Sargento que levava cocaína em avião de Bolsonaro é condenado pela Justiça Militar

Em episódio ocorrido em 2019, um militar foi flagrado com 39 quilos da droga durante uma escala na Espanha, da comitiva que viajava para a reunião do G-20

A 11ª Circunscrição Judiciária Militar anunciou nesta terça-feira (15/2) a condenação do segundo sargento da Aeronáutica, Manoel Silva Rodrigues, por tráfico internacional de drogas. O militar recebeu pena de 14 anos e meio de reclusão, além do pagamento de multa, por valor a ser estipulado.

Rodrigues foi flagrado em junho de 2019, quando viajava em um dos três aviões da comitiva do presidente Jair Bolsonaro em direção à Osaka, no Japão.

Durante uma escala no Aeroporto de Sevilha, na Espanha, houve uma vistoria que encontrou 39 quilos de cocaína em uma das malas do militar, que acabou sendo preso. A aeronave na qual ele estava não era a mesma que trasladava o presidente Bolsonaro.

Esta é a segunda condenação que o militar brasileiro recebe, já que, em 2020, a Justiça da Espanha o sentenciou a uma pena de seis anos de reclusão, que ele cumpre em uma penitenciária da cidade de Sevilha. Tanto é assim sua participação na audiência desta terça-feira foi possível graças a uma videoconferência transmitida em acordo com as autoridades espanholas.

Durante o julgamento, Rodrigues admitiu o crime, alegou enfrentar dificuldades financeiras que teriam motivado o seu atuar, e disse estar “profundamente arrependido”. Porém, uma reportagem do UOL, de maio de 2021 – escrita por Josmar Jozino, José Dacau e Flávio Costa –, afirma que ele teria cometido o mesmo crime em ao menos outras sete viagens oficiais.

A matéria também revela um parecer da Polícia Federal, apontando o nome de outros três militares da Aeronáutica que teria atuado junto do Rodrigues no crime: o tenente-coronel Augusto César Piovesan e os sargentos Jorge Luiz da Cruz Silva e Márcio Gonçalves de Almeida.

Redação

1 Comentário

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  1. Fica a pergunta: Ele foi, ou será, expulso das forças armadas, ou continuará recebendo salários e, acabará reformado, usufruindo de dinheiro público, como o chefe dele, Bolsonaro?

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