Elon Musk e Pete Hegseth. Duas figuras representativas do impacto que significará a grande desregulamentação preparada no governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Ambos foram escolhidos para cargos importantes do governo republicano.
Alçado ao governo, Musk fará justamente o assessoramento direto a Donald Trump para o que chama de “quebra de burocratizações”, mas que abrirá espaço para a economia americana avançar em desregulamentações, como por exemplo de indústrias de mineração, farmacêuticas e biológicas.
O cargo é de “líder do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos”. Um posto inexistente e não é um Ministério, o que por si só foge de aprovações dos parlamentares norte-americanos e das próprias regras internas de governo.
Funcionará como uma espécie de “consultoria informal” do governo e, segundo Trump, terá como missão “desmantelar a burocracia governamental, cortar regulamentações excessivas, reduzir despesas desnecessárias e reestruturar agências federais”.
Após dar esta carta branca ao bilionário da Tesla e da SpaceX, de promover uma “reforma profunda” nas regulamentações do país, Trump também escolheu para integrar o seu governo um personagem ícone da imprensa e militarismo.
O documentário “Xadrez da Ultradireita mundial“, do Jornal GGN, expôs como um dos principais álibes e financiadores das políticas de desregulamentações, que favorecem grandes grupos industriais, é a imprensa.
Mas enquanto o currículo de Musk já é conhecido entre todos, o do apresentador da Fox News Pete Hegseth não é tanto. Mas recorrendo brevemente ao histórico da Fox News na campanha eleitoral de Donald Trump e Barack Obama, é possível lembrar que a emissora, do australiano Rupert Murdoch, foi o epicentro da disseminação de Fake News, a favor do Partido Republicano.
No artigo “O dia em que a mídia brasileira descobriu Murdoch“, para o especial Xadrez da Ultradireita, o jornalista Luis Nassif ressaltou a Fox News como peça chave da ultra direita em disputas políticas, quando abriu espaço para o chamado ativismo do “liberalismo-progressista” e a atuação de empresas de algoritmos como a Cambridge Analytica, que posteriormente ajudaram a eleger Trump em 2016.
Na disputa do mercado de telecomunicações, nos anos 2000, a Fox News foi a protagonista, ao emergir como voz única contra qualquer suposto “inimigo externo” dos Estados Unidos, calando jornalistas independentes, pessoas públicas, partidos, apelando a ataques desqualificadores e agressividade.
Ao assumir a Presidência, Trump recebeu de Pete Hegseth, um dos apresentadores da referida emissora, o apoio deliberado de seu governo durante o primeiro mandato, entre 2017 e 2021, principalmente no lema “America First”.
Hegseth é, ainda, veterano das guerras no Iraque e no Afeganistão, o que o tornou a escolha perfeita do presidente eleito para o cargo de Secretário de Defesa. Com o combo de um fiel apoiador de suas causas militares e imprensa, Trump selou, agora, na escolha um aliado da televisão para comandar o Pentágono.
Em artigo sobre a sua biografia, o The New York Times recuperou uma frase de Hegseth, escrita ainda em 2003, para uma revista de direita da Universidade de Princeton, da qual se formou, a The Princeton Tory:
“Ideias conservadoras funcionaram, funcionam e continuarão a funcionar”, escreveu o Hegseth.
Ao longo de sua carreira militar e na imprensa, Pete Hegseth ainda ficou conhecido por promover um pesado lobby a favor de militares acusados de crimes graves de guerra.
Ele é autor do livro “The War on Warriors: Behind the Betrayal of the Men Who Keep Us Free”, em tradução literal “A guerra contra os guerreiros: por trás da traição dos homens que nos mantêm livres”, um livro que segundo o presidente eleito “revela a traição esquerdista aos nossos guerreiros”, disse Trump.
Ao ler o livro de seu agora Secretário de Defesa, Trump disse concordar que “devemos devolver aos nossos militares a meritocracia, letalidade, responsabilidade e excelência”.
A Fox News e outros grandes grupos de mídia norte-americana elogiaram: “um apresentador excepcional em ‘Fox & Friends’ e ‘Fox Nation’ e um autor de best-sellers da Fox News Books por quase uma década”, disse a emissora, em declaração.
Relembre o “Xadrez da ultradireita mundial à ameaça eleitoral”, documentário produzido pelo GGN:
Relembre os artigos:
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Obama e a Fox News
Obama eleito em 2008. Em outubro/2009, a Casa Branca declara que A Fox News seria tratada pelo que era, um partido político, e não um órgão de mídia.
Trecho do Público:
“Obama declara guerra à Fox News e lança debate sobre liberdade de expressão
Este domingo, David Axelrod, o principal conselheiro político de Obama, disse na ABC que a programação da Fox News “não é verdadeiramente de notícias” mas sim “promoção de um ponto de vista”. No mesmo dia, o chefe de gabinete de Obama, Rahm Emanuel, dizia na CNN que a Fox News “não é uma empresa noticiosa”, mas sim tendenciosa. Quando a directora de comunicações da Casa Branca, Anita Dunn, disse ao “New York Times” que a Administração vai tratar a Fox News “da mesma forma que tratamos um adversário” e afirmou à “Time” que o canal faz “opinião mascarada de notícias”, alguns analistas começaram a preocupar-se com a atitude da Administração Obama.”
THUAMP(SE PRONUNCIA ASSIM)DEVERIA PEDIR AJUDA AO PSDB POIS AQUI QUASR TUDO É TERCEIRIZADO COMO POR EX. A MOEDA/ECONOMIA (BC)TEMOS ATÉ UMA “RAINHA”DO INGÁ TERRA (PRESIDENTE)!!!