A República de Curitiba em transe, por Fuad Faraj

Do Justificando

Curitiba em Transe

Fuad Faraj

Promotor de Justiça

Os pretensos boys magia da Car Wash, na República de Curitiba, foram tragados por alguma espécie de histerismo paranóico diante de uma decisão tomada pela Câmara dos Deputados, em Brasília, que soterrou as desmedidas criadas e capitaneadas pelos magnânimos Redentoristas da Procuradoria da República. Travestido de projeto de iniciativa popular, as desmedidas apresentadas foram gestadas por longos meses no ventre de todos os Ministérios Públicos do Brasil, com utilização de expressivos recursos públicos.

Não me surpreenderia se tivéssemos a notícia de que palestras e assinaturas ao projeto fossem critérios de avaliação do estatágio probatório dos que recém ingressaram na carrreira.  Não se aventa, portanto, iniciativa popular nas medidas que propalavam necessárias para o combate eficiente à corrupção. Tudo foi um sortilégio. A iniciativa do projeto de lei é de um ente estatal chamado Ministério Público, o qual usou toda a sua estrutura e poder de fogo para buscar assinaturas de cidadãos induzidos a erro pelo título do projeto. O título do projeto de lei vendia combate à corrupção, mas o conteúdo dava ao cidadão também opressão e violação de direitos fundamentais.

De cunho autoritário, algumas delas buscavam solapar em suas bases o estado democrático de direito para que se erigisse, em seu lugar, um estado policialesco gerido por integrantes de um ministério cada vezes menos público e cada vez mais corporativo, unido na sanha persecutória inspirada no segregacionismo, na parcialidade seletiva e no sectarismo social, ideológico e político.

 

O Projeto aprovado, e talvez deva ser essa a razão do ódio profundo que suas Excelências devotam ao parlamento integrado por deputados eleitos pelo voto popular, inclui responsabilização criminal para promotores e juízes, entre outros atos, por atos ilícitos por eles praticados, antes “punidos” apenas na seara disciplinar. Com arroubos próprios de primas-donas descompensadas, sem qualquer razoabilidade, “ameaçaram” renunciar caso o projeto legislativo seja sancionado pelo Presidente. Um motim praticado por altos sevidores públicos, integrantes de uma Carreira de Estado, que estão no topo da pirâmide da remuneração estatal.  Este disparate dos Procuradores da República, junto com todo conjunto da obra, é algo inominável.

Queriam acaso poder violar, sem punição alguma, a Constituição e todas as leis do país? Acaso fazem parte de uma classe de superdotados infalíveis que deve ser colocada acima de todos os demais cidadãos para poder prejudicar com seus atos, impunemente, o cidadão, a nacão e o país?  A bem pouco tempo, a lembrança me é vaga, os ilustrados integrantes da Car Wash diziam que a lei deve valer pra todos. Para todos, menos para eles.

A julgar pelo que falaram, vê-se que são muito ciosos de si e os únicos que podem fazer alguma coisa para salvar o Brasil. Passam a impressão, por este discurso mendaz e bravateiro, que a Procuradoria da República são eles e o resto dos seus pares constitui o rebotalho sem cérebro e sem estampa daquela instituição. Os demais membros do Ministério Público Federal não devem valer nem mesmo o auxílio-moradia que recebem, quanto mais o subsídio integral. É sério isso, preclaros jurisconsultos?  

Vê-se que os bem dotados juristas desta novel república nos ensinam sempre uma nuance jurídica que escapa aos simples mortais como nós.  Assim como, para dar um único exemplo, aprendemos com eles regras nunca antes vistas no cenário jurídico nacional ou mundial, do tipo que estabelecem conduções coercitivas sem lastro em Lei e na Constituição, aprendemos agora que a um membro do Ministério Público se concede a prerrogativa de dar às costas ao seu trabalho e ir voltar ao dolce far niente de seu gabinete ou o que quer que possa ser entendido como “voltar às nossas atividades”.

Pelo nível do discurso, deve-se entender que são uns incendiários da República que propalam proteger. Seu discurso toca as almas daqueles embebidos de ódio e rancor, em busca da destruição de um inimigo, qualquer inimigo, que possa dar vazão, como num transe, aos seus sentimentos mais violentos e lhes sirva de catarse.

Nos passam a impressão, falsa espera-se, que não tiveram outro interesse além de levantar, através do uso absoluto dos meios de comunicação, uma massa de cidadãos com os quais se alinharam, desde a primeira hora, na ação e na ideologia, no ódio e no rancor, para concretizar uma ruptura institucional de consequências nefastas para o nosso Brasil.  Neste domingo, 4 de dezembro, todo planeta saberá, mais uma vez, que tipo de manifestações de massa eles tiveram a capacidade de invocar, provocar e estimular sem se importar com quaisquer consequências.

É sintomático perceber, e também é um traço revelador do que se trata, que olhando para o passado vemos uma sincronia temporal mágica entre as ações destes paladinos da justiça, do Juiz Supremo, dos vazamentos, das grandes manchetes, dos eventos políticos e das manifestações de rua. Nós, comuns mortais, sequer conseguimos planejar com tal acurácia e eficiência um almoço em família num domingo. Estes caras respeitáveis, notáveis juristas e comportados piás de prédio, fizeram uma “revolução”, alinhando-se, desavisadamente espera-se, ao que tinha de mais retrógrado no esquema de poder que submete este país debaixo de uma canga desde 1500.  A história não os absolverá.

Graças a esses gênios, pioneiros da jurdisdição-espetáculo, teremos, ano que vem, eleição indireta para eleger o Presidente da República pela primeira vez desde o fim do regime instaurado pela Redentora Revolução de 64.  Graças a esses notáveis de vanguarda, temos uma ÚNICA operação policial comandando os destinos de um país inteiro, gestada à forma de um seriado de televisão para durar anos, indo para a 4ª temporada, enquanto o nosso país definha econômica, social e politicamente.  Cansados da “brincadeira”, esses luminares agora ameaçam “renunciar”.  

Transformaram nossa terra numa Bananalândia.  Nosso País, com o recrudescimento das divisões internas que vão se tornando a cada dia mais inconciliáveis está deixando de ser uma Nação. Aos poucos, também, o Brasil vai deixando de ser uma País soberano.

Não, a história nunca os absolverá.

Fuad Furaj é Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Paraná.

Redação

21 Comentários

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  1. Com perdão por minha

    Com perdão por minha ignorância no assunto, pois sou engenheiro, pergunto:

    Não caberia um processo por indisciplina e insubordinação com consequente perda do emprego (ou algo similar) contra esses lunáticos??? 

  2. A unanimidade acabou!

    A unanimidade acabou e está derretendo. Até setores do próprio MP e do Judiciário criticam os excessos da chamada “Operação Lava Jato”, como o Poder Midiático vem mostrando. A impressão que muitos têm é de que essa unanimidade no Poder Midiático se dava na exata proporção em que somente os setores da esquerda eram atingidos, sobretudo do PT. Passando, ainda que timidamente, desse ponto, até jornalistas conservadores começaram a criticar a operação, quase qualificando-a como uma especie de “seita”. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Há aspectos muito positivos no trabalho desenvolvido. Mas quando até o Porta dos Fundos explicitamente faz comédia com o fato de ninguém relevante do PSDB ter sido preso, é porque chegou a hora de alguma autocrítica. Somente quando a unanimidade se desfaz é possível que a crítica honesta possa despertar a inteligência. Toda unanimidade é, digamos assim, questionável. Quando ela desaparece chega a hora de se podar os excessos. Espera-se apenas que a poda não seja ela mesma objeto de excessos. O equilíbrio é fundamental. Muita calma nessa hora em que projetos extremistas tramitam, tanto nas medidas contra corrupção, como nas medidas contra abuso de autoridade. Abuso de autoridade e corrupção são dois tipos de câncer. Nenhum é melhor do que o outro. Mas um país se faz com objetivos, não apenas com combate a suas doenças. E então o verdadeiro debate é saber se queremos ter um país mais ou menos desigual. Os países mais desiguais costumam ser os que mais têm corrupção e abuso de autoridade, que no final das contas se confundem. Equilíbrio nesse debate é necessário, de preferência sem que ele seja sequestrado por interesses corporativistas, sejam de setores do MP, do Poder Judiciário ou do Legislativo. Mas como ter serenidade com esse Poder Midiático que é monopólio no país. Este é outro câncer que deveria entrar na arena das discussões.

  3. Fuad Fujaj, não o conhecia,

    Fuad Fujaj, não o conhecia, mas já o admiro. obrigado por escrever por mim. 

    Vindo dessa galera “do Bem’ de curitiba, essas supostas medidas de combate à corrupção só poderia ser essa mescla de fascismo e fundamentalismo. Pra quem pensa que o direito se faz como se fosse os seus executores os enviados do céus, só se pode obter sectarismo e perseguição. Impressiona o grau de arrogância do tal de dalagnol, o tal de lima e a  miudeza de pensamento do juix de primeira instância. O pior que eles são o retrato de seus admiradores, essa gente da classe média, que por assistir o jornal nacional, se julga não só os bem informados da nação como também os mais inteligentes. Essa gente nunca concebeu um país além do umbigo.

  4. Redentoristas ou Redenterroristas?

    Texto preciso, que  despe a Lava-Jata das maquiagens e efeitos especiais com que grande mídia inimiga do Brasil, envolve esta operação de sabotagem da nação brasileira.

    “Transformaram nossa terra numa Bananalândia.  Nosso País, com o recrudescimento das divisões internas que vão se tornando a cada dia mais inconciliáveis está deixando de ser uma Nação. Aos poucos, também, o Brasil vai deixando de ser uma País soberano.”

    Também transparece uma visão ampla do país, ao contrario da miopia perniciosa dos “entregantes” da “Republica de Curitiba”.

     

     

  5. A vitória da Lavajato implica na derrota do austericídio

    O sucesso dos Jateiros levará a população a achar que seus problemas são causados apenas pela corrupção e que, portanto, a soluão é a Lava Jato combater a corrupção e não o aumento dos sacrifícios sobre a população. De acordo com o Jornal o Globo ‘a coincidência da derrocada financeira do Rio de Janeiro com a prisão de Cabral e associados leva à ideia equivocada de que o combate aos corruptos resolve os problemas’:

    Sem se aumentar contribuições à previdência fluminense, cortar gastos em geral, conter privilégios de castas da burocracia etc. não se irá muito longe.

    A crise fiscal já chicoteia há meses aposentados, pensionistas e servidores públicos em geral e cada vez mais pune a população com uma deficiente prestação de serviços. E tende a piorar. Torna-se, então, fácil para políticos demagogos relacionarem a roubalheira com a falta de dinheiro, uma forma de tirar a importância crucial que têm medidas – tipo a elevação da contribuição previdenciária – para conter a crise. Sequer os números são comparáveis: estima-se em pouco mais de R$ 200 milhões o dinheiro surrupiado por Cabral e companheiros, enquanto o déficit orçamentário está na faixa dos R$ 17 bilhões.

    Não se pode menosprezar o efeito deletério da desonestidade nos cofres públicos. Mas daí a achar que as agruras fiscais da Federação brasileira se explicam só pela roubalheira, é ir muito longe. Deixam-se de lado erros crassos de política econômica e administrativos. No raciocínio inverso, o desequilíbrio estrutural das finanças fluminense, de outros estados e da União seria resolvido à base do encarceramento de corruptos, como dão a entender os que se opõem ao ajuste.

    Cada coisa é uma coisa, e a imperiosa punição de ladrões do dinheiro público não substitui medidas técnicas de correção dos desequilíbrios financeiros”

    Portanto, a Manifestação dos Coxinhas e do Jateiro Sérgio Moro é uma forma de tirar a importância crucial que têm medidas – tipo a elevação da contribuição previdenciária – para conter a crise.

  6. República em transe

    Se os notáveis de Curitiba lessem o arrtigo do Dr. Faraj morreriam de vergonha. ôpa, o que estou dizendo? Impossível, eles não se interessam por críticas e o pejo é um sentimento que não conhecem.

     

  7. Cabo de guerra entre os abusistas e contra-abusistas

    No momento temos um cabo de guerra entre as autoridades abusistas, os pró-abusistas e os contra-abusistas. A corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Os abusistas apelam para o argumento da autoridade, os segundos recorrem à autoridade do argumento.

    Quem sairá vitorioso: os Autoritários Abusistas ou as Autoridades contra-abusistas?

    Dizem que a caneta sempre vence a espada. Vamos ver

  8. EUA, VENDA DE FAVORES

    EUA, VENDA DE FAVORES POLÍTICOS

    “ALMAS GENEROSAS

                Nos Estados Unidos, a venda de favores políticos é legal e pode realizar-se abertamente, sem necessidade de disfarce ou risco de escândalo.

                Trabalham em Washington mais de dez mil profissionais do suborno, cujo trabalho é influir sobre os legisladores e os inquilinos da Casa Branca. Numa soma que certamente é menor do que foi, o Center for Responsive Politics registrou 1,2 bilhões de dólares legalmente pagos ao longo de 1997, por inúmeras organizações empresariais e profissionais: uma média de 100 milhões de dólares por mês. Encabeçavam a longa lista de doadores a American Medical Association, ligada aos negócios da saúde privada, a Câmara de Comércio e as empresas Philip Morris, General Motors e Edison Electric.

                A quantia, que vai aumentado ano a ano, não inclui os pagamentos feitos por baixo da mesa. Johnnie Chung, um homem de negócio que reconheceu ter feito doações ilegais, explicou em 1998: “A Casa Branca é como o metrô: para entrar é preciso por moedas”

    GALEANO, Eduardo. De Pernas Para o Ar. A escola do mundo ao avesso. Porto Alegre, RS, L&PM Editores, 2015, p. 151 (1a. impressão 1999)

    1. Que se deixe claro, ainda,

      Que se deixe claro, ainda, que:

      A Lavajato não combate a corrupção.

      A Lavajato ataca, sim, nacionalistas, ataca à Petrobrás, ataca as Empresas e Empreiteiras envolvidas com serviços e obras de infra-estrura do país, gera desemprego em cadeia, colabora com governos estrangeiros, fere a Soberania Nacional, e, somente persegue, acusa e condena (apenas) alguns prováveis corruptos.

       

  9. Palmas

    Estrondosas palmas ao Promotor Fuad Furaj. Finalmente nos apareceu um promotor (havera muitos, silenciosos ?)  para colocar os pontos nos is. Reconhecer, de público, que procuradores e juízes são cidadãos iguais a todos nós perante a lei, como nos garante a Constituição da República Federativa do Brasil. Afirma um ditado popular que o uso do cachimbo entorta a boca. De tanto atropelarem os preceitos constitucionais, de tanto cometerem abusos de autoridade, sob as bençãos do “tribunal da mídia” e a omissão ou apoio tácito das instâncias judiciais superiores, o pessoal da impropriamente autodenominada “república de Curitiba” parece entender (e sua insurgência comprova) que tem o direito até de legislar, embora sem um voto.

  10. É um transe não só em

    É um transe não só em Curitiba, mas em toda sociedade brasileira. Um transe perfeitamente previsto, dado o nível de campanha de criminalização dos políticos que se arrasta à décadas no pig escrito e televisionado. Claro que com a ajuda dos prórpios.

    Venho recebendo via Whatsapp mensagens para convocar-me para uma “revolução francesa” que propõe decapitar os políticos (alguns, suponho).

    O movimento é igual em sua excência a “revolução” de 64, a “Redentora”. O político é um ladrão que compra o voto do ignorante, quer ppor uma dentadura, ou por bolsa família. Sendo que o político pode ser quaquer um, até um pau-de-arara..

    Portanto quem quiser governar  o país, nasça em berço de ouro, faça faculdade, mestrado nos Estates e passe em concurso. Esses são os “preparados” para ttocar a coxinholândia. Moro vai  aos Estates ano que vem, onde se qualificará mais ainda dentro da casta. Está se preparando para o concurso, perdão, para a eleição de 2018

  11. Fuad Faraj é da cepa de Augênio Aragão

    Prezados,

    O contundente e necessário artigo do procurador Fuad Faraj caracteriza e coloca em seus devidos lugares os integrantes da Fraude a Jato e da república curitibana. Se, e quando, a democracia for restabelecida, um tribunal como o de Nüremberg deve ser instalado e TODOS os integrantes da Fraude a Jato e figuras públicas, dos três poderes, que contribuíram para o golpe de Estado e cometeram crimes de lesa-pátria e lesa-soberania devem ser julgados e condenados de forma implacável.

    1. “O grande porrete de Theodore” outro artigo superior de F. Faraj

       

      João de Paiva (sábado, 03/12/2016 às 14:14),

      Concordo com o que você disse. Aliás todos os comentários foram reverentes a esse excelente artigo de Fuad Faraj e torna assim desnecessário prolongar mais nos elogios. Porque agora é o primeiro comentário destacaria o comentário de Raimundo Boaventura enviado sábado, 03/12/2016 às 14:48, e que também expressa o que eu penso.

      Assim como a pouco para falar sobre o post eu chamo atenção para outro post de Fuad Faraj. Nesse sentido lembro que faltou aqui neste post apenas JB Costa para eu poder utilizar um só comentário para falar com os quatros, sendo os outros três: você, Rui Ribeiro que comenta duas vezes aqui no comentário de sábado, 03/12/2016 às 12:26, e de sábado, 03/12/2016 às 11:17, e Romulus que comentou sábado, 03/12/2016 às 11:33. O Romulus mais pelo que eu gostaria de ter comentado junto aos últimos posts dele e vocês pelo que eu comentei recentemente. Mais recentemente eu enviei comentário para você e para JB Costa junto ao post “Moro segue investigando bens pessoais de Lula apreendidos em cofre” de terça-feira, 29/11/2016 às 16:14, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/moro-segue-investigando-bens-pessoais-de-lula-apreendidos-em-cofre

      O meu comentário enviado terça-feira, 29/11/2016 às 21:33, para você junto ao seu enviado terça-feira, 29/11/2016 às 17:56, apenas me permite deixar para você o link para o seu post “2010 é o ano da ruptura de qualquer pudor ou verniz, por João de Paiva” de quinta-feira, 24/11/2016 às 15:56, aqui no blog de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/2010-e-o-ano-da-ruptura-de-qualquer-pudor-ou-verniz-por-joao-de-paiva

      E reproduzo o curto elogio que eu fiz ao seu post: “Um post extenso e com excelente contribuição que você dá para o entendimento da nossa realidade política recente.”

      E o meu comentário enviado quarta-feira, 30/11/2016 às 01:36, para JB Costa junto ao comentário dele de terça-feira, 29/11/2016 às 16:40, também lá no post “Moro segue investigando bens pessoais de Lula apreendidos em cofre”, visou mais que eu deixasse a indicação de três post um pouco mais antigos onde eu discuti com ele os efeitos da Ação Penal 470. Não é preciso reproduzir os links aqui, embora o assunto discutido lá a respeito da Ação Penal 470 também interessaria a você e a Rui Ribeiro e também ao Romulus. Talvez se eu fizer comentários junto ao de Romulus e junto a um dos de Rui Ribeiro eu faça menção a cada um dos posts que eu tinha interesse em deixar o link para eles.

      E toda essa lembrança se deve ao fato de que em todos eles caberia mencionar um artigo e um post interessantes para quem gostou deste artigo do Fuad Faraj “Curitiba em Transe” saído no site Justificando e publicado aqui no blog de Luis Nassif com o título “A República de Curitiba em transe, por Fuad Faraj” de sábado, 03/12/2016 às 10:24. O artigo é também do site Justificando e de autoria de Fuad Faraj e intitula-se “O grande porrete de Theodore”, tendo sido publicado sábado, 03/12/2016 às 10:24, e podendo ser visto no seguinte endereço:

      http://justificando.com/2016/11/23/o-grande-porrete-de-theodore/

      É fenomenal o artigo de Fuad Faraj tendo por fio condutor o presidente Theodore Roosevelt e a leitura que o juiz federal Sergio Moro faz de parte do discurso que Theodore Roosevelt apresentou na Câmara dos Representantes em 07/12/1903. O discurso na íntegra pode ser visto no endereço a seguir:

      http://www.theodore-roosevelt.com/images/research/txtspeeches/98.txt

      E o vídeo com a leitura que o juiz federal Sérgio Moro fez de trecho do discurso de Theodore Roosevelt e disponibilizou no Facebook da esposa dele, e como tal, se se tratasse de outro juiz sem a notoriedade mediática dele, poderia e deveria ser visto apenas como uma manifestação pessoal, está disponível junto ao post “Aos fãs do Facebook, Moro diz que “exposição e punição da corrupção são uma honra”” de domingo, 30/10/2016 às 16:52, aqui no blog de Luis Nassif e pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/aos-fas-do-facebook-moro-diz-que-exposicao-e-punicao-da-corrupcao-sao-uma-honra

      Enviei terça-feira, 01/11/2016 às 01:32, um longo comentário em que pensei que me havia excelido. Foi preciso ver o artigo de Fuad Faraj para compreender que o meu era pequeno no conteúdo quando comparado com o dele. E aproveito para fazer uma correção. Em trecho do meu comentário eu disse o seguinte:

      “Ao utilizar o argumento político de Theodore Roosevelt, o juiz Sergio Moro não só revela não possuir a noção da distinção dessas duas áreas: a área da justiça e a área da política, como cai em dupla falácia.”

      Na verdade, a área da justiça e a área da política possuem distinções, mas nelas há muitas semelhanças, sendo a mais importante o fato de ambas se regerem pelo princípio da legalidade. O que eu queria fazer a distinção era entre o discurso na área da justiça e o discurso na área da política. Um é eminentemente técnico enquanto o outro não o é. Quando a decisão é eminentemente técnica (É claro que a decisão ou o discurso judicial será eminentemente técnico, mas de uma técnica impregnada de subjetivismo, pois ela dependerá da interpretação, uma atividade do mundo da cultura), a política não se faz necessária. Isto é quando se sabe por meio técnico qual a decisão a ser tomada, a composição de interesses conflitantes feita mediante negociações e barganhas e que é a essência da atividade política não tem lugar.

      Pois, bem, muito superior ao meu comentário foi o artigo de Fuad Faraj. Com muitos conteúdos e de um estilo agradável e de fácil leitura, o artigo ensinou muitas coisas. Só a lamentar não ter entendido direito o trecho que transcrevo a seguir do artigo “O grande porrete de Theodore” de Fuad Faraj. Aliás cheguei a pensar se diante da dúvida eu não deveria pedir esclarecimento de um grande entendido dos Estados Unidos, Andre Araujo. O trecho do artigo é o seguinte:

      “Devemos a ele também, ainda que por transversa forma, para glória da indústria de brinquedos da América, o fofinho Teddy Bear. Devemos mais: o nosso Planetinha também ficou mais lúdico, cor-de-rosa, com a canção do Elvis, ela toda de um sentido todo transcendental. Como não amá-lo?”

      Bem, há o link a seguir que esclarece um pouco, pois pelo menos menciona a canção de Elvis Presley que eu desconhecia e com a vinculação com Theodore Roosevelt. Com o título “How a Bull Moose, a Bear, and a Beetle Gave Elvis a Hit Song” o texto no site Chimesfreedom, em inglês, fala do hit de Elvis Presley “(Let me be your) Teddy Bear”. O endereço do artigo é:

      http://www.chimesfreedom.com/2014/02/15/how-a-bull-moose-a-bear-and-a-beetle-gave-elvis-a-hit-song/

      E no endereço a seguir no letras pode-se ler a letra da música cantada por Elvis Presley:

      https://www.letras.mus.br/elvis-presley/103391/traducao.html

      E por fim eu volto a insistir em dizer que a crise econômica que atravessamos não é consequência da Lava Jato. E que apesar dos crimes que eu considero que foram cometidos na execução do que se pode chamar de operação Lava Jato, ela deveria ter continuidade até mesmo depois que haja o último julgamento na vara do juiz Sergio Moro. E as consequências desse julgamento eu espero que possam tornar a realidade política brasileira mais saudável ou menos doentia.

      Isso não impede de eu acreditar que para a consecução da Operação Lava Jato tenham sido cometidos crimes. E crimes que eu chamo de crimes contra a República. O STF se elevará se os julgar e levar para a prisão todos os que participaram de algum modo principalmente dos vazamentos seletivos e em momento que a tipificação do que eu chamo de crime contra a República mais se exacerbava.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 03/12/2016

  12. The Golden Boys X CF/88

    Ainda temos Promotores no Brasil. Os “menudos” de Curitiba e seus “chefetes” são um ponto fora da curva.

    Espero estar certo. Que sejam um ponto fora da curva.

    Devemos, outrossim, agradecer aos infaustos promotores, pois tomados por divindades, se pensaram deuses, e seus excessos os levaram ao autoflagelo. 

    Ou imaginavam que a caça aos vermelhos poderia ser estendida aos “azuis”, “amarelos”, verdes e brancos anis? Ultrapassaram a barreira de contenção montada, ao não darem como encerrada a mais prepotente operação de desmonte do Estado Democrático de Direito. E, consequentemente, uma parcela considerável da estrutura produtiva nacional. 

    Qual o receio de virem a ser investigados por seus abusos? Talvez, porque saibam, que toda a operação foi montada sobre uma farsa, com claro intuito de perseguição a uma corrente política. Mesmo que para isso, tenham atingido poderosos empresários, que há décadas se associaram aos agentes públicos para dilapidarem as riquezas nacionais, sem ao menos serem importunados, quiçá investigados.

    Espero que tenham bons advogados,  e que estes não sejam grampeados ou nomeados de defensores da corrupção, como  foram, ilegalmente, os patronos dos investigados pelos nobres e inimputáveis “senhores do universo”. 

    Ainda existem Juizes e Promotores no Brasil!

  13. Brasileiro Fuad Faraj, muito

    Brasileiro Fuad Faraj, muito obrigado pela sua coragem e clareza em sua argumentação.

    Quem teve a oportunidade de acompanhar, mesmo que a contra gosto, a coleta de assinaturas de adesão as famigeradas  10 medidas, sabe que de Iniciativa Popular nada teve.

    Foi um texto que já estava pronto e acabado e apresentado nas igrejas, mesmo as católicas, como a tabua de salvação para o Brasil.

    Ao contrário do Projeto de Iniciativa Popupar que tratava da Ficha Limpa, que era objetivo e de fácil compreensão, para os que assinaram, as 10 medidas para os leigos é extensa e de difícil compreensão de seus objetivos.

    Abusiva e Indevidamente utilizou-se os pulpitos de igrejas,  para induzir fieis de boa fé, mas analfabetos políticos, a assinarem algo que nem sabiam do que se  tratava. 

    Os próprios agentes da fé repetiam os argumentos dos “autores”,  eivados de discriminação e ódio, para convencer fieis a assinarem o “livro da vida” que levaria o Brasil a salvação.

    Será que estes hipócritas não tem a consciência disto? A maioria dos 2 milhões de brasileiros que assinaram foram usados.e os procuradores tem consciência disto.

    Genaro

     

     

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