A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, foi condenada a 10 anos de prisão por ter organizado um golpe de Estado contra o então presidente Evo Morales. A decisão foi anunciada na noite desta sexta-feira (10).
Uma das acusações era que Jeanine assumiu a Presidência boliviana de forma inconstitucional depois que Evo deixou o poder, em meio a uma série de protestos contra a tentativa de o mandatário obter um quarto mandato.
O tribunal também condenou a dez anos de prisão o ex-general de polícia Yuri Calderón e o ex-comandante-chefe das Forças Armadas Williams Kaliman Romero, ambos atualmente foragidos.
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A defesa da ex-mandatária afirmou que vai apelar a órgãos internacionais em relação ao julgamento desta sexta-feira.
Cristã e conservadora, Jeanine Áñez assumiu a presidência da Bolívia por meio de uma brecha constitucional: por conta da renúncia de todos os que integravam a linha direta de sucessão, o regimento do Senado estabelecia que ela, então segunda vice-presidente da Casa, assumiria o poder.
Com informações da Folha de São Paulo e da Sputnik News
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