
A 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba condenou o ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, de 40 anos, a 20 anos de prisão em regime fechado pela morte do tesoureiro do PT e militante Marcelo Arruda, durante sua festa de aniversário, em 2022.
Composto por sete jurados, dos quais quatro são mulheres e três homens, o ex-policial foi sentenciado nesta quinta-feira (13) por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil (divergência política) e perigo comum (disparo de tiros em ambiente com outras pessoas).
O crime aconteceu após uma discussão em 9 de julho de 2022, quando o bolsonarista invadiu a festa de aniversário da vítima.
Ao longo do julgamento, Guaranho reconheceu ter sido uma idiotice parar o carro em frente a festa do petista, ocasião em que tocou músicas de campanha do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Marcelo Arruda, então, gritou “Bolsonaro na cadeia” e jogou um pouco de terra no carro do policial. O assassino foi embora, mas voltou à festa pouco tempo depois, e atirou contra o tesoureiro do PT.
“O réu tem treinamento, ele escolheu voltar. Ele não escolheu pensar no bebê e na esposa. Ele escolheu guardar essas pessoas em outro lugar, ele escolheu voltar armado com uma arma da corporação. Ele escolheu apontar, ele escolheu todas as condições que hoje deve arcar”, sustentaram as promotoras de Justiça.
A vítima foi atingida duas vezes, foi socorrido com vida, mas faleceu no dia seguinte.
A defesa de Jorge Guaranho tentou emplacar a tese de que a ação foi legítima defesa, uma vez que Marcelo Arruda teria sacado a arma primeiro.
No entanto, o Ministério Público apontou que o policial foi o primeiro a atirar, enquanto a perícia criminal indica que ambos apontaram a arma simultaneamente.
LEIA TAMBÉM:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Existem informações abundantes na internet que comprovam acima de que qualquer dúvida que Jair Bolsonaro sempre estimulou a violência letal. Quando era candidato, ele disse que ia fuzilar os petistas. Já no cargo de presidente ele liberou totalmente a compra de armas e de munição e disse que quem tem arma de fogo é para usar. O compromisso dele com a violência política remonta àquela entrevista em que ele afirmou que era a favor da tortura e que o Brasil deveria exterminar 30 mil pessoas de esquerda. Durante a preparação do golpe de 2023, ele e os lacaios militares dele cogitaram assassinar Lula e um Ministro do STF. Certa feita ele apareceu com uma pistola na cintura e chegou a dizer que vai receber a PF à bala se for preso. Todos os assassinatos cometidos por bolsonaristas nos últimos anos tem um autor intelectual: líder político da extrema-direita que não apenas vomitou ódio e a pedagogia do assassinato, mas armou a população. Entretanto, Bolsonaro não respondeu por esses crimes. Ele nem mesmo foi incomodado pela imprensa, que agora se cala como se não existisse uma relação causal entre o comportamento do ex-presidente genocida e os crimes de sangue cometidos por motivo fútil por bolsonaristas como esse idiota que foi condenado a 20 anos de prisão. Ao matar o petista, esse assassino pensou que seria tratado como um herói da revolução fascista. A mesma revolução fascista violenta e sanguinária que Bolsonaro sempre pregou. Quantos anos de prisão o próprio Bolsonaro merece? Quantos ele deixará de cumprir com ajuda da Folha, Estadão e Rede Globo? Essas são as questões mais importantes nesse momento.