Pandora Papers e os oligarcas ligados a Zelensky

Presidente ucraniano e seus aliados são acusados de serem beneficiários de empresas offshore; uma delas possui propriedades na Inglaterra

O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky foi eleito com a promessa de limpar o país da corrupção, mas documentos vazados no caso Pandora Papers mostram que ele e seus aliados foram favorecidos por um esquema de empresas offshore, que inclui empresas que possuem propriedades caras em Londres.

Segundo o site OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project), os documentos mostram que Zelensky e seus sócios na produtora de televisão Kvartal 95 montaram uma rede de empresas offshore que datam a partir de 2012.

No mesmo ano, a empresa começou a produzir conteúdo regularmente para emissoras de TV ligadas a Ihor Kolomoisky, um oligarca perseguido por alegações de fraudes multibilionárias.

As empresas offshore também foram usadas pelos associados de Zelensky para comprar e possuir três propriedades privilegiadas no centro de Londres.

Os documentos mostram que, antes da eleição de Zelensky, ele doou sua participação na offshore Maltex Multicapital Corp., registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, para seu parceiro de negócios – e que se tornaria seu principal assessor presidencial.

“Apesar de desistir de suas ações, os documentos mostram que logo foi feito um acordo que permitiria que o offshore continuasse pagando dividendos a uma empresa que agora pertence à sua esposa”, diz a reportagem.

Zelensky venceu as eleições presidenciais com 73% das intenções de voto, capitalizando a fúria da população contra casos de corrupção. Porém, a reportagem destaca que sua campanha eleitoral em 2019 foi cercada de dúvidas sobre a sua boa fé no combate à corrupção.

Os questionamentos se devem à participação da mídia ligada à Kolomoisky na campanha do presidente eleito. “Kolomoisky acusado de roubar US$ 5,5 bilhões de seu próprio banco e canalizando-o para o exterior em conjunto com seu parceiro, Hennadiy Boholiubov”.

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Redação

5 Comentários

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  1. Discussou com foco contra a corrupção?
    LADRÃO!
    Se disse homem de bem?
    LADRÃO!
    Honestos, sérios se contrariam, protestam… mas não têm tempo nem caráter para ficar o tempo inteiro apontando desonestidades, mesmo que reais e escandalosas.
    Já o ladrão é PhD em isso fazer; impressionar.

  2. Ninguém ganha eleição com 73% das “intenções” de voto. Na realidade, as pessoas precisam efetivamente se deslocar até a urna e votar. Intenções não bastam, são meras amostras estatísticas de pesquisas de opinião. Eleições são decididas por números de votos desde a Atenas de Péricles até hoje. Uma vez mais o jornal GGN se presta a esse papel ridículo e infame de se valer do Google Translator para – proposital e intencionalmente – levar ao seu leitor artigos sem qualquer sentido lógico e carentes de um mínimo de significado em língua portuguesa por mera mesquinharia, já que faz essa opção estúpida de se recusar a contratar um tradutor capacitado para os artigos estrangeiros que reproduz acriticamente. Repito a oferta: sou tradutor e posso fazer uns freelas pra vocês a preços módicos, até porque gosto da linha editorial do site (tirando o lance de defender incondicionalmente a hidroxicloroquina e certos privilégios de classe média, tais como as empresas de planos privados de saúde e as multinacionais que comercializam veículos automotores movidos à combustível fóssil). Meu e-mail vocês já têm.

  3. Eleições na Ucrânia em 2019, segundo turno (pessoas que saíram de casa e foram colocar seus votos nas urnas:
    Volodymyr Zelenskyy – 13,541,528 votos = 73.22%
    Petro Poroshenko – 4,522,320 votos = 24.45 %

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