O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto em meio à sua festa de aniversário de 50 anos temática ao PT na noite deste sábado (09/07) na cidade de Foz do Iguaçu (PR).
A festa teria sido invadida de carro pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, que gritava “Bolsonaro” e “mito”. Ele estava acompanhado de uma mulher e de uma criança pequena.
Segundo o site H2Foz, cerca de 40 pessoas entre familiares e vítimas estavam reunidos na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (ARESFI). A festa tinha como tema o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O guarda municipal pegou a sua arma para defender-se, por conta do receio pela volta do agressor – o que aconteceu minutos depois.
O agente penitenciário invadiu o local atirando em Arruda, que reagiu. Ambos foram atingidos e foram encaminhados ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck, mas não resistiram aos ferimentos e faleceram na madrugada deste domingo (10/07).
Em seu perfil do Facebook, Jorge Guaranho tinha uma foto que destacava seu apoio ao atual presidente, Jair Bolsonaro.
PT lamenta morte de militante
Casado e pai de quatro filhos, Marcelo Arruda era guarda municipal, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi) e tesoureiro do PT local.
“Marcelo era guarda municipal e um grande militante do PT, tendo sido nosso candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020”, disse o partido, em nota oficial assinada pela presidenta nacional, Gleisi Hoffmann, e pelo coordenador nacional do setorial de segurança pública, Abdael Ambruster.
“Embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos”, pontua a nota da sigla.
“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade”, ressalta o partido.
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