NYT: A escolha de Walz como parte da estratégia de Kamala Harris

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Político visto como habilidoso, governador de Minnesota pode ajudar democrata a retomar diálogo com quem vem fugindo do partido

Foto: Twitter @Tim_Walz

O governador de Minnesota Tim Walz foi escolhido como companheiro de chapa da vice-presidente Kamala Harris por uma série de razões, como o fato de ter o apoio de eleitores independentes, ou republicanos, para vencer as eleições.

Uma chapa presidencial é constituída de olho no equilíbrio político, mas análise do The New York Times destaca que a escolha de Walz “é uma declaração sobre o que muitos democratas acreditam ser uma das principais vulnerabilidades de Harris: que ela é vista como muito liberal (…)”.

Além de ser um produto de uma pequena cidade norte-americana, Walz é “um cara branco que exala energia de pai do Centro-Oeste” e possui uma habilidade que foi aprimorada ao longo de quase duas décadas na política: manter diálogo com os conservadores.

“Este é um homem que se sente tão confortável entrando no Farm Fest no sul de Minnesota e falando com produtores de milho e soja quanto entrando em uma igreja negra no norte de Minneapolis”, disse a senadora Tina Smith, democrata de Minnesota. “Ele é uma pessoa que simplesmente sabe como sentar, ouvir e se conectar com as pessoas”.

Porém, os republicanos estão começando a atacar o estilo mais casual de Walz, ao ponto de retirarem trechos do histórico liberal do candidato democrata (como absorventes nos banheiros das escolas) para tentar enfatizar seu ponto de vista.

Segundo o NYT, os democratas acreditam que Walz é “habilidoso o suficiente” para neutralizar tais ataques e, assim, manter o foco no candidato republicano Donald Trump – e a sua capacidade de fazer isso também pesou em sua escolha.

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