“Não chego aqui sozinha. Chegamos todas”, declara Claudia Sheinbaum, a primeira mulher presidente do México 

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Conhecida pelo seu ativismo político intenso, Sheinbaum teve a vitória declarada com menos da metade das urnas apuradas

Primeira mulher presidente do México, Claudia Sheinbaum. | Foto: Flickr de Claudia Scheinbaum

A candidata da esquerda Claudia Sheinbaum foi eleita a primeira presidente mulher do México, em votação neste domingo (3). A governista obteve cerca de 60% dos votos, com menos da metade das urnas apuradas, segundo resultado preliminar do Instituto Nacional Eleitoral (INE). 

Conhecida pelo seu ativismo político intenso aos 61 anos de idade, a cientista climática de origem judaica concorreu ao cargo pelo partido Morena, o mesmo do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, de quem teve apoio neste pleito.

Em discurso após o reconhecimento de sua vitória, ela agradeceu a às mulheres a história mexicana. “Não chego aqui sozinha. Chegamos todas. Com nossas heroínas que nos deram a pátria, nossas ancestrais, nossas filhas e nossas netas”, afirmou.

Também durante o pronunciamento, no Zócalo da Cidade do México, ela prometeu um governo “honesto, sem corrupção e sem impunidade. Respeitaremos a liberdade empresarial e facilitaremos o investimento privado nacional e estrangeiro, garantindo, sempre, o respeito ao meio ambiente“, completou.

A opositora Xóchitl Gálvez, que aparece com cerca de 26% dos votos, reconheceu a derrota em discurso para sua base e declarou que ligou para Sheinbaum para parabenizar pela vitória.

Ativismo político 

Ao lançar sua campanha pela presidência, Sheinbaum lembrou de toda sua luta contra o neoliberalismo e pelos direitos humanos que atravessa décadas e ganhou protagonismo a partir de uma greve universitária histórica em 1991.

“Preservo o mesmo sentimento e desejo de justiça social, para que haja pátria para o pobre e pátria para o oprimido”, escreveu ela no lançamento da campanha. Desde então, a esquerdista era considerada a favorita nas principais pesquisas eleitorais.

Governadora por seis anos da Cidade do México, Sheinbaum também já foi secretária de Meio Ambiente da capital e chegou a trabalhar no Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima.

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