José Eduardo Cardozo teria negado proposta ilícita de executivos da JBS

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Divulgação

Jornal GGN – A coluna de Mônica Bergamo nesta terça (5) mostra que Joesley Batista e Ricardo Saud atiraram para todo lado após decidirem gravar e entregar conversas com autoridades aos procuradores da República, em troca de um acordo de delação premiada.

Um dos alvos teria sido José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justila de Dilma Rousseff. Ele funcionaria como uma escada para pegar ministros do Supremo Tribunal Federal, acreditavam os executivos da JBS. Só que a honestidade de Cardozo – que ocupa o último parágrafo da nota na Folha – acabou estragando o plano.

Segundo Bergamo, num dos grampos entregues à Procuradoria Geral da República pela J&F na semana passada, Joesley e Saud falam sobre um diálogo com Cardozo, “que teria sido gravado”.

Eles teriam atraído Cardozo para uma conversa com a desculpa de que queriam contratar seus serviços advocatícios. “No meio da conversa, eles arrancariam do ex-ministro da Justiça informações sobre magistrados do STF. Dependendo do teor delas, entregariam o conteúdo à PGR. Os executivos da JBS entendiam que os procuradores tinham grande desejo de que as investigações alcançassem o Supremo”, pontuou Bergamo.

“Saud diz ainda a Joesley que teria ouvido de Cardozo que o ex-ministro teria cinco ministros do STF no bolso. A afirmação é considerada uma bravata típica do executivo por interlocutores da própria JBS”, acrescentou.

O encontro com Cardozo ocorreu. O ex-ministro “teria feito afirmações genéricas sobre os magistrados [do STF] e teria inclusive recusado propostas de pagamentos de honorários fora das vias regulares.”

Ainda segundo a colunista, quem indicou a Saud que Cardozo seria o elo para chegar ao Supremo foi um homem chamado “Marcelo” – possivelmente o ex-procurador Marcelo Miller, diz a jornalista.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. A guerra esta declarada

    Sera que Janot queria pegar alguns ministros do Supremo com a boca na botija ou Joesley queria informações sobre os ministros do Supremo para chantagea-los, como ja vem sendo feito algum tempo? Isso explica muito sobre as esdruxulo comportamento de Facchin. E a morte de Teori… Gilrmar Mendes deve estar rezando todas as noites para sua santa madona da Achiropita. Valei-me, meu são simplicio! E agora, os bandidos estão dos dois lados! E eis que em meio a tanta imundicie, tinha um Zé Cardoso no caminho dos amorais irmãos da JBS. 

  2. Putz…

    Se o Cardozo tivesse cinco ministros “no bolso” o PT não teria apanhado que nem boi fujão desse nosso Supremo meia-boca.

    O interessante aí não é a bravata do Cardozo, nem o fato dele não ter caído na armação: é o entendimento das partes (PGR inclusive, via Marcelo Miller) de que há podres dos ministros do STF a serem descobertos, faltando apenas descobrir como dar o flagra.

    É acachapante essa situação, ministros da Suprema Corte sob uma desconfiança perene, com uma espada de dâmocles sobre suas cabeças, cercados por autoridades que estão ávidas por achar um delator contra eles. Se faltava algum dado pra decretar oficialmente o início da barbárie na guerra civil que o país virou, era esse. 

  3. Para quem tinha 5 ministros

    Para quem tinha 5 ministros no bolso, seria bom enfiar a mão no bolso e reverter o golpe daria 5 x 5 e dependeria somente do presidente do STF!

    Oh! conversa para boi durmir – tinham que colocar um petista no rolo…

  4. Zé Cardoso

    Zé Cardoso foi o pior Ministro da Justiça dos últimos tempos. Era obrigação dele frear, o Ministrio público quando viu que este havia se tornado um partido político. Nada fez

  5. Então, o golpe vai assim:

    Então, o golpe vai assim: diversas partes sujas (tanto faz o que a mídia dá ênfase ou não), articuladas ou não, vão buscando se safar, mas acabam encontrando um terceiro, um quarto… sujo; aí, começa o conflito, o entreguismo, o “noticialismo”.

    E o povo? Ah, o povo.

    No fim, o Jucá será o grande sociólogo do golpe. Pode apostar.

  6. O Zé Cardozo passou ileso por

    O Zé Cardozo passou ileso por toda a farsajato. O pig nunca o incomodou.  Muito estranho em se tratando de alguém do PT.

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