
Os incêndios florestais que incineraram a Califórnia, nesta última semana, levantaram as responsabilidades de políticos e empresários na má gestão dos recursos hídricos do país. No centro dessas acusações, está o casal de bilionários da Califórnia, Stewart e Lynda Resnick, donos da The Wonderful Company, que controla o Kern Water Bank, ao sul do estado.
O Kern Water Bank é a autoridade responsável pelo maior banco de água da Califórnia, no Vale de San Joaquin, ao sul do estado. O banco de água contempla mais de 50 km² de área para armazenar 1,5 milhão de acre-pés de águas subterrâneas, o que equivale a 1,85 trilhão de litros.
A água é armazenada no Kern Water Bank durante os períodos chuvosos e tinha como finalidade ser utilizada durante a seca das cidades da Califórnia e, de forma secundária, para o uso agrícola e industrial.
Assim, o reservatório de água era, inicialmente, um bem público. E o conglomerado do casal Resnick, a The Wonderful, é – não por coincidência – a maior empresa agrícola do mundo, responsável pelo cultivo de laranjas, frutas e grãos que exigem muita água para o seu cultivo, como pistaches e amêndoas.
Em 1994, a empresa fechou o premiado acordo público-privado chamado “Monterey Plus Agreement” para controlar o reservatório de água que garantiria água suficiente para o seu império agrícola naquela conhecida árida região do país.
Além disso, a aquisição do banco de água permitia que, quando a água não fosse usada para as produções agrícolas, em períodos de seca, o Kern Water Bank poderia vender água para as cidades do estado da Califórnia.
Segundo reportagem da revista RollingStone, “os resultados desse arranjo são terríveis no que diz respeito ao acesso equitativo à água, especialmente no Vale Central, onde os Resnicks podem facilmente gastar mais do que os pequenos fazendeiros, que compram cerca de 9% de sua água total no mercado aberto”.
Para a publicação, contudo, o casal milionário e sua reserva privada que tiraram a água do controle estadual e direcionou para as suas produções econômicas, não foram os responsáveis diretos pelos incêndios, e sim a dificuldade de o estado de direcionar a água para os locais de grande seca e incêndios, além de problemas com os bombeiros, por falta de pessoal e de sistemas de hidrantes suficientes. “Os Resnicks podem ser vilões convenientes, mas não explicam essa catástrofe”, completou.
As associações da catástrofe à entrega da água, um bem público, ao grupo econômico de propriedade do casal, contudo, são inevitáveis. Há calculos de que a The Wonderful Company retém 60% de toda a água da Califórnia.
A revista Forbes noticiou que, em abril de 2022, o patrimônio de Stewart e Lynda Resnick valia US$ 8 bilhões de dólares na The Wonderful Company. São, segundo o International Business Times, “os fazendeiros mais ricos dos Estados Unidos”. Para atingir este lucro, muita água foi necessária.
Segundo a mesma revista Forbes, a The Wonderful Company usa cerca de 150 bilhões de galões de água anualmente para os mais de 70 mil hectares de terras agrícolas.
O uso da água da empresa agrícola dos Resnicks é superior ao da soma de todas as “empresas, fazendas e até mesmo da cidade de Los Angeles”, informou a Curbed LA.
E, durante a seca da Califórnia, entre 2011 e 2017, os Resnicks perfuraram 21 novos poços de água para abastecer o Kern Water Bank, de propriedade majoritária deles. Naquele período, o casal foi amplamente criticado pelas práticas de uso descontrolado e venda da água, um bem que deveria ser público, e com os novos incêndios que devastaram a região, voltaram na mira das críticas.
Em contrapartida, ao longo de todos os anos, os Resnicks são conhecidos por suas volumosas doações e repasses filantrópicos a diversas entidades de assistência social e institutos de pesquisa e de saúde, que amenizam às críticas da população.
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O sol, as águas, o ar, não deveriam ser bens públicos e essenciais à vida de todas as espécies?
Estive lendo ontem umas abobrinhas a respeito de “chemtrails”, ou rastros químicos deixados por aeronaves nos céus pela eliminação de gases combustíveis e que, por princípio deveriam desaparecer com os ventos após certo períodos. Sucede que tais rastros são deixados pelas aeronaves e não só não desaparecem como também se condensam sob sol transformando-se em fumaça leitosa que cobrem o céu tornando-o esbranquiçado. Quem tem placas solares tem registrado grande perda de capacidade de captação de energia e está reclamando dessa prática. Para o bem ou para o mal essa prática é comum justamente na Califórnia. Então a gente se pergunta: até que ponto nossos semelhantes vão roubar os bens naturais para enriquecerem poucos à custa do desastre certo que um dia os alcançará?
A fonte – https://thoth3126.com.br/chemtrails-mudancas-climaticas-olhe-para-o-ceu-e-perceba-o-dano-que-esta-sendo-feito/
Reestatizar esses bens comuns.Como? Uma consulta popular ampla e abrangente,depois o estado cumpre a vontade popular com projetos de leis,sustentáveis e de aplicação imediata!!Bloco Liberdade & Água Limpa!!
( BH/25)
Luna, quem, em sã consciência, vai aceitar que a água, o vento, o sol, a chuva, a terra têm que ser negociados, vendidos, utilizados para enriquecer seus proprietários como se eles fosse capazes de criar esses bens? Não estamos em sã consciência quando aceitamos essas práticas. Então, o caso é não permitir que isso aconteça. A engenharia do consentimento está não só nos explorando mas também tornando a existência da vida na terra impraticável.
Votando em políticos que privatizam tudo, ou seja, em quem agrada as elites brasileiras e atacando quem é contra. Depois vai comer merda.
Volumosas doações… para fugir do fisco! Esse pessoal não merece crédito nem respeito algum.
Os ricos doam sua fortuna para a caridade para fugir das altas taxas de impostos. Criam fundações e negociam sem tributos em nome delas. Ademais a caridade traz dividendos sociais importantes e dividendos “espirituais” ainda maiores. Assim aconselha a cabala do dinheiro.
Faço parte parte do mercado financeiro e felizmente existem lá pessoas que concordam que 1% da população detém mais da metade de todo o país. Pessoas com patrimônio superior a 200 milhões de dólares, enquanto no governo do bozo genocida e bandido, havia 33 milhões de pessoas passando fome. É muita caridade. Deixe de ser inocente.
Quando é que o povo vai aprender que privatização nunca foi bom para país nenhum. Só serviu para dar lucro ao capital privado. Mesmo sabendo que o Tarcísio prometeu que iria entregar a Sabesp para particulares, os paulistas elegeram este lixo. Temos tantas estatais como Petrobrás, Embrapa, Embraer, etc , prestando excelentes serviços à população. Até quando vai essa estupideza que só interessa aos poderosos?
Robô vermelho detectado. Falando asneiras, como manda o figurino.
Tamo junto !
Esse é o tal capitalismo “que deu certo”. Right.
O povo tem que invadir e espalhar água pra acabar com os incêndios,onde se viu as cidades em chamas e esses bilionários vendendo,escondendo água,café o governo,?
Bem, nenhuma surpresa no que conta a matéria.
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Não há uma só privatização que tenha entregado ao povo o mundo maravilhoso, o quase-paraíso que a avassaladora propaganda prometia. É a esta inequívoca e inarredável conclusão que chegaremos se formos fazer uma análise fria, na qual levemos em conta todas as variáveis que envolvem a privatização.
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E não estou aqui a falar somente da classe trabalhadora, imensamente prejudicada pelas privatizações. Estou a falar de micro, pequenos e médios empresários. Com as privatizações, os custos operacionais desses empresários, que compõem a esmagadora maioria da classe empresarial brasileira, só fizeram aumentar.
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Detalhe. Tais custos deverão aumentar ainda mais, uma vez que o objetivo de quem abocanha uma empresa estatal é a extração de lucros sempre crescentes. E não estou aqui a demonizar a empresa privada; afinal, a extração de lucros é seu métier.
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Estou a questionar os empresários privados brasileiros, que, mesmo com falhas – perfeitamente sanáveis – recebiam das empresas estatais água, energia elétrica, telefone, para ficar só nesses insumos, a preços muito mais baixos, mais justos do que vêm pagando após as privatizações.
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Questiono-os, porque, mesmo com o enorme aumento em seus custos, uma montoeira de empresários segue apoiando incondicionalmente as privatizações.
Privatizar dá certo… é uma lenda que faz parte da cultura do Brasil.
A terceira é última temporada de “Goliath” ê extremamente esclarecedora dobre essa expropriação indébita. Notável
A terceira é última temporada de “Goliath” ê extremamente esclarecedora sobre essa expropriação indébita. Notável
https://revistaplaneta.com.br/extracao-de-agua-do-subsolo-faz-terras-agricolas-da-california-afundarem/
E aqui no Brasil quem é
@ Don@ do “Banco de Água”
chamado Aquífero Guarani?
A Ambev, a Pepsi ou a Coca-Cola?
https://jornalggn.com.br/economia/o-banco-de-aguas-da-ambev/
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Antes da década de 60 do século passado, os correios eram um importante veículo de correspondências, não só do povão mas também de ricos e grandes empresas.
Por isso tinha uma importância estratégica, e a missão de garantir que as correspondências circulassem sem risco de violação, que pudesse expor segredos ou informações sensíveis ou comprometedoras.
Mas os tempos mudaram e vieram outras tecnologias como telex, fax e telefone celular, culminando com a era da internet em que ora vivemos. Ninguém mais se comunica através de correspondências, como se fazia antigamente.
Atualmente, os correios não passam de uma empresa de courier que entrega encomendas, como tantas outras empresas de courier que já existem. Não há mais aquela importância em manter o sigilo e a inviolabilidade das correspondências, porque toda a correspondência migrou para os meios eletrônicos.
Por esta razão, eu não me oponho à privatização dos correios, pois não existe uma função estratégica que justifique sua continuidade estatal.
No caso de água, gás encanado, eletricidade a questão é outra, o monopólio. Antecipo que sou frontalmente contra a entrega de qualquer monopólio estratégico para a gestão privada.
Alguns produtos e serviços não dão ao consumidor o direito de escolha. Por exemplo, a água que chega na sua casa é entregue por uma empresa. Não por duas, três ou mais empresas, mas apenas por uma empresa, e portanto, nisso você não tem escolha. Ou aceita que seja entregue por aquela empresa (monopolista) ou fica sem o produto ou serviço. Ou faz alguma gambiarra, correndo o risco de ser preso e responder na justiça.
Podem achar que é ruim não ter outra escolha. Mas é pior quando um monopólio está sob gestão privada ao invés de gestão estatal, mais adiante explico porque.
Existem dois mitos que são frequentemente invocados para justificar privatizações. De um lado o mito de que o estado é um péssimo gestor, e do outro lado o mito de que o mercado é o melhor gestor que pode existir. Existem mercados com variados graus de concorrência, e a qualidade da gestão depende disso.
Numa ponta existe o monopólio, mercado onde uma única empresa atua e onde não existe concorrência. No meio existe o oligopólio, mercado onde pouquíssimas empresas atuam e a concorrência é muito baixa. E na outra ponta existe o mercado de concorrência perfeita, onde existem muitas empresas atuando e a concorrência é muito alta.
Abro um parêntese aqui para lembrar que muitas vezes usamos o termo “mercado” (no singular) para nos referir ao mosaico de diferentes mercados (no plural) que compõe o tal “mercado”. Há quem não faz esta diferenciação, tratando tudo como se fosse um único mercado. Eis alguns exemplos de monopólio, oligopólio e mercado de concorrência perfeita: na cidade de São Paulo a empresa Enel tem o monopólio no mercado de distribuição de energia elétrica; poucas operadoras formam um oligopólio no mercado nacional de telefonia celular; muitas padarias formam um mercado de concorrência perfeita.
Existem várias razões para o consumidor preferir um monopólio estatal ao invés de um monopólio privado. Primeiro, é mito que um monopólio privado irá atendê-lo melhor do que um monopólio estatal. Por serem monopólios, ambos atenderão mal seus consumidores, pois ambos sabem que o consumidor não tem escolha.
Acredito que na busca por lucros maiores o monopólio privado tenderá a automatizar o atendimento e reduzir custos ligados à folha de pagamento.
Outra razão para preferir o monopólio estatal é a política. Um monopólio privado dificilmente sofrerá pressões ou interferências da classe política, ainda mais quando se tratar de empresa estrangeira com sede em algum país poderoso. Já um monopólio estatal terá que se curvar às pressões da classe política, pois os quadros estratégicos destas empresas são indicados pela classe política e estão sujeitos a demissão quando não cedem às pressões.
Há quem pense que este tipo de interferência política numa estatal é ruim. Eu acho ruim interferências que resultem em corrupção e desfalques que prejudiquem a estatal e o povo que depende dela. Mas não acho ruim que a classe política, representando os eleitores, exerça pressão para que a empresa pratique preços e atendimento melhores.
A questão da corrupção nas estatais pode ser resolvida com auditorias verdadeiramente independentes, conduzidas por empresas idôneas e especializadas, em conjunto com entidades da sociedade civil (imprensa, sindicatos, associação de consumidores, etc). Além disso, seria ótimo que existisse lei que responsabilizasse, como corréu, o político responsável pela indicação do elemento corrupto, caso ocorra desfalque.
A escolha entre monopólio privado ou estatal não é uma escolha entre o bem e o mal, mas sim uma escolha entre o mau e o pior, como frequentemente ocorre nas escolhas políticas. Apresentei minhas razões para preferir o monopólio estatal, que considero um mal menor. Acho importante destacar que é melhor ter que escolher entre o mau e o pior do que não exercer qualquer escolha.
Um absurdo