O ministro do Trabalho do Líbano, Mustafa Bayram, registrou queixa formal contra Israel junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) na sede da ONU, na Suíça, por conta da ação israelense que levou à explosão de pagers no mês de setembro.
Segundo o site Al Jazeera, Mustafa Bayram declarou a repórteres que o ataque foi uma “guerra flagrante contra a humanidade, contra a tecnologia, contra o trabalho”, e que essa ação abre um precedente muito perigoso caso não seja condenada.
As explosões ocorridas em setembro teoricamente visavam atingir o grupo Hezbollah, que usava os dispositivos como meio de comunicação. A ação foi amplamente atribuída à Israel, que não confirmou e nem negou tal alegação.
“Estamos em uma situação em que objetos comuns — objetos usados na vida cotidiana — se tornam perigosos e letais”, ressaltou o ministro, destacando que a contagem de vítimas foi ainda maior do que a relatada, uma vez que “mais de 4 mil civis caíram, entre mártires, feridos e mutilados – em poucos minutos por esse ataque”.
Questionado sobre o motivo de ter levado a queixa à OIT, o ministro destacou que os trabalhadores feridos pelo ataque estavam trabalhando, e que é preciso salientar “que isso (ataque) é contrário ao ambiente de trabalho, à segurança e à proteção, contrário aos princípios do trabalho decente… defendidos pela OIT”, disse ele.
Ao mesmo tempo, Bayram acrescentou que as autoridades libanesas ainda podem registrar queixas sobre ataques de pagers em outros fóruns internacionais, incluindo a Organização Mundial do Comércio (OMC).
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