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A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, tem aumentado as estratégias de defesa em torno do presidente Jair Bolsonaro, tentando blindá-lo de possíveis reaberturas de investigações caso não seja reeleito.
Reportagem do jornal Folha de São Paulo destaca que, caso tais investigações sejam reabertas, essa escalada daria margem para que o próprio trabalho da Procuradoria-Geral da República (PGR) fosse questionado na Justiça.
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou uma ação por suposta prevaricação de Aras, mas indicou que isso não eliminaria novo processo caso “novos elementos” aparecessem.
Nomeada vice-procuradora em abril, Lindôra não só tem sido o braço-direito de Aras como tem assumido o desgaste político – e seu nome tende a ser considerado para assumir o Ministério Público Federal caso Bolsonaro seja reeleito.
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Foi essa bolsonarista que requereu o arquivamento da denúncia de terrorismo feita por mim ao STF contra os comandantes militares que ameaçaram a eleição e o TSE. Segundo ela, nós vivemos na mais absoluta normalidade. Obviamente ela não pode denunciar os parceiros da quadrilha política que pertence.
A Lindora incorre em grave erro de avaliação de futuro. Vejamos que se reeleito, bolsonaro ignorará solenemente considerar a escolha de seu nome para o lugar do Aras pelo simples fato de ela ser mulher. Na sua sede de poder ela não percebe que o bolsonaro a quem ela agora defende ferozmente a mantém sob controle manipulando habilmente suas ambições. Ela não reparou na relação Moro-Bozo.
Por outro lado, sendo eleito, Lula vai simplesmente dedetizar o MP e Lindora, ou se mimetiza ou vai se esconder numa cama box.