Pelo menos 15 pessoas foram mortas por ataques israelenses em Damasco, capital da Síria, e a expectativa é que o número de vítimas aumente.
“Por volta das 15h20 da quinta-feira, o inimigo israelense lançou uma agressão aérea da direção do Golã sírio ocupado, mirando uma série de prédios residenciais no bairro de Mazzeh em Damasco e na área de Qudsaya no interior de Damasco, resultando no martírio de 15 pessoas e ferimentos em outras 16, incluindo mulheres e crianças”, disse uma fonte militar ouvida pela agência oficial de notícias da Síria.
De acordo com a Al Jazeera, o exército de Israel afirmou que foram realizados ataques aéreos visando edificios e centros de comando pertencentes ao um grupo denominado Jihad Islâmica Palestina, um dos grupos que participou da ação coordenada pelo Hamas em outubro de 2023, e que a ação foi um “golpe significativo” para o grupo e seus agentes.
Tal ação mostra que o governo de Benjamin Netanyahu tem aumentado a intensidade de suas ações com foco em infraestrutura e, segundo as autoridades, alvos ligados ao Hezbollah na Síria.
Embora os ataques contra alvos ligados ao Irã na Síria ocorram há anos, as operações militares ficaram mais intensas após o ataque de 07 de outubro do ano passado.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Síria, o ataque causou a destruição completa dos edifícios residenciais visados, além de “grandes danos materiais a instalações vitais, como pontes e algumas estradas internacionais”.
“A Síria condena os crimes brutais cometidos pela entidade sionista, que deixaram dezenas de mártires e feriram dezenas de civis, incluindo mulheres e crianças (…)”, disse o ministério, em nota oficial.
O governo sírio destacou que os ataques israelenses ocorrem dois dias após a realização de uma cúpula conjunta árabe-islâmica em Riad (Arábia Saudita), que inclusive emitiu um documento condenando amplamente a “agressão brutal e crescente em território sírio, e seu alerta sobre o perigo dessa escalada que está devastando a região e suas repercussões regionais e internacionais”.
“A Síria afirma que o desrespeito contínuo da entidade usurpadora às leis e regulamentações internacionais, e sua indiferença a todas as demandas internacionais para interromper suas agressões e violações, são resultado da falha do Conselho de Segurança em tomar uma posição firme e real para dissuadi-la de seus crimes, que também incluem ataques às forças internacionais de manutenção da paz no Líbano que atrapalham o trabalho da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina”, disse a declaração.
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