Mais de mil peregrinos morreram durante a peregrinação muçulmana à Meca, chamada de hajj, devido a temperaturas extremas na Arábia Saudita, segundo balanço atualizado da agência de notícias AFP, divulgado nesta quinta-feira (20).
Os dados sobre o número de vítimas fatais foram coletados a partir de um balanço do necrotério do hospital de bairro Al Muais da cidade saudita, de comunicados oficiais ou de fontes diplomatas.
Ao todo, 1.081 pessoas de cerca de 10 países morreram no hajj deste ano, que reúne cerca de 1,8 milhão de peregrinos, sendo 1,6 milhão do exterior. Contudo, cerca de 630 dessas vítimas eram peregrinos não registrados, já que – por ocasião – o governo distribui um determinado número de vistos por país.
Todas essas mortes ocorreram por doenças provocadas pelo calor. Na segunda-feira (18), as temperaturas chegaram a 51,8ºC na sombra na Grande Mesquita em Meca, no país desértico, quando a previsão era de até 48ºC.
O relatório obtido pela AFP não informa, no entanto, se as mortes ocorreram depois do início oficial do hajj, na última sexta-feira (14), ou se já tinham sido registrados óbitos antes, já que peregrinos costumam chegar com antecedência ao país.
No ano passado, ao menos 240 peregrinos morreram na peregrinação, sendo a maioria cidadãos da Indonésia. Com isso, neste ano, as autoridades locais adotaram medidas para que a população pudesse suportar melhor o calor, como a distribuição de água, instalação de nebulizadores em áreas externas e guardas borrifando água nos fiéis.
O governo também emitiu avisos para que os peregrinos respeitassem os limites do corpo, já que em alguns momentos do evento, como da prática religiosa de “Wakoof Al Arafat”, o fiel fica de pé rezando durante um dia inteiro. Em outras parte dos atos, eles andam durante 10km.
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