Operação mira rede de jogos de azar de Ronnie Lessa

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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De acordo com o MP, o esquema é protegido por policiais civis e militares. Delegado foi preso e R$ 1,2 milhão foram apreendidos na casa de uma delegada

Ronnie Lessa, policial aposentado acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. | Foto: Reprodução

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou nesta terça-feira (10) uma operação contra um esquema de jogos de azar comandado pelo bicheiro Rogério de Andrade e seu filho Gustavo de Andrade. De acordo com a denúncia, a organização criminosa era protegida por policiais civis e militares e tem como um dos membros o PM reformado Ronnie Lessa, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. 

Nomeada de Operação Calígula, a ação cumpre 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão. Até as 9h, quatro bingos foram estourados e o delegado da Polícia Civil Marcos Cipriano e outras dez pessoas foram presas. Além disso a força-tarefa apreendeu R$ 1,2 milhão na casa da delegada licenciada Adriana Belém. 

De acordo com a Promotoria, o grupo liderado pelos Andrades tinha acordos com policiais para proteger o esquema, mediante pagamento de propina. o grupo atuava no Rio e em outros estados brasileiros. 

Lessa estaria envolvido no esquema desde 2009, quando atuava como segurança de Rogério Andrade. Já em 2018, os dois abriram uma casa de apostas na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O local foi fechado pela Polícia Civil no dia da inauguração. Mas, após um acordo com a delegada Belém mediado por Cipriano, cerca de 80 máquinas foram liberadas e o local voltou a funcionar.

Ao G1, a Polícia Civil afirmou que Belém e Cipriano não têm cargos atualmente. “Adriana Belém está afastada de licença, e Cipriano, trabalhando em outra instituição. A Corregedoria solicitará acesso às investigações para dar andamento aos processos administrativos necessários”, declarou.

Cipriano foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil, já Belém é esperada no mesmo local para prestar esclarecimentos. Já Rogério e o filho são procurados. A defesa de Lessa ainda não se posicionou.

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