ABJD e APD pedem que Cláudio Gastão seja punido por atentar contra a dignidade de Mariana Ferrer e da advocacia

Para os juristas, a atitude de Cláudio Gastão na audiência tem repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, ao agir de forma incompatível com a ética, o decoro e o dever de respeito à dignidade da pessoa humana.

da ABJD – Associação Brasileira de Juristas pela Democracia

ABJD e APD pedem que Cláudio Gastão seja punido por atentar contra a dignidade de Mariana Ferrer e da advocacia

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e a Associação de Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia (APD) protocolaram nesta quarta, (4), na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Santa Catarina (OAB-SC), uma representação (acesse aqui) contra o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho que representa o empresário André de Camargo Aranha, acusado de cometer o crime de estupro contra a jovem promoter catarinense Mariana Ferrer.

A entidade requer que o profissional do Direito seja penalizado conforme prevê a Lei nº 8.906, de 1994. Para os juristas, a atitude de Cláudio Gastão na audiência tem repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, ao agir de forma incompatível com a ética, o decoro e o dever de respeito à dignidade da pessoa humana.

O documento afirma que o vídeo divulgado pelo The Intercept demonstra que o advogado do réu tenta transformar a vítima em responsável pelo crime que denunciou e atenta contra a honra, a nobreza e a dignidade da profissão tratadas no Código de Ética da OAB, afetando o decoro que deve reger os atos dos advogados, e atingindo a dignidade da pessoa humana.

“Cláudio Gastão adotou contra Mariana Ferrer na audiência de instrução processual uma postura claramente sexista, machista, além de profundamente preconceituosa e agressiva, portanto, violenta. Desviou o debate jurídico do cometimento, ou não, do crime de estupro, para fazer uma objetificação sexual em que estabeleceu um estereótipo de como ela deveria se portar em fotografias ou se vestir. Praticou verdadeira violência psicológica ao falar da imagem da moça e de seu comportamento de forma totalmente depreciativa”, reforça a representação.

1 Comentário

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  1. Este adevogado, filhote de papai adevogado bem sucedido que também trabalha prá Globo, deixou à vista a sua espetacular carga de preconceitos ao, literalmente, atacar a agredida Mariana Ferrer de maneira possivelmente inédita em um tribunal.
    Eu só gostaria de ver este brilhante e valente adevogado atacando uma pessoa do andar de cima, mas desde já posso imaginar que tal situação seria impossível de ocorrer num tribunal catarinense.
    E assim, mais uma vez o Judiciário tupiniquim mostra a sua cruel tendência, pau puro e cadeia prá pobre e preto.

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