O início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia é o grande tema internacional desta quinta-feira (24/2) e vem gerando opiniões contrastantes entre os presidentes da América Latina.
O Brasil, por exemplo, se posicionou através de uma nota do Itamaraty, dizendo que “apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”. O presidente Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o tema até momento.
O México também defendeu que o conflito seja solucionado através do diálogo, e essa posição foi manifestada pelo próprio presidente Andrés Manuel López Obrador, apesar de fazer críticas a ambos os lados.
“Não aceitamos um país invada outro, tampouco concordamos com a intervenção armada de outros países nesse conflito. Isso é contrário ao direito internacional. A política que o México defende é a da paz e do diálogo, e estamos do lado das nações que querem interceder para chegar a acordos sobre esse conflito de forma pacífica”, disse Obrador, em conferência de imprensa.
Já o presidente da Argentina, Alberto Fernández, criticou a Rússia pelo “uso de suas forças militares em território estrangeiro”.
“As soluções justas e duradouras somente serão alcançadas por meio do diálogo e de compromissos mútuos, que assegurem a essencial convivência pacífica”, completou o mandatário argentino, segundo reportou o jornal Página/12.
A Venezuela liderou o bloco dos países que apoiaram a Rússia e seu presidente, Vladimir Putin. O presidente Nicolás Maduro fez uma declaração ainda na terça-feira (22/2), para manifestar enfaticamente o seu apoio ao Kremlin.
“A Venezuela anuncia todo o seu respaldo ao presidente Vladimir Putin na defesa da paz para a Rússia, na defesa do seu povo valente e de sua pátria Todo apoio ao presidente Putin!”, ressaltou o líder venezuelano.
Por sua parte, Cuba manifestou, através do seu chanceler Bruno Rodríguez Parrilla, sua postura a favor de “uma solução diplomática através do diálogo construtivo e respeitoso”. Porém, defendeu a declaração do governo russo de reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk, e acusou os Estados Unidos de ser um agente provocador em meio ao conflito.
“Os Estados Unidos têm fornecido armas e tecnologia militar (à Ucrânia), e atuam agressivamente no campo econômico, ao aplicar sanções unilaterais e injustas, entre outras represálias. Além disso, tem atuado nos últimos anos para difundir ao mundo inteiro uma intensa campanha propagandística anti russa”, comentou o diplomata cubano.
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