Cresce a possibilidade de que o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu demita seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, uma medida que poderia estabilizar a coalizão que o mantém no poder, mas traria incertezas em meio ao aumento das tensões com o grupo libanês Hezbollah.
De acordo com o The New York Times, o nome cotado para substituir Gallant (segundo a imprensa israelense) é o de Gideon Saar, líder do partido de direita Nova Esperança, o que poderia ajudar a estabilizar a coalizão que mantém Netanyahu no poder.
O Nova Esperança tem assentos suficientes para dividir o poder entre os partidos da extrema-direita, que chegaram a cogitar deixar o governo se um acordo com o Hamas fosse fechado.
A medida também poderia acalmar a crise política criada com os ultraortodoxos, uma vez que o primeiro-ministro deve aprovar uma lei que regula a isenção para os ultraortodoxos se alistarem no serviço militar, ou então uma decisão da Suprema Corte os forçará a se alistar.
Netanyahu chegou a tentar demitir Gallant no ano passado, por interromper seu plano de enfraquecer o Poder Judiciário de Israel, o que gerou uma onda de protestos pelo país e uma greve geral.
Ex-general ligado ao partido de Netanyahu, Gallant seria o líder israelense mais significativo que se posiciona a favor do cessar-fogo que libertaria os reféns que seguem em Gaza, e também é o ponto-chave de contato com o governo dos Estados Unidos em meio às tensões entre o primeiro-ministro israelense e o presidente dos EUA Joe Biden.
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