Doleiro preso por tráfico ajudaria Aécio na lavagem de propina, suspeita Lava Jato

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: George Gianni/PSDB

Jornal GGN – No documento em que reforça o pedido de prisão contra Aécio Neves ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República Rodrigo Janot revela que além da empresa da família Perrela, um doleiro condenado por tráfico internacional de diamentes é suspeito de ajudar o senador mineiro na lavagem da propina que ele teria recebido da JBS.

Nas investigações sobre o caso, a Polícia Federal flagrou o assessor parlamentar de Zezé Perrela, Mendherson Souza Lima, conversando de maneira cifrada com o doleiro Gaby Amine Toufic Madi, condenado a 7 anos de prisão em 2016. 

Aécio admite que pediu à JBS R$ 2 milhões com a desculpa de que precisava de dinheiro para pagar sua defesa na Lava Jato. O senador, que trata o pagamento como um “empréstimo pessoal”, contudo, não explicou porque o dinheiro foi entregue em 4 parcelas de R$ 500 mil ao seu primo, Frederico Pacheco, que, por sua vez, repassou as malas ao assessor de Perrela.

A Polícia, além de filmar e rastrear o caminho do dinheiro, sabe que parte dos recursos entrou numa das empresas da família Perrela e, depois, foi fatiado e depositado de volta em nome de Fred e Mendherson. 

No despacho ao Supremo Tribunal Federal, Janot sinaliza que parte do montante seria destinado, também, ao doleiro, que poderia ajudar a dar aparência de legalidade aos recursos pagos a Aécio pela JBS.

“No que tange aos recursos pagos e acautelados por Mendherson, há um diálogo captado pela Polícia Federal, no dia 12/4/2017, ou seja, no mesmo dia do recebimento do dinheiro em São Paulo, no qual Mendherson mantém conversa cifradamente com Gaby Amine Toufic Madi, indicativo de que este tinha conhecimento acerca do evento ocorrido em São Paulo”, diz Janot.

“É um doleiro, recém condenado a sete anos e meio pela 4ª Vara Federal da Justiça Federal de Minas Gerais (…) e pode estar atuando na lavagem de parte dos recursos ilícitos”, acrescenta.

A Polícia Federal investigava o tráfico de diamantes com participação do doleiro em 2016, quando apurava-se, ainda a possibilidade de envolvimento com o libanês Hassan Ahmad, acusado de mandar ao exterior US$ 1 bilhão em pedras preciosas brasileiras. Na época, a família Ahmad foi denunciada pela ONU por exploração ilegal de diamantes na África, lembrou o Brasil 247.

Delatores da JBS disseram à Lava Jato que os R$ 2 milhões não se tratavam de empréstimo, mas de propina para que Aécio não criasse problemas ao frigorífico.

Além do assessor e do primo de Aécio, Andrea Neves, irmã do senador, também está presa por ter feito contatos com Joesley Batista.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. sacolas

    e as sacolas de dinheiro, parte da carga de jatinhos em viagens a Aspen, que entravam no país sem qualquer problema com o DHS?

  2. Hoje resolvi assistir ao

    Hoje resolvi assistir ao jornal da Cultura, depois de tomar uma aguinha e de uma reza, pois tava na banca o comentarista Konder. Este parece Villa. O ódio aos petistas é tão grande que uma oração proferida há de conter o nome de Lula e de petistas, sempre.

    Os assuntos versaram sobre as manifestações de ontem; forças armadas, impeachment e tudo mais. O nome de MT quase não foi citado. De Aécio, nem de longe. No entanto, a maior parte das discussões se deu em razão da liberdade dos Batistas, e de tudo mais que já sabemos sobre as vantagens concedidas pelo STF. Cheios de pedidos de vênias, deram suas impressões, as piores possíveis, sobre o STF, que é um órgão político, que tal delação foi incomparável com aquelas feita sobre os acordos da Odebrecht e o PT, que passaram 13 anos roubando, e mais e mais PT. 

    Quem anda se sentindo confortável são os petistas; eles sobrem à tribuna do congresso e falam com tanta autoridade, como se fossem uns santos, disse mais ou menos Konder.

    Então o jornal, comandado pelo William, que também é tucano de alma, que ainda lê as mensagens do telefone, apenas as  mais convenientes, começou e terminou numa pobreza de dá nojo. 

    Não tá sendo fácil para coxinhas, em geral, egoirem a realidade presente. Foi uma paulada em todos eles. 

    No Face o que mais tenho visto são fotos de família; aqueles quadros coloridos com frases prontas, e, no máximo vemos algum, pra escapar do momento, colocar que tudo que vemos agora veio dos governos petistas. Refiro-me aos que deram as mãos para defenderem a queda de Dilma. Tá tudo de boca cozida, e só escrevem baboseira, por falta do que exprimir.

    Um jornal, dos mais interessantes, pra mim tem sido o da Gazeta. Tirando aquele Nêmann Pinto, que é a coisa mais dnada do mundo, o resto é palatável, sobretudo o Gamberini, que é grande jornalista, simpático, que não brinca em serviço quando quer dar sua opinião. 

    Por fim, se a situaçãod e MT é ruim, penso que pior, muito pior vem sendo a de Aécio. Esse aí já perdeu tudo em matéria de credibilidade. Acho difícil votar à política, a não ser que a força de Moro, Gilmar, e outros, como o ex-ministro da justiça, o absolvam de tudo, o que não seria tão difícil assim.

     

  3. Reportagem : Doleiro preso ajudaria Aécio

    O juiz Sergio Moro não desconfiou de nada da relação de Eike Batista com Aécio Neves. Como assim? Para um juiz, ele é muito desinformado. Não desconfiou de nada com relação a concessão do mineroduto que Eike GANHOU de mão beijada de Aécio. Para Logo em seguida, Eike vender para a Anglo American por R$5.500.000.000,00.(Cinco BILHÕES e quinhentos MILHÕES).Aécio não teve a menor dó e respeito pelos 752 proprietários prejudicados para a implantação do empreendimento. Setecentos e cinquenta e duas familias prejudicadas. Nascentes, cursos d’águas, vegetação, matas, rebaixamento do lençol freático. Onde estava a grande imprensa, o IBAMA, o IEF, o Ministério Público, o Judiciário? Dizem que a quantidade de água que ainda será retirada de Minas Gerais para os minerodutos chegarão a ser igual ou superior a quantidade de água da Transposição do São Francisco. Só que as águas da Transposição do São Francisco irão para centenas de famílias no Nordeste, enquanto as águas retiradas de Minas Gerais, pelos minerodutos serão jogadas fora, no mar. Com se consegue uma concessão dessas, das mãos do então governador Aécio Neves? Para vendê-la depois, para a Anglo American por R$5.500.000.000,00-(Cinco BILHÕES  e quinhentos MILHÕES). Para se ter a dimensão dessa quantia. O valor de mercado de uma UsiMinas, que empregava 51.000 funcionários diretos, era de R$ 9,9 Bilhões. É dinheiro demais para um ser humano só, não é não ?Foi por ”negócios” como esse, que Eike Batista, foi considerado um dos homens mais ricos do mundo. E o Aécio ?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador