Condenado por morte de tesoureiro do PT vai cumprir pena em prisão domiciliar

Contribua usando o Google

Um dia após a condenação a 20 anos de prisão em regime fechado, o ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, de 40 anos, conseguiu um habeas corpus preventivo para cumprir a sentença em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, a partir desta sexta-feira (14).

A autorização da Justiça foi concedida um dia após a condenação pelo Tribunal do Júri realizado em Curitiba. Na ocasião, o ex-policial foi condenado por homicídio com duas qualificadoras: motivo fútil e perigo comum.

Guaranho invadiu a festa de aniversário do tesoureiro do PT e militante Marcelo Arruda, em 9 de julho de 2022. Ele disparou contra o aniversariante, que foi atingido duas vezes.

O policial também ficou ferido no confronto e foi espancado por convidados de Marcelo Arruda. As sequelas desta agressão, que inclui limitações neurológicas e motoras, foram usadas pela defesa para justificar a continuidade da prisão domiciliar, uma vez que a sentença do Tribunal do Júri determinava que a pena deveria ser inicialmente cumprida já em regime fechado.

“Ao que parece, o paciente continua muito debilitado e com dificuldade para se deslocar em razão da enfermidade e das lesões que o acometem, logo, por ora, chega-se à ilação de que sua prisão domiciliar não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal”, informa o documento.

Liminar, a decisão pode ser revertida pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Além de comparecer periodicamente em juízo, o bolsonarista não poderá sair da comarca, ter contato com envolvidos na ação penal e só tem autorização para se deslocar para fazer tratamento médico previamente informado à Justiça.

LEIA TAMBÉM:

Justiça condena a 20 anos de prisão bolsonarista que matou tesoureiro do PT em 2022

Inquérito de bolsonarista que matou Marcelo Arruda não contou com apurações básicas pendentes

‘Se não fosse o Marcelo ele tinha feito chacina na festa’, diz testemunha