera

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