Explosão de pagers leva Líbano a abrir queixa contra Israel na OIT

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Ministro do Trabalho libanês afirma que 4 mil civis foram mortos ou feridos nos ataques israelenses promovidos em setembro

Foto: RS via Fotos Públicas

O ministro do Trabalho do Líbano, Mustafa Bayram, registrou queixa formal contra Israel junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) na sede da ONU, na Suíça, por conta da ação israelense que levou à explosão de pagers no mês de setembro.

Segundo o site Al Jazeera, Mustafa Bayram declarou a repórteres que o ataque foi uma “guerra flagrante contra a humanidade, contra a tecnologia, contra o trabalho”, e que essa ação abre um precedente muito perigoso caso não seja condenada.

As explosões ocorridas em setembro teoricamente visavam atingir o grupo Hezbollah, que usava os dispositivos como meio de comunicação. A ação foi amplamente atribuída à Israel, que não confirmou e nem negou tal alegação.

“Estamos em uma situação em que objetos comuns — objetos usados ​​na vida cotidiana — se tornam perigosos e letais”, ressaltou o ministro, destacando que a contagem de vítimas foi ainda maior do que a relatada, uma vez que “mais de 4 mil civis caíram, entre mártires, feridos e mutilados – em poucos minutos por esse ataque”.

Questionado sobre o motivo de ter levado a queixa à OIT, o ministro destacou que os trabalhadores feridos pelo ataque estavam trabalhando, e que é preciso salientar “que isso (ataque) é contrário ao ambiente de trabalho, à segurança e à proteção, contrário aos princípios do trabalho decente… defendidos pela OIT”, disse ele.

Ao mesmo tempo, Bayram acrescentou que as autoridades libanesas ainda podem registrar queixas sobre ataques de pagers em outros fóruns internacionais, incluindo a Organização Mundial do Comércio (OMC).

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