Bolsonaro recorre a Moro após citação no caso Marielle

Presidente quer que Polícia Federal ouça novo depoimento do porteiro de condomínio no Rio de Janeiro

Foto: Reprodução/Instagram – Gabriela Bilo

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro vai pedir ao ministro da Justiça, Sergio Moro, que a Polícia Federal ouça o porteiro que anotou a entrada do suspeito de assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes no condomínio onde mora, na Barra da Tijuca.

De acordo com informações do jornal O Globo, o presidente declarou que está conversando com o ministro da Justiça para esclarecer esse foto, “de modo que esse fantasma que querem colocar no meu colo como possível mentor da morte de Marielle seja enterrado de vez”.

Bolsonaro declarou ainda que, há um mês, ouviu do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) durante evento na Escola Naval que uma investigação sobre o caso envolvendo o presidente seria encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O governador também teria citado ao presidente o depoimento do porteiro.

O posicionamento do presidente é uma retaliação à reportagem veiculada na TV Globo na noite desta terça-feira. O “Jornal Nacional” mostrou que um dos suspeitos de assassinar Marielle foi ao condomínio onde Bolsonaro reside alegando que iria à casa do então deputado.

Segundo a reportagem, registros da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca – e onde mora Ronnie Lessa, sargento aposentado da Polícia Militar e principal suspeito de matar Marielle e o motorista Anderson Gomes – mostram que o outro suspeito do crime, o ex-policial militar Élcio Queiroz, entrou no condomínio horas antes dizendo que iria para a casa de Bolsonaro. Entretanto, os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Jair Bolsonaro estava em Brasília no mesmo dia.

Após a veiculação da matéria, o presidente realizou uma live de quase uma hora no Facebook onde acusou a TV Globo de querer vinculá-lo à morte de Marielle e insinuou que a emissora tenta criar um motivo para desestabilizar a sociedade e pressionar a sociedade a pedir seu afastamento.

Redação

5 Comentários

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  1. Coitado deste porteiro. Com o camisa preta do Paraná em ação ele só sairá da cana quando disser que quem autorizou a entrada do miliciano foi o presidente Lula.

  2. O caso corria em sigilo e a globo não deveria saber, assim como o presidente (que disse ter sido informado na semana passada). O caso já tinha saído das mãos da PF e foi estadualizado e agora o presidente quer colocar a PF do insuspeito Moro, não para ajudar nas investigações, mas para travá-las como fez o STF com o Coaf?
    A situação do destempero e choro do presidente mostram que sua causa, preocupações e calcanhar de tropeço, são os filhos e seu maior erro mesmo foi colocá-los na política para fazerem o mesmo que fazia: despesa e prejuízo ao estado; inimizades e divisão com outros e trilharem pelos caminhos tortuosos e imorais.
    O segundo maior erros, foi deixar que a vaidade pessoal o alçasse a um cargo com vitrine internacional, onde o mito se desfaz desde o primeiro dia.

  3. Moro não precisa mais ir até o condomínio para levar o porteiro aos porões. O esperto Carluxo (03) já fez o caso dar uma reviravolta. Agora há pouco, usando as prerrogativas de filhinho do papai autoritário, foi até a central de segurança do condomínio com o intuito de gravar um vídeo (que postou em seu instagram) e ultrapassando os limites à privacidade alheia, mostrou as gravações do dia fatídico do assassinato. Pois bem, ele indicou e abriu sem permissão legal, a gravação da unidade de um outro morador e disse que não tinha nada para o 58, a unidade de seu pai. Ocorre que acima da que mostrou (a 65), existia uma ligação para a 58, às 15h58 do dia 14/03, conforme o print da tela do vídeo do Carluxo, postado pelo youtuber Felipe Neto.

    https://pbs.twimg.com/media/EIIkBBcX4AAHycI?format=jpg&name=900×900

  4. A história rápida do “presinquente” é a seguinte:
    Uma vez nas FFAA, só pensava em dinheiro, pois arrumava confusão o tempo todo por causa de salário.
    Tal obsessão levou-o inclusive à um processo militar por sair do âmbito militar para a imprensa e por ameaça de terrorismo.
    RESUMO: o capetão, FUNCIONÁRIO PÚBLICO, se comportou como SINDICALISTA e até TERRORISTA.
    Ao ser rejeitado como militar e perceber que sua carreira, que não era de pó, mas virou pó após o processo, viu que com a (in)fama adquirida entre os seus no Rio (Resende, Vila Militar), aproveitou para candidatar-se a vereador. Elegeu-se por eles.
    Assim, o eterno funcionário público (SEMPRE viveu de dinheiro público) conseguiu alcançar um patamar muito maior do que suas inconvenientes reivindicações sindical-militares: subiu de (hoje) uns 9 mil para outro maior do que 100 mil, (conforme declarações de uma de suas esposas, 01, 02 ou 03).
    Óbvio que apesar de novos benefícios e privilégios muito maiores, este valor só seria possível via rachadinhas com parentes e amigos (o salário de vereador hoje é de uns 18 mil).
    Apesar do salto de renda, continuou a não devolver seus ganhos em serviços à sociedade: apenas propunha eminentemente benefícios aos ex-colegas e outras propostas irrelevantes ou mesmo ridículas.
    Mas com o expertize eleitoral adquirido e a fama entre os seus e ex-colegas, conseguiu eleger-se deputado federal pelo mesmo Rio e também começou a eleger os filhos (até um filho então menor, em detrimento da própria mãe dele).
    Descobriu que como parlamentar era um funcionário público super bem remunerado e cheio de privilégios e até IMUNIDADES para falar m#rd@ à vontade, coisa que não podia nas FFAA.
    Para ele, isto era um paraíso em relação à “difícil” era de capetão frustrado.
    No período, desenvolveu públicas relações com conhecidos milicianos (criminosos), parentes e amigos, inclusive defendendo-os em plenário e até homenageando-os.
    Surpreendentemente, a psicologia de massas em redes desenvolveu um inacreditável mito: o de que o capetão é “honesto”. Só pode ser realmente um mito: a maior parte do seu mandato esteve filiado ao partido reconhecidamente mais corrupto, o PP e seus derivativos.
    Como seus filhos (não aprenderam com o pai?), deu emprego de gabinete a parentes e amigos (seus e de milicianos). Tem a assessora do Açaí em sua casa de Angra.
    Forjou inocência e acabou exonerando um fiscal que o multou em pescaria em reserva ambiental. Trocou propina da JBS para o seu partido por rubrica de fundo partidário (mais 100 mil para o filho). MENTE distorcendo a menção de Joaquim Barbosa a ele, desmentida publicamente pelo próprio JB.
    Ou no caso dos carros da câmara, onde o então motoqueiro (quando assaltado perdeu sua arma) se diz o único que não se interessou (talvez preferisse sua parte em dinheiro…).
    Ou do video fake em que se hospedou “como presidente” em hotel mequetrefe de Tókio).
    Ou do vídeo onde declara emocionalmente em comício que não abre mão dos seus mais de 100 mil de verba de gabinete. MENTE publicamente sobre o referendo das armas.
    Enfim, uma construção mítica de honestidade única em que nunca foi processado por dinheiro. Ora, nem o Queiroz o foi! Se for por honestidade, até o cabo Daciolo ou Ciro ou tantos outros também não o foram. Só que, tirando o cabo, todos são incomparavelmente mais competentes do que ele.
    Um problema GRAVÍSSIMO no país hoje é poder definir a (des)honestidade de políticos por processos na (in)Justissa, como Dilma, Haddad e o próprio Lula, que sem crimes e sem provas tornou-se o “maior ladrão da história do país” (e pelas “não provas”, mais honesto do que o mito). Grave não, GRAVÍSSIMO termos uma (in)Justissa que consegue isso.
    Enfim, uma inacreditável rede goebelliana nas redes construiu um mito de “honesto” a um sujeito bizarro que, depois de quase 30 anos como parlamentar e outros como militar, sempre foi funcionário público, sindicalista e até terrorista (fracassado). Mesmo que FOSSE honesto, é incompetente e nefasto.
    Viveu (e vive) a vida toda às nossas custas, sem retorno.

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