Gilmar Mendes suspende transferência de Cabral determinada por Bretas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes suspendeu nesta terça (31) uma ordem do juiz do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, para transferir o ex-governador Sergio Cabral (PMDB) para um presídio federal de Campo Grande.

A transferência havia sido solicitada pelo Ministério Público Federal após um atrito entre Cabral e Bretas, durante uma audiência na qual o magistrado se disse ameaçado pelo peemedebista. Na ocasião, Bretas interrogou Cabral sobre suposto esquema de lavagem de dinheiro a partir da compra de joias, e o ex-governador retrucou citando a família do juiz, que trabalha com bijuterias.

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Segundo a decisão de Gilmar, a informação sobre a atividade da família de Bretas é pública e foi levada à imprensa pela própria filha do juiz. O argumento de que Cabral teria alguma informação privilegiada que pudesse ser usada contra o juiz não foi considerado pelo ministro, portanto.

Cabral vai ficar na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio de Janeiro. Ele ainda aguarda o julgamento de um habeas corpus pelo STF.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

18 Comentários

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  1. O que apavora o Bretas?

    Que informação privilegiada poderia intimadar o Juiz Bretas?

     

    Será porque encontrarão um tesouro e não bijouterias nas lojas do Clã Bretas?

    Digam aí, Abóboras Selvagens

  2. Pule de dez …

    Fica a impressão que sentenças e/ou decisões de juízes são tão mal redigidas, mal fundamentadas, grassada de erros bobos que tudo quanto é HB que é “sorteado” para S.Excª do STF é pule de dez. Com todo respetio.

    Acabou-se aquilo que se chamava de Ato Jurídico Perfeito ?

     

     

     

  3. Decisão não só justa, mas

    Decisão não só justa, mas sensata essa do ministro Gilmar Mendes, um magistrado com muitos defeitos, mas que aqui e acolá acerta uma. Dos onze, parece ser o único que não teme o “monstro”(opinião pública). 

    1. Até um relógio quebrado

      Até um relógio quebrado acerta as horas duas vezes por dia. Gilmar é pior que um relógio quebrado, é um relógio desonesto e descarado que marca as horas que quer de acordo com sua conveniência pessoal, por mais que seja absurdo, antiético e mesmo claramente criminosos. Mesmo assim às vezes sua conveniência pessoal coincide com a decisão mais acertada, mas é só isso, mera coincidência… E muito, muito raramente.

      1. Estão por aí registradas as

        Estão por aí registradas as críticas ácidas que sempre fiz, e faço, ao ministro Gilmar Mendes. Não de agora, mas desde meados dos anos 2000. Acho que jamais poderia ter assento no órgão de cúpula do Judiciário. Como acho também que há uma carrada de motivos para que ele enfrente um processo de impedimento. 

        Mas ninguém é de todo mau, como, seu contrário, só santidade. É o caso dele. Se age movido por razões pessoais ou políticas-ideológicas quando acerta, pouco me importa. O que deve ser sobrelevado nessas horas é o acerto, a pertinência da decisão. 

        1. Não tive a menor intenção de dizer que você estaria defendendo

          Não tive a menor intenção de dizer que você estaria defendendo o Gilmar Mendes e acho que meu comentário não dá margem para essa interpretação, porém se foi isso que lhe pareceu deixo registrado que não foi essa minha intenção.

          Se para você é não é  importante a motivação do Gilmar ao proferir essa decisão tudo bem, mas isso não impede que eu comente sobre esse ponto. Achei importante comentar que não acho que a atitude do Gilmar fosse motivada pela justiça, mas sim por puro oportunismo político já que esse tipo de decisão pode se voltar agora contra seus aliados políticos. Qiuando foi contra o PT ele aceitou, justificou e praticou todo tipo de arbitrariedade. Quem não se lembra das decisões diametralmente opostas dele em relação à nomeação de Lula e e Moreira Franco em situações absolutamente análogas e apresentando arumentações contraditórias entre ambos os casos?

          Também acho que  ‘Dos onze, parece ser o único que não teme o “monstro”(opinião pública)”‘, mas isso é por desfaçatez e truculência, não por bom senso.

          1. Minha réplica não foi de

            Minha réplica não foi de caráter defensivo, mas apenas a clarificação de um ponto de vista. 

  4. Às vezes até daquele que é o

    Às vezes até daquele que é o pior brasileiro vivo pode vir alguma decisão correta.

    Os motivos não sei, mas duvido que seja apenas pelo fato de ser “correta”.

  5. Gilmar Mendes mais uma vez correto e dando o exemplo

    Correta a decisão de Gilmar Mendes, um dos poucos magistrados do Brasil que conhece e entende o direito. O judiciário está contaminado por um bando de bunda-mole populista penal. Mendes é um dos últimos bastiões da magistratura. O grupo dos populistas penais é formado por concurseiros sem cultura jurídica e que não têm um centésimo da capacidade de Gilmar Mendes para julgar causas judiciais.

    Vem sendo o diferencial da magistratura brasileira, com franca liderança intelectual, independência e apego à lei, com decisões magistrais. Na minha opinião, é hoje o melhor, o mais importante e mais necessário juiz do Brasil. Tudo pelo que vem decidindo e as críticas que faz ao estado terrorista policial instaurado pela PF, MPF e pela Lava Jato, bem como pelos juízes que militam na cartilha Sérgio Moro.

  6. Eu, que particularmente não

    Eu, que particularmente não tenho poupado críticas ao protagonismo e à truculência desse senhor. Portanto, não poderia deixar de reconhecer que o Beiçola é ínico ministro desse stf minúculo e acovardado com disposição e culhôes pra enfrentar a opinião-publicada-padrão, no bom sentido, para tomar uma decisão correta, que desagrada a corriola de videotas e moralistas do momento.

    Concordo com a corretíssima e justa decisão de negar a transferência do condenado para os confins da pqp. Imagine se isso caisse nas mãos de dona Carmencita julgar. Vejam os senhores o poder desses caras, apenas por uma rancorosa reação autoritária de um juizeco, desembargador ou, a merda que seja dizendo-se ameaçado, pronto! Lascou-se. Ah seu juizeco de merda do Rio de Janeiro! Mostra que tu é machochô  e manda o Beiçola Boca de Caçapa praquele lugar…vai!

    Orlando

  7. Aliás, tem gente mais perdida do que cego em tiroteio

    Quem até hoje não entendeu que o ministro Gilmar Mendes estava certo na discussão que se seguiu contra o ministro Barroso não entendeu foi nada. Mendes estava certo e Barroso, errado, por isso apelou. mudando o assunto posto em pauta. Ficou com raiva por Mendes ter apontado o erro que foi o voto de Barroso na ADI dos precatórios. Mendes estava certo até quando citou que Barroso “soltou” o Zé Dirceu. E foi mesmo, no julgamento dos Embargos Infringentes, impedindo a condenação por formação de quadrilha. Essa é a verdade objetiva, o que exatamente aconteceu. Mendes soltou também o Dirceu, o que mostra que a alegação nada tem a ver com o direito em si. A alegação foi para mostrar que o populismo penal de Barroso é falso e demagógico. Amanhã ou depois ele irá emular o perfil garantista para fazer média, como hoje faz quando emula perfil populista penal.

    1. Afirmar categoricamente que

      Afirmar categoricamente que “o ministro Barroso SOLTOU o José Dirceu” é uma inverdade. Ele foi UM dos votos favoráveis na votação dos embargos infringentes(placar apertado de 6 x 5).

      Gilmar Mendes usou de metonímia porque, espertamente, sabe que o que evoca o nome José Dirceu. 

      1. No contexto do embate, a afirmação é válida e verdadeira

        Barroso, fazendo populismo penal, disse que ele prendia e outros ministros soltavam. Ora, o que Gilmar Mendes lembrou foi que ele soltou Zé Dirceu quando voltou favorável a ele no julgamento dos embargos infringentes, negando a formação de quadrilha ou bando. Isso é verdadeiro e serviu para refutar a alegação de Barroso. Pelo seu argumento, Barroso sequer poderia acusar Mendes de soltar acusados, já que os votos também são referendados pelo órgão colegiado. Não faz sentido a objeção.

  8. Claro como água

    Gente,

     

    de vez em quando o nosso inefável Ministro Gilmar precisa dar uma no cravo, para salvar as aparências.

    Simplesmente aproveitou a boa oportunidade…

     

    Até.

     

     

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