Morsi vai ser julgado por homicídio de oficiais na revolta de 2011 no Egito

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Brasília – O ex-presidente egípcio Mohamed Morsi, destituído em julho pelo exército, vai ser julgado pela morte de oficiais durante a revolta em 2011, que levou ao fim do regime de Hosni Mubarak. O anúncio foi feito hoje (21) pelos procuradores encarregados do processo.
 
Morsi também é acusado de ter fugido da prisão de Wadi Natroun e será julgado juntamente com com mais 132 pessoas, dos quais 70 são membros do movimento islâmico palestino Hamas e xiita libanês Hezbollah.
 
Os procuradores afirmaram que os militares da irmandade muçulmana, à qual pertence Morsi, do Hamas, do Hezbollah e dos jihadistas atacaram prisões e postos de polícia nos primeiros dias da revolta de 2011. Os ataques provocaram a morte de policiais e possibilitaram a libertação de milhares de detidos.
 
Preso após a sua destituição, em 3 de julho, Morsi está para ser julgado atualmente por cumplicidade na morte de manifestantes quando exercia o cargo de presidente do Egito. O presidente também deverá ser julgado por espionagem por perpetrar ações terroristas, implicando o Hamas e grupos jihadistas.
 
Morsi foi o primeiro presidente egípcio democraticamente eleito e acabou por sendo deposto pelo exército. Desde então, mais de mil pessoas, na sua maioria islamitas, foram mortas em confrontos com a polícia nas ruas e milhares foram presas. Entretanto, o tribunal acusou Ahmed Shafiq, rival de Morsi nas eleições de 2012, pela prática de crimes de corrupção.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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