Juristas pela Democracia soltam nota em apoio à OAB

A OAB recomendou que as autoridades envolvidas nos gravíssimos atos publicados pelo The Intercept, a saber o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, sejam afastadas de seus cargos para que haja lisura nas investigações.

Jornal GGN – A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) soltaram, nesta segunda-feira, nota em apoio à OAB por ter assumido seu papel central na defesa da ordem jurídica. A OAB recomendou que as autoridades envolvidas nos gravíssimos atos publicados pelo The Intercept, a saber o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, sejam afastadas de seus cargos para que haja lisura nas investigações. Além disso, Sergio Moro, como ministro da Justiça, não poderia ter declarado que o material apreendido na Operação Spoofing, do hacker de Araraquara, seria destruído.

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirmou que Moro usa o cargo e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe de conversas de autoridades que não estão sendo investigadas.

Leia a nota a seguir.

Nota da ABJD em apoio à OAB

Os fatos gravíssimos que estão sendo revelados por vários meios de comunicação, em conjunto com o portal The Intercept Brasil, que comprometem a independência e a imparcialidade do Poder Judiciário, e a lisura de atos de membros do Ministério Público, requerem a manifestação de todas as entidades comprometidas com a democracia.

A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, compreendendo seu papel central na defesa da ordem jurídica, emitiu nota por meio de seu Conselho Federal no dia 10 de junho de 2019, em que afirmou seu compromisso em buscar junto às instituições a averiguação dos fatos divulgados, e recomendou que as autoridades envolvidas, a saber o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba, pedissem afastamento de seus respectivos cargos, com vistas a garantir a lisura das investigações, de forma plena e isenta.

Além disso, diante da deflagração da Operação Spoofing, que prendeu suspeitos de invadir ou tentar invadir o Telegram de autoridades, a Ordem pediu à Justiça Federal de Brasília a preservação das provas obtidas. A reação veio a partir de uma declaração do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que afirmou que o material encontrado com os presos seria “descartado para não devassar a intimidade de ninguém”.

Para o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, Moro “usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas”.

Assim agindo, a OAB cumpre a função que lhe cabe na democracia brasileira de exigir a correta aplicação do Direito. Respeitando os princípios do devido processo legal, pede o esclarecimento dos fatos graves que indicam risco aos alicerces do Estado Democrático de Direito, presentes na Constituição Federal de 1988.

Desse modo, nós, advogados militantes, professores de Direito, juízes, promotores, procuradores, servidores das diversas carreiras jurídicas e estudantes de Direito, parabenizamos e louvamos a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB que de forma corajosa, não se furtou ao papel que lhe foi atribuído pela sociedade brasileira.

Redação

1 Comentário

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  1. Nassif:à merda esses Juristas-não-sei-das-Quantas, com seus blá-blá-blá de MadalenaArrependida. Tavam adonde, quando os VerdeSauvas (sempre esses) conspiravam nas casernas e na Querência de CruzAlta a derrocado do governo e do Pais, em conluio com os gatunos e escrotos do Congresso? “Pela Pátria, pela Familia, por Deus”, ululavam os bandidos políticos sem que esse grupo emitisse uma só nota, até para mostrar que o buraco (como vimos) é mais em baixo. Porque daBala e as Milícias e Laranjas do Queiroz não são causa. São consequências. Oh, AlmiranteTamandaré, porque fostes dar ouvidos ao Imperador. Por quê não mandastes, como sugerido por Isabel, a Armada reduzir a PraiaVermelha em escombros? Talvez, ali, se cortasse o mal pela raiz…

    O pranto dos derrotados é livre. E dos covardes arrependidos, também…

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