Maia quer usar CPMI das fake news como instrumento contra a disseminação de ódio às instituições

Declaração acontece em resposta a viralização nas redes sociais de declarações do ex-PGR Rodrigo Janot admitindo que teve a intenção de matar o ministro do Supremo Gilmar Mendes

Rodrigo Maia. Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – “Quero conversar com o Davi [Alcolumbre, presidente do Senado] para pedir que a CPMI seja organizada, para que a gente consiga obter, de fato, informações sobre esse mundo que viraliza o ódio às instituições”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, segundo informações da coluna Painel da Folha de S.Paulo.

A declaração acontece em resposta a viralização nas redes sociais das declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em um livro de memórias, ele confessou que chegou a andar armado com a intenção de matar um ministro do Supremo Tribunal Federal por ofensas feitas a sua filha. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele admitiu que seu alvo era Gilmar Mendes.

Rodrigo Maia quer organizar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Fake News para investigar a disseminação de fake news e barrar mensagens que instigam ódio.

O presidente da Câmara disse ainda que é preciso esclarecer que a investigação parlamentar não é “um instrumento da esquerda, não é para pegar Jair Bolsonaro, mas para entender quem é que financia essa porcaria, quem usa as redes para alimentar a raiva com informações falsas, colocando as pessoas contra as instituições”.

Em resposta ao relato de Janot, o Supremo Tribunal Federal ordenou na sexta-feira (27) uma ação de busca e apreensão pela Polícia Federal em endereços ligados ao ex-PGR, em Brasília.

“O grave relato, feito pelo próprio Janot à Folha e a outros veículos, e a consequente reação do Supremo disseminaram no Congresso e na PGR o sentimento de que a institucionalidade no Brasil chegou ‘no fundo do poço’”, pontua Daniela Lima, que assina a coluna Painel.

“Precisamos encontrar um caminho de racionalidade na defesa da nossa instituição, do Estado democrático e de que o STF atue nos limites da Constituição”, disse a subprocuradora Luiza Fricheinsen ao fazer um apelo aos colegas em grupos do Ministério Público Federal, após a busca e apreensão nos endereços de Janot.

“Temos que fazer com que hoje tenha sido o ponto máximo do descontrole. Temos que fazer um pacto pela racionalidade”, prosseguiu Fricheinsen.

Ainda segundo Daniela Lima, a repercussão “do caso Janot x Supremo fez com que o presidente da corte, Dias Toffoli, dissesse a interlocutores que não sabe se de fato vai levar ao plenário na quarta (2) a proposta de modulação da decisão que impôs forte revés à Lava Jato”, ponderando que a prioridade no momento é fechar “uma unidade para a defesa do STF.”

Redação

8 Comentários

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  1. Nao é…

    Não da pra tomar pelo “valor de face”…

    Assim como “o texto” da reforma da previdência, ou de qualquer matéria que dizem que “passa” ou que “nao passa” nas casas legislativas, o que está em questão, a mensagem, é, qual a negociação, qual a articulação do governo?

    Aos poucos estão montando barreiras contra o avanço dos boçais da nova política garganteira.

  2. Acordem, Maia e Tófoli. Essa história de pacto é furada…..como vão conseguir pactuar algo se continuam com as mesmas malandragens da quadrilha da lava jato? Se continuam querendo modular a decisão pela qual delatados teriam direito de só se defenderem depois de delatores os acusarem, fazendo dessa modulação uma artimanha para perpetuar a sacanagem que foram certos julgamentos da lava jato? Afinal, ministro Tófoli, por que a prioridade é fechar uma unidade para a defesa do STF e não para a defesa de todos quantos foram criminosamente prejudicados pelos cafajestes da lava jato? Não tem que modular nada não. Tem mais é que fazer cancelar todos os processos em que fraudulentamente os cafajestes condenaram pessoas. E nãoadianta Maia vir com a conversa mole de pacto sem que se coloquem os devidos pintos nos is. Lula tem que ser livre para começarmos a pactuar alguma coisa. O TSE tem que investigar rapidamente, julgar e cassar a chapa eleita criminosamente graças a fake news contra Haddad. Tem que haver nova eleição. Vocês, que são liderenças do congresso precisam pedir desculpas a Dilma por tê-la cassado através de um golpe. Ou vocês acham que é facil aceitarmos pacto onde os boçais criminosos continuem dando as cartas, quebrando cada vez mais o pais economicamente, moralmente perante o mundo? Vocês, do legislativo, mais gente do ministério público e judiciário semearam ódio….e agora estão com medo porque o Janot disse que quiz matar um ministro. Ora, nosso ódio contra golpistas tem limite e dêem-se por felizes pelo fato de o povo brasileiro, que com imensa maioria não é da direita radical criminosa, de esse povo não ter tratorado todos vocês dos seus confortáveis cargos. Não se esqueçam, se quizerem desfazer o ódio, tem que ser Lula Livre já, cassação dos criminosos fraudadores da eleição, nova eleição……….

  3. Não existe ódio as instituições e nem ao STF o que á e uma indignação em relação ao STF com as medidas que anda tomando para libertar corruptos, o povo está enxergando tudo muito bem , que o senado e a câmara não termite que nenhuma proposta antes para o avanço do Brasil, as únicas pautas que está sendo votada e para beneficiar os próprios políticos e suas politicagem

  4. Ou seja, Dias Toffoli vai “aguardar” um momento ideal?
    O bem maior do cidadão, garantido pela Constituição, A LIBERDADE, vai aguardar “fechar “uma unidade para a defesa do STF.”????
    Que canalhice é esta???????

  5. “…O presidente da Câmara disse ainda que é preciso esclarecer que a investigação parlamentar não é “um instrumento da esquerda, não é para pegar Jair Bolsonaro, mas para entender quem é que financia essa porcaria…” Tipo, esquerda é uma espécie de carimbo de coisa ruim, bandido, falta de qualidade… “Gente, não é porque eu, presidente desta casa, estou tomando uma atitude honesta e progressista que vou me tornar um bom caráter, abandonado vocês seu bando de mafiosos…” Maia está é gritando que não presta, mas não presta só até a página 16…

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