
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que houve ‘algum progresso’ nas negociações pela liberação dos reféns que seguem detidos com o grupo palestino Hamas, em meio à retomada das negociações nos últimos dias.
As conversas mediadas pelo Egito, Catar e Estados Unidos para encerrar os combates e libertar os reféns ganhou força neste mês. Fontes israelenses e palestinas ouvidas pelo site Al Arabiya destacam que algumas das lacunas existentes para um possível cessar-fogo foram reduzidas, embora diferenças cruciais não tenham sido resolvidas até o momento.
Um funcionário palestino afirmou que, embora alguns pontos tenham sido solucionados, a identificação de alguns dos prisioneiros palestinos a serem libertados em troca de reféns israelenses não tinha sido acertada, assim como a implantação de tropas israelenses em Gaza.
Tais comentários correspondem às declarações feitas pelo ministro da diáspora israelense, Amichai Chikli, que desacou que os lados estavam mais próximos de obter um acordo do que estiveram nos últimos meses.
Um dos pontos discordantes ao longo de várias rodadas de negociações sem sucesso envolve a duração do cessar-fogo: enquanto o Hamas quer o fim da guerra, Israel quer o fim do governo do Hamas em Gaza.
Desde o ataque do grupo palestino em outubro de 2023, quando 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 251 levadas como reféns, o exército israelense realiza uma campanha armada de retaliação que já matou mais de 45,2 mil palestinos, com a maior parte da população sendo deslocada em meio a uma Gaza em ruínas.
Ao mesmo tempo, diversas ações do exército israelense tem tornado mais difíceis a sobrevivência dos palestinos refugiados: Tom Fletcher, responsável pela ajuda humanitária nas Nações Unidas, afirmou que as forças militares israelenses têm dificultado os esforços para levar ajuda aos palestinos no norte de Gaza, que está sob cerco quase total há mais de dois meses enquanto o espectro da fome avança.
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