Gêmeos de quatro dias morrem em bombardeio em Gaza

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Pai registrava filhos recém-nascidos quando apartamento foi atacado por israelenses; mais de 16 mil crianças foram mortas desde outubro

Foto: IRNA via fotospublicas.com

Um pai palestino perdeu seus filhos gêmeos de quatro dias em um bombardeio aéreo realizado pelo exército de Israel na região de Gaza enquanto registrava o nascimento das crianças.

Segundo o jornal The Guardian, a esposa de Mohamed Abuel-Qomasan, a farmacêutica Joumana Arafa, deu à luz por cesárea quatro dias antes e anunciou a chegada dos gêmeos no Facebook.

Na terça-feira, ele foi registrar os nascimentos em um escritório do governo local e, enquanto teve fora, vizinhos entraram em contato para dizer que a casa em que estava abrigado, perto da cidade central de Deir al-Balah, havia sido bombardeada.

O ataque aéreo israelense matou os recém-nascidos (um menino e uma menina), a mãe das crianças e também a sogra de Mohamed, avó dos gêmeos. A família tinha seguido orientações do exército para evacuarem a cidade de Gaza nas primeiras semanas de guerra e procuraram abrigo no centro da cidade.

Desde o dia 04 de julho, as forças do exército de Israel atacaram ao menos 21 escolas onde palestinos estavam abrigados. Centenas de pessoas foram mortas, muitas delas crianças, enquanto Israel culpa o Hamas por atuar em áreas residenciais densas – embora não tenha apresentado evidências de que agentes do grupo palestino estavam nos locais atacados.

Dados do Ministério da Saúde em Gaza apontam a morte de quase 40 mil palestinos desde o início dos ataques em 07 de outubro, e acredita-se que outros milhares estejam soterrados nos escombros.

Pelo menos 115 recém-nascidos foram mortos na região nesse mesmo período, ao mesmo tempo em que a ONU estima que cerca de 17 mil crianças estavam desacompanhadas (sem família sobrevivente).

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