A destruição por Moro da maior empresa brasileira de Construção, por J. Carlos de Assis

Movimento Brasil Agora

A destruição por Moro da maior empresa brasileira de Construção

por J. Carlos de Assis

Tive notícias trágicas a respeito do processo de virtual dilapidação do patrimônio empresarial da Odebrecht no Brasil e no mundo. A maior empresa brasileira de construção, vítima da incompetência de um judiciário obcecado pela idéia de vingança e simplesmente ignorada em suas dificuldades pelo Governo brasileiro, perde sucessivos contratos no exterior, enfrenta tremendas dificuldades de crédito aqui e lá fora, suporta discriminações políticas e perde as condições mais elementares para estabelecer uma estratégia de superação da crise.

O número de trabalhadores, grande parte em postos de qualidade e com bons salários, vai-se reduzindo celeremente, enquanto os executivos intermediários, com diferentes áreas de especialização, e que representavam no passado a alma da criatividade empresarial da empresa, estão totalmente desorientados e sem iniciativa. A Odebrecht aos poucos vai-se esvaindo num processo de degradação inexorável. Trata-se do maior desastre da Engenharia Nacional de todos os tempos. E um desastre sem igual para a economia brasileira.

Trata-se de uma das maiores vitórias mundiais do capital financeiro especulativo. A destruição de um parque industrial do porte da Odebrecht abre amplos espaços para o capital vadio que lucra sem passar pelo sistema produtivo. Para o especulador profissional, a produção de bens e serviços é um embaraço, inclusive porque depende do trabalho humano. Bom mesmo é ficar num teclado de computador fazendo saltar dinheiro de um ponto a outro do mundo, e invariavelmente pousando-o no Brasil para sugar os maiores juros do planeta.

O juiz Moro e seus procuradores medíocres não sabem o que é economia nacional, que estão simplesmente destruindo. Na sua luta contra a corrupção poderiam ter visado a pessoas, empresários e executivos, mas preferiram atacar empresas, como se pessoas jurídicas tivessem a qualidade humana da virtude e do pecado. Fizeram o que nenhum sistema jurídico do mundo fez, ou seja, destruir um conjunto de empresas responsáveis pela geração de centenas de milhares de empregos e pela acumulação de conhecimentos de Engenharia sem paralelo no mundo, e com alta capacidade competitiva internacional.

A Odebrecht tem 80 anos. Levaremos mais 80 para reconstruí-la ou para construir uma grande empresa de engenharia de seu porte. Infelizmente, por cima da estupidez judicial, tivemos um Executivo acovardado que ficou intimidado em criar um plano de recuperação que ajudasse a empresa a sair da crise. Na verdade, por estimativas de alguns jornais, o Governo não está omisso apenas nisso. Mesmo com a assinatura de acordos de leniência, não há retomada de obras, e o prejuízo do que ficou parado já chega a R$ 50 bilhões.

O lado mais absurdo em toda essa história é a manipulação de conceitos morais num mundo dominado por uma feroz concorrência entre empresas. Na verdade, nenhum empresa no mundo gosta de pagar propina. Só paga porque é condição para ganhar concorrência. E aí vale tudo. O patriarca Odebrecht me contou uma vez, numa rápida entrevista, que perdeu sua primeira concorrência internacional no Chile porque o presidente Reagan ligou diretamente para Pinochet e pediu a obra para uma empresa norte-americana.  Simples assim.

 

25 Comentários

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  1. O judiciário é um

    O judiciário é um parasita.

    Esse Moro em um país decente, com um povo decente estaria na forca !!

    Aqui ele é herói.

    Errados estamos nós, 2 ou 3 % de descontentes com esse novo Brasil.

     

  2. E daí ?
    Os grandes

    E daí ?

    Os grandes jornalistas brasileiros, tipo Madureira, Teco, Sardaeberne, etc…dizem que é só re ajuntar os engenheiros que eles controem tudo. Nâo precisamos de empresas corruptas.

    Aliás, será que esses jornalistas são socialistas ou comunistas ?

    Engraçado. No meu prédio tem um engenheiro de meia idade que trabalhou muito tempo na Odebresch, em Angola e também em Cuba. Advinhem se não perdeu o emprego ?

    Pensei em falar para ele seguir a tática do Madureira, ajuntar-se com amigos para continuar tocando as obras.

    Mas desisti, imaginei que ele não acharia muita graça nessa sugestão.

     

  3. Empresa não gosta de pagar propina?

    “Na verdade, nenhum empresa no mundo gosta de pagar propina”

    Somente se isto significar menor margem de lucro. Se é verdade que as pessoas jurídicas não possuem a “qualidade humana da virtude e do pecado” enquanro o balizador ético único da nossa sociedade for o lucro, qualquer caminho é válido para ampliar este.

    É muita inocência não perceber que a Odebrecht se beneficiou e incentivou a manutenção de um sistema político/eleitoral altamente dependente de financiamento privado.

    O artigo tropeça em seu último parágrafo por contradizer o conceito que afirma. Não há santos em puteiro. Então não vale, portanto, a afirmação de que empresas só pagam propina por que não tem outra forma de ganhar licitação, pagam por que topam por que se dão bem com estas regras e fazendo isto reforçam este modelo. Do contrário estaremos demonizando a Política ou o Estado e vitimizando os santos empreendedores.

    1. ¨O juiz Moro e seus

      ¨O juiz Moro e seus procuradores medíocres não sabem o que é economia.. Fizeram o que nenhum sistema jurídico do mundo fez, ou seja, destruir um conjunto de empresas responsáveis pela geração de centenas de milhares de empregos e pela acumulação de conhecimentos de Engenharia sem paralelo no mundo, e com alta capacidade competitiva internacional.¨

      Estes são os fatos.

      O resultado é:Bilhões de reais jogados fora em obras paradas e milhares de desempregados.

  4. A velha história do remédio

    A velha história do remédio para matar o carrapato que, de tão forte,  acaba matando a vaca. Isso na dimensão das “boas” intenções, o que não é absolutamente o caso. O buraco é mais embaixo; ou mais em cima. 

    O que se depreende de todo esse processo é que essa Operação Lava a Jato se transformou num autêntico Cavalo de Troia ao acolher no seu ventre as mais diversas demandas: políticas. geopolíticas, econômicas, ideológicas e as de cunho meramente pessoal. Eis porque o mais certo seria chamá-la de Complexo Lava a Jato.

    Isoladamente, progride para se tornar um dos eventos mais nefastos da nossa história. Os eventuais e parcos benefícios se diluem nos desproporcionais prejuízos. O pior deles, o solapamento dos alicerces institucionais e políticos fincados pela Constituição de 1988 e o desmanche das conquistas e avanços econômicos e sociais dos governos tucanos e petistas, máxime destes últimos.

    Um novo país está sendo erigido através de um processo averso à soberania popular e sob os auspícios de uma Nova Ordem que nada maís é que a Velha Ordem recauchutada e maquiada pelo que sempre foi o maior rival da Politicagem termos de mediação: o MORALISMO que se apresenta na sua forma costumeira: a demagogia vulgar e barata.

     

     

    1. Perfeito, JB Costa. É preciso

      Perfeito, JB Costa. É preciso acrescentar que o ódio destiliado do judiciário e seus penduricalhos ao Lula, à Dilma e ao PT tem uma causa muito bem definida: a lei da transparência, que obrigaria o judiciário a tornar pública ionformações sobre seus salários e seus gastos, dinheiro de nossos impostos, para oferecer ao Brasil esse serviço de merda que eles oferecem.

  5. Lava jato é uma farsa em todos os sentidos
    O juiz Sérgio Moro é um réles criminoso. Não somente por suas ações ilícitas na condução dos processos, quando ao arrepio da lei e da Constituição de nossa República violenta os direitos básicos dos acusados, mas porque sua ação é contrária ao interesse nacional. Os efeitos da operação sobre a economia apenas comprovam as reais motivações que levaram ao golpe judiciário-parlamentar que vivemos. Mas igualmente criminosos são a polícia federal, o MPF, os ministros do STF, os magistrados que corroboram as decisões do Torquemada de Curitiba em segunda instância, a mídia corporativa (tendo a Globo à frente) e os grupos políticos e econômicos que atuaram pela seletividade e campanha histriônica contra as políticas redistributivas e nacionalistas dos governos do PT. São ignorantes e covardes. Que apodreçam no inferno.

  6. Se o Roedor de Curitiba fosse Presidente do Brasil…

    Se o Camundongo de Curitiba fosse Presidente dessa República Bananeira, o Trump não precisaria ligar pedindo que uma corporação norte-americana fosse contratada para edificar uma obra nacional, o Camundongo ligaria dizendo ao Trump que aqui teria uma obra a ser construída por uma corporação norte-americana.

    É essa a diferença entre esse rato de esgoto e o Pinochet.

  7. Os palavrões que tenho

    Os palavrões que tenho reservado pra esses idiotas, concurseiros, agentes da CIA são impublicáveis. O que que faria com eles é mais impublicável ainda. Mas, seguindo o exemplo do que fizeram com o país, começaria com uma bela empalação…

  8. O Trump pelo menos foi candidato eleito!

    Pelo menos o Trump foi candidato e eleito. Agora quem nos governa de fato e está acabando com a economia está lesando a pátria e se der problema vai fugir e pedir asilo para os mesmos orgãos dos EUA que o municiaram com ordens a cumprir…

    1. Com a quebradeira a receita mingua

      Com a quebradeira provocada pela Lava Jato, uma Operação do PSDB, a receita mingua: quero ver até quando vai ter grana para pagar os salários desses marajás como moros, dalanhóis e delegaos aecistas…será que eles vao pedir pra Globo complementar suas rendas…o sera que o Trump vai lhes encher de medalhas de heróis da guerra contra a “corrupição”…claro que não, pois com Trump o lema é: farinha pouca, primeiro o meu pirão…

  9. Foi sem querer. Ou melhor,

    Foi sem querer. Ou melhor, sem prestar atenção… O que Moro e seus procuradores queriam era só ficarem parecidos com seus ídolos e mentores “americanos”. Queriam só partencimento ao clube das firmas como Globo… Fizeram direitinho a lição de casa, aplicaram aqui o que era de interesse daquele país, os EUA.

  10. A próxima a ir para o cadafalso é a JBS/Friboi

    O conglomerado JBS é um dos maiores anunciantes do país, toda semana anúncios de 3 ou 4 páginas nas 4 revistas semanais, além de inserções na TV e patrocínio de programas de culinária (GNT),  jornais, mídias variadas. Eles têm de tomar uma medida radical, suspender tudo, rigorosamente tudo, dizer claramente o motivo e mandar a Globo se entender com o juiz. a única linguagem possível é a do dinheiro. Se contemporizarem, a família Batista e a Odebrecht vão fundar o Clube dos Sem Empresa.

    1. O objetivo deles eram mandar também para o Cadafalso a Petrobrás
      Trabalhei 32 anos na Petrobras e em todos esses anos o objetivo da direita era enfraquecer a Petrobrás, como se diz aqui no Nordeste, eles podem trincar, mas jamais vāo ver o gostinho de quebra-la (Sucatear). Porque ela é, será e vai ser sempre grande. O objetivo “deles” é vende-se para os Americanos.

  11. foi um trabalho de inimigo público nº 1…

    destruiu a empresa com tudo dentro……………………..a tradição e a espinha dorsal nacional

    os “cabeças” que estão saindo não conseguem emprego em lugar nenhum. Concorrentes estão adorando

    dar total liberdade para um juiz desse, é o mesmo que pedir ao mundo para cuspir na gente

    ninguém mais respeitará o Brasil pelo que esse juiz já fez e vai continuar fazendo com total liberdade

  12. já vi que tem uma chamada para fundos de pensão privados…

    já entrei me assustando, porque rola por aí que a ordem é para destruir das crianças aos velhinhos

    mesmo esquema da espinha dorsal no social

    vou lá olhar

  13. Moro

    Para os membros do judiciário brasileiro, sem nenhuma noção de economia global, nacional e geopolítica, o Moro é herói.

    Triste nação brasileira, talvez leve anos ainda para que possamos dar valor ao nacionalismo, valor muito bem praticado pelos americanos dos EUA.

  14. Ao contrário do proposto no texto e escrito nos comentários

    Esse moro e promotores envolvidos com essa operação sabem muito bem de economia, mercado, concorrência global, etc. Ninguém aí é ignorânte nem ingênuo. É um erro bater nessa tecla. Eles são jagunços. Estão trabalhando ostensivamente para um outro país e esse país solicitou expressamente a destruição da industria sensível brasileira e de toda a sua engenharia. São ordens, moro e seus comparças cumprem ordens expressas vindas de outro país. Esse cidadão é um traidor. Ingênuos são vocês que ainda requentam essa retórica de que essa banda podre do judiciário é inexperiente ou ignorante nos aspectos econômicos do que fazem. Quando tudo isso terminar, ou haver uma reviravolta, coisa que eu acho muito distante, o esconderijo desse traidor estará assegurado pelo serviço secreto desse outro país. O traidor seguirá escondido no limbo, enquanto os trouxas cidadãos traídos terão a dura tarefa de reconstruir o país, dessa vez sem pré-sal, sem a amazônia brasileira, sem aquífero Guarani, sem nióbio e outras riquesas naturais saqueadas. o Brasil está sendo estuprado a olhos vistos. E ninguém faz nada! 

    1. ¨Esse moro e promotores

      ¨Esse moro e promotores envolvidos com essa operação sabem muito bem de economia, mercado, concorrência global, etc. Ninguém aí é ignorânte nem ingênuo.¨

      Não te preocupa,pois não há demérito algum em ser um ignorante em uma área que não é a sua.Me preocupa mesmo,é ser um ignorante em sua própria área de atuação.

      Mas concordo com o Sr. em um ponto.São somente uns capachos.

  15. Afinal, ele tem ou não tem

    Afinal, ele tem ou não tem parentes tucanos? Se ele tiver, ainda mais se estiverem no mesmo estado, dificilmente atacará os tucanos de forma aberta como faz com o PT. TOmara que esteja enganado. Mas ele precisa da mídia para mobilizar a opinião pública. Se a mídia não quiser ataxar os tucanos, e mesmo assim ele quiser… Terá de encontrar outros meios para tal… Pois ele não poderá mobilizar a mídia contra ela mesma… 

  16. É simples assim mesmo

       Reagan ligou……., como fez , faria e continuara fazendo qualquer Presidente/1oMinistro/Ditador/Tzar ( Putin ), pois defender a atuação externa de uma empresa nacional é função de um Chefe de Estado, todos eles tb. são por obrigação “caixeiros viajantes”, e – não sejamos hipócritas, babões ou membros do MPF – tambem investem em seu futuro, como exemplos temos os Clintons,Bush, Sarkozy , a Fundação FHC, o INstituto Lula e outras organizações da “sociedade civil ” mundialmente conhecidas, até o CICV ( Cruz Vermelha Internacional ), o GreenPeace, WWF, fazem isto.

         Uma empresa nacional quando “entra” em um mercado externo, ainda mais quando oriunda “off-majors”, pisando no calo, abrindo passagem “na porrada” ( inclui-se operações heterodoxas ), alem de ganhar dinheiro e prestigio, leva a cultura do País da qual é originária, adquire insumos tanto locais ( geopolitica ativa ), como mantem empregos em seu País, não apenas dela, mas de seus fornecedores, até mesmo proporciona lucros aos Bancos locais, pois o “project finance”, mesmo sendo apoiado pelo Estado ( BNDES, Eximbank por exemplo ), possui intermediarios ( Bancos fianciadores e receptores ).

          O “barkish”/propina/larjan/”bizú ” …..( tem varios sinonimos ): O simples ” dar comissão “, “intermediação”, “taxa de retorno” é o básico, o mais cara dura, como tb. em certos casos o “mais barato”, os paises centrais e outros menos “judiciais vestais” ( China, India, Turquia, Malasia, Indonésia…. a lista seria grande ), tb. utilizam-se da “propina politica”, da pressão exercida em areas correlatas ( imigração, vistos, facilidades trabalhistas ), o “ganhar na frente” tambem é um tipo de “propina” – significa fazer a obra, ganhar a licitação em dumping, mas manter por anos a operação do bem construido, em obras de infraestrutura como portos, estradas,aeroportos, é muito utilizado esta estratégia de “futuro”.

           Tambem tem uma mais “sofisticada”, o “contrato off – set “, ou o Zero a Zero, no qual o Estado/Empresa fornecedora se compromete a adquirir do Estado contratante, produtos de sua produção a valores semelhantes ou até iguais ao contrato original, o que em tese zeraria a operação no decorrer do tempo – algum dia, talvez falemos deste tipo de “propina” *.

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