Mulheres e crianças são maioria entre palestinos libertados

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Apenas oito dos 90 prisioneiros soltos por Israel foram detidos antes dos ataques de outubro de 2023; mulheres e crianças são maioria

Palestinos em Gaza comemoram o cessar fogo entre Hamas e Israel. Foto: RS/Fotos Públicas

Noventa palestinos foram libertados por volta da 1h da manhã desta segunda-feira, sendo levados para a cidade de Ramallah em ônibus da Cruz Vermelha, em troca da liberdade de três reféns israelenses pelo grupo palestino Hamas.

Os prisioneiros – dentre eles 69 mulheres e 21 crianças – foram soltos na primeira fase do cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Hamas após guerra que matou mais de 1,1 mil pessoas, e acabou por vitimar mais de 47 mil palestinos. Apenas oito dos 90 prisioneiros foram detidos antes de 7 de outubro de 2023.

Segundo o site Al Jazeera, uma das mais proeminentes libertadas foi Khalida Jarrar, líder da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) e ativista feminista, que cumpre penas desde 2015 por vocalizar a respeito dos direitos dos prisioneiros palestinos e ser filiada a um partido considerado “terrorista” pelos israelenses. Sua prisão mais recente foi em 26 de dezembro de 2023.

Outra prisioneira proeminente é a jornalista Rula Hassanein, editora da Wattan Media Network, presa pelas forças israelenses em 19 de março como parte de prisões em massa de palestinos. Ela foi acusada de incitação nas redes sociais por postagens que supostamente incluiam retuites na rede social X e a sua frustração com o sofrimento dos palestinos em Gaza.

A primeira fase do cessar-fogo deve durar cerca de 42 dias, quando 33 prisioneiros israelenses devem ser libertados, incluindo crianças, civis idosos e soldados do sexo feminino e, em troca, até 1,9 mil prisioneiros palestinos devem deixar a prisão. Três israelenses foram libertados no primeiro dia de troca.

Além dos 33 prisioneiros que podem deixar cativeiro na primeira fase, os reféns restantes são supostamente soldados do sexo masculino a serem libertos em troca de um número não especificado de prisioneiros palestinos.

Dados da Comissão Palestina de Assuntos de Detidos e Ex-Detidos e a Sociedade de Prisioneiros Palestinos estimam que cerca de 10,4 mil palestinos estão detidos em prisões israelenses, sem contar aqueles detidos em Gaza nos últimos 15 meses de guerra.

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