O pré-candidato a presidente Sergio Moro foi ao Rio e, aparentemente, sem agenda. No entanto, o site Intercept revelou que Moro participou de reunião fechada com gestores do mercado financeiro escolhidos pela contratante Ativa Investimentos. O assunto em pauta era a campanha, mas Moro e seu agente receberam R$ 110 mil, segundo reza o contrato.
Do total acordado, R$ 77 mil são para a empresa do ex-juiz e ex-ministro, Moro Consultoria e Assessoria em Gestão Empresarial de Riscos LTDA. Os pagamentos seriam feitos em duas parcelas para 10 e 28 de fevereiro de 2022, contra apresentação de nota fiscal e depósito em conta a ser posteriormente informada. Cada encontro duraria duas horas.
Apurado pelo site Intercept, no primeiro encontro tratou-se da viabilidade financeira e o programa de governo do ex-juiz.
Os R$ 33 mil que não foram para a conta de Moro foram destinados à empresa Delos Produções Culturais Ltda, do grupo DC Set Paritipações, de Jorge Sirena, marqueteiro de Moro. Dody Sirena é também empresário de Roberto Carlos e já foi multado pelo Banco Central por não declaração de bens e valores mantidos no exterior. Quando isso aconteceu, Moro já não estava no governo e já tinha contratado Sirena para empresariar suas palestras e cuidar de sua imagem.
Segundo o contrato, a Delos pode agenciar e administrar os interesses e atividades da empresa de Moro. Além disso, traz cláusulas de confidencialidade. Ainda no documento o fato de que o ex-juiz é pré-candidato a Presidente da República e que as datas do encontro deverão observar as restrições do calendário oficial.
O Intercept conseguiu o contrato através de uma fonte antes da reunião acontecer. Todos assinaram o contrato, menos Moro. O acordo foi firmado por representante da Ativa Investimentos, Attilio de Souza Mello Boselli, e do procurador da empresa, Guilherme Uchôa Coelho. Além disso, a assinatura do diretor da Delos, Rodrigo Bertho Mathias e duas testemunhas.
À contratante caberia todos os custos relacionados aos Encontros e da participação do Palestrante.
A empresa de Moro constante no contrato é a mesma utilizada para prestar serviços à consultoria Alvarez & Marsal, nos Estados Unidos. O Tribunal de Contas da União investiga eventual conflito de interesses e os ganhos do ex-juiz com a empresa, que em sua carteira de clientes tem companhias que foram alvo da Lava Jato.
Leia a matéria no Intercept clicando aqui.
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Esse sujeito está burlando descarada6 a lei eleitoral. Daqui a pouco,como o sujeito que ele ajudou a eleger, dirá que não gastou nada na campanha. Isso aí é dinheiro para campanha e nem disfarçado está.
Cana nele!