Na década de 70, casal Kirchner trabalhava da mesma maneira que os fundos abutres

Enviado por Anafilófio

Do Ecofinanças

Casal Kirchner já foi ‘abutre’ nos anos 70 e 80

Néstor e Cristina enriqueceram como assessores jurídicos especializados em execução hipotecária Néstor e Cristina Kirchner: 22 imóveis em 5 anos

Há poucas semanas, em pleno conflito judiciário, a presidente Cristina Kirchner criticou os holdouts (fundos de investimentos que não participaram das renegociações de dívida) por tentarem conseguir elevados lucros com os títulos da dívida pública argentina que anos atrás haviam comprado a baixo preço, quando estavam desvalorizados pelo calote de 2001. “Eles querem lucro de 1.600%!”, exclamou a presidente na ocasião. Visivelmente irritada, criticou a ofensiva que os holdouts fazem nos tribunais em Nova York para conseguir o embargo de bens do Estado argentino nos EUA ou o pagamento da totalidade da dívida.

“Abutres” é a denominação que o governo da presidente Cristina aplica aos holdouts, aos quais acusa de conspirar contra a Argentina. 

No entanto, o modus operandi dos “abutres” é similar ao que o próprio casal Néstor e Cristina Kirchner aplicou na Patagônia durante a ditadura militar (1976-83), quando enriqueceu graças a execuções hipotecárias.

Recém-formados como advogados em La Plata, os Kirchners em 1976 instalaram-se em Rio Gallegos, capital da Província de Santa Cruz, como assessores jurídicos da agência financeira Finsud, que realizava cobranças extrajudiciárias. 

O jovem advogado, quando ficava sabendo que um proprietário deixava de pagar a parcela mensal de crédito, ia até sua casa e lhe explicava que tinha poucas opções. Uma delas era resignar-se a ter a casa leiloada e ficar sem nada. A outra, a de vendê-la ao próprio Kirchner por um preço significantemente inferior ao valor real.

Na época, o ministro José Alfredo Martinez de Hoz, que comandava a economia do regime militar, havia desregulado o mercado financeiro , permitindo a criação de centenas de agências financeiras em todo o país. Mas, em janeiro de 1980, Martinez de Hoz emitiu a circular número 1.050, que – suspendendo as taxas predeterminadas para os créditos – permitia a indexação das dívidas pela inflação , que era de 150% anual.

Dezenas de milhares de pessoas faliram imediatamente. O novo cenário favoreceu o casal Kirchner, que ampliou a compra de imóveis.

Segundo diversas investigações jornalísticas, em apenas cinco anos, entre 1977 e 1982, o jovem casal comprou 22 propriedades. “Compraram as casas daquelas pessoas que não podiam pagar”, explicou anos atrás o ex-deputado Javier Bielle, da União Cívica Radical de Santa Cruz.

“Para fazer política é primeiro necessário juntar dinheiro “, dizia o casal Kirchner nos anos 80 aos amigos em Santa Cruz.

Os Kirchners continuaram prosperando mesmo quando chegaram ao governo de Santa Cruz e à presidência da República. Seu patrimônio, entre 1995 e 2010, segundo dados de suas declarações juramentadas, aumentou em 4.567%.

Família. O escritor anarquista Osvaldo Bayer, em sua obra Os vingadores da Patagônia trágica, um clássico da história argentina, afirma que o avô de Kirchner, Karl Kirchner, era conhecido em Santa Cruz no início do século 20 por ser um agiota.

Redação

17 Comentários

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  1. A mesma estratégia do poder global

    1. Fundos abutres fodem com um país

    2.Você reclama dos abutres

    3. Você é chamado de abutre também (até o seu avô)

    4. Você é o culpado!

     

    1. A- o governo gasta tanto que

      A- o governo gasta tanto que não tem crédito algum.

      B- os unicos que lhe dão crédito são os fundos abutres.

      1. Fundos abutres fodem com um país

      2.Você reclama dos abutres

      3. Você é chamado de abutre também (até o seu avô)

      4. Você é o culpado!

      Sim.

       

      1. Não está certo

        Argentina cumpre com o Clube de Paris e, em realidade, é apenas o Singer que está por trás de uma parte da dívida e ela é a que gerou todo esse problema.

  2. Não tem santo.  Pode ser

    Não tem santo.  Pode ser moralmente incorreto o que os Kitchner fizeram, mas, embora o texto não fale sobre isso, não há justificativa para a atuação dos fundos abutres que estão especulando com um país inteiro.

    1.   EXATAMENTE o que eu ia

        EXATAMENTE o que eu ia dizer.

        Se os Kirchner foram imorais ou não, das duas uma: ou a “crítica” a eles legitima a crítica feita aos fundos abutre, ou ao menos que fique claro que toda uma nação não deve, não merece pagar por falhas morais de um/a líder.

  3. Pau que dá em Chico…

    Pois é, custou a virar post, mas bem que poderia estar lado a lado com o post sobre o Paul Singer. Farinha do mesmo saco? Feitiço contra feiticeiro (embora saiba que dívida contraída não foi feita pelo casal)?

  4. Abutres

    Se fosse matéria da imprensa local, teriam falado também do bisavô. Mas a desonestidade é a mesma. O patrimônio dos Kirchner teria crescido mais de 4 mil por cento em quinze anos.  Muito bem.  Quanto foi a inflação argentina no período? Em valores constantes, o patrimônio cresceu ou baixou? E  eles não tinham ganho fortunas entre 76 e 83, como advogados?  E essa história de que o casal dizia ser necessário juntar dinheiro antes de entrar na política?  Seria melhor que eles ganhassem DEPOIS que estivessem no poder, à custa de privatizações e outros negócios? Para entrar na mídia nacional, o redator dessa nota precisaria um curso supletivo de vigarice.

  5. Pode até ser…

    Correto!

    Porém sobram duas verdades:

    1-) Não foi o governo dos Kirchner que fez a dívida e a posterior renegociação, mas sim o governo Menen do ministro Cavallo que tinha ampla aprovação dos ricos que comandam esses fundos (aposto que tem argentinos neles, afinal ninguém é de ferro patriótico quando tem muito dinheiro na “jogada”).

    2-) No fim das contas quem vai pagar os débitos são os trabalhadores, que não fizeram essa dívida e com certeza não possuem papelada especulativa sob sua guarda.

    Um abraço.

  6. profundos abutres

    “Por detrás da alegria e do riso, pode haver uma natureza vulgar, dura e insensível.”

    “Mas por detrás do sofrimento, há sempre sofrimento. Ao contrário do prazer, a dor não usa máscara” – Wilde

  7. Não tem nada a ver

    Pura cortina de fumaça.

    O padrinho do meu irmão, um senhor já falecido e de origens árabes, comprava casas de pessoas falidas no interior do RJ… Certamente não é a forma mais bela de ganhar alguma coisa.. Mas, se formos pensar dessa forma, quase tudo é moralmente questionável. Objetivamente, ele ganhava com os que perdiam. Pessoas endividadas eram seu alvo, ia lá oferecia um preço baixo, comprava a casinha e a colocava em locação (muitas vezes a família nem saia da casa… continuavam no regime de aluguel..)… Pois é a vida tem dessas coisas.. Mas não sei se ele se via como um abutre, eu penso que ele se via como alguém que, embora sabendo-se oportunista, fazia o que tinha de ser feito e o que seria o melhor pra ambas as partes.

    Há sempre diversos ângulos de visão… No fundo, todos que oferecem emprego o fazem para pessoas que necessitam do emprego.. De um ponto de vista muito restritivo, todo empregador é um abutre… sabemos que visões muito restritas acabam por inviabilizar a vida… na natureza existem abutres.. mas, em geral, esses apenas consomem os restos (trazem um certo benefício ao todo).. Os fundos abutres não fazem jus ao apelido, estão mais para fundos predatórios.

    O que seria mais digno, o agricultor que vende comida a quem tem fome ou a prostituta que vende o corpo? o que dizer de um médico que ganha dinheiro com os doentes? está claro que essa forma piegas de julgar as atividades e necessidades empresariais da vida está horrivelmente equivocada.

    Talvez nesse ponto eu ganhe de todos.. eu não trabalho, e portanto não preciso enfrentar questionamentos desse tipo.. Talvez eu “explore” meus pais….. pois é…

    Os fundos predatórios foram minoria em não renegociar dívidas absurdas. Dívidas que serão pagas por pessoas que não a fizeram. E em completa desproporcionalidade…. Texto cortina de fumaça.. contraponto péssimo!!

     

  8. Confirmado!

    “Segundo diversas investigações jornalísticas”

    Quais?… bueno, são diversas tchê e são “investigaçôes”… e depois tem a história do avô, tá sabendo?…

    1. E tem mais…

      … segundo diversas investigações jornalísticas, os Kirchners foram os consellheiros do filho do Lula quando adquiriu a enorme fazenda no estado de São Paulo com milhares de cabeça de gado.

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