PF suspeita de compra irregular do jato de Eduardo Campos

Jornal GGN – A Polícia Federal quer saber se Aldo Guedes Álvaro, sócio do candidato Eduardo Campos, é o verdadeiro dono do jato que caiu em 13 de agosto, em Santos. Ele intermediou a compra da aeronave em nome de empresários e contratou os pilotos. A PF quer apurar se os empresários são apenas laranjas e se houve crime de ocultação de patrimônio e sonegação fiscal.

Polícia investiga se sócio de Campos é dono de jatinho

Por Ricardo Brandt

Do O Estado de S. Paulo

Compra foi intermediada por Aldo Guedes; negociação levanta suspeita de ocultação de patrimônio e sonegação de impostos

SÃO PAULO – A Polícia Federal investiga se o sócio do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, Aldo Guedes Álvaro, é o verdadeiro dono do jato Cessna Citation 560 XLS, prefixo PR-AFA, que caiu no dia 13, em Santos (SP), matando o candidato à Presidência do PSB e mais seis pessoas.

Homem de confiança de Campos, Guedes era seu sócio na Fazenda Esperança, área de 210 hectares, e na Agropecuária Nossa Senhora de Nazaré, em Brejão (PE). Ele também é casado com uma prima da família.

Agentes da PF já sabem que Guedes intermediou a compra feita em nome de três empresários pernambucanos e cuidou da contratação dos pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha, que morreram no acidente no litoral paulista.

Agora, a PF tenta provar que os três empresários que assumiram a compra seriam “laranjas” usados para ocultar o verdadeiro dono do jato. A aeronave é avaliada em US$ 8,5 milhões. Além de ocultação de patrimônio e sonegação fiscal, será apurado o aspecto eleitoral sobre o uso da aeronave na campanha.

O avião era de uso privado e está registrado em nome da AF Andrade, do Grupo Andrade (proprietários de usinas), com sede em Ribeirão Preto (SP). Pela Lei Eleitoral, o dono só poderia emprestar a aeronave para o candidato se trabalhasse com o aluguel ou venda de aeronaves. Se foi adquirido pela campanha, não está na prestação de contas da Justiça Eleitoral.

A AF Andrade, que está em processo de falência, só comunicou o negócio de venda à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) depois do acidente.

Os compradores seriam os empresários João Carlos Lyra Pessoa Monteiro de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Freire Bezerra Leite – todos de Pernambuco, donos de factorings e importadoras.

Quem assumiu os custos do leasing foram as empresas BR Par Participações Ltda. e Bandeirantes Companhia de Pneus Ltda., de Apolo Vieira.

Em nota, a Bandeirantes Pneus informou que estava em negociação de compra e que o jato só não havia sido transferido porque a Cessna Finance – que detém os direitos da aeronave até o leasing ser quitado – não havia aprovado as garantias das empresas para a transação.

A PF solicitou os contratos dessa negociação e começou a cruzar os dados das duas empresas e dos empresários para tentar saber se eles poderiam ter comprado o avião.

Aliado. Guedes, que ainda não tinha aparecido nessa história, acompanhava Campos desde a época em que era deputado federal. Atual presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), ele foi nomeado para o cargo em 2007, quando Campos assumiu o governo do Estado.

Antes, foi levado para o Ministério da Ciência e Tecnologia em 2004, quando Campos assumiu como ministro. Ele ocupou cargo de coordenador-geral de captação de recursos. Em nota, Guedes negou relação com a compra e contratação de pilotos. A campanha não se pronunciou e os demais citados não responderam às ligações.

 

Redação

28 Comentários

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  1. Com a palavra, os militantes

    Com a palavra, os militantes da Blablarina, ex Eduardistas emperdenidos, que acham “moderninho e puro” o modo de fazer política desta oposição que não vale 3 tostões .

    Que os que votarão na blablarina, e que  usam e se lambuzam da água mora paulistana, e ainda votarão no Alckimim, tentem  nos explicar tudo isso.

  2. Aero-política

    Show de aviões, aeroportos e helicópteros. A direita brasileira ataca pelo ar, já que não tem povão para a luta corpo a corpo

     

  3. Não está durando muito a

    Não está durando muito a ‘santidade’ do defunto…É só levantar a tampa do caixão e os podres começam a sair. O novo modo de fazer política não seria aprovado pelo avo do morto.

     

    1. Políticos brasileiros

      Existem dois tipos no Brasil: aqueles que já foram pegos na maracutaia e os que ainda não. Qualquer fato que fuja do cotidiano desses caras traz a tona as jogadas escusas.

  4. A blabarina vai agora voar do

    A blabarina vai agora voar do que? Sabia ela que os aviões a jato (como aquele que caiu e ninguém sabe quem é o dono) são das máquinas que mais poluem? Será que ela vai voara agora de planador, balão, ou de urubú?

    1. Depois de tudo que está se

      Depois de tudo que está se revelando agora, começo a duvidar de que a ausencia da Marina naquele vôo foi ato divino.

    2. Depende

      Depende das condições metereológicas Ricardo. Se estiver com tempo bom (Céu de brigadeiro) usará uma vassoura, se estiver chuvoso será um rodo para evitar aquaplanagem no pouso.

  5. Marina Silva, George Soros…

    Marina Silva, George Soros… e mais um suspeito acidente de avião

    Essa é uma matéria que dá o que pensar….

     Wayne Madsen é jornalista investigativo, autor e colunista. Tem cerca de vinte anos de experiência em questões de segurança. Como oficial da ativa projetou um dos primeiros programas de segurança de computadores para a Marinha dos EUA. Tem sido comentarista frequente da política de segurança nacional na Fox News e também nas redes ABC, NBC, CBS, PBS, CNN, BBC, Al Jazeera, Strategic Culture e MS-NBC. Foi convidado a depor como testemunha perante a Câmara dos Deputados dos EUA, o Tribunal Penal da ONU para Ruanda, e num painel de investigação de terrorismo do governo francês. É membro da Sociedade de Jornalistas Profissionais (SPJ) e do National Press Club. Reside em Washington, DC.

    19/8/2014, [*] Wayne Madsen, Strategic Culture

    Another Suspicious Plane Crash in Latin America Bolsters American and Globalist Interests”Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu Tradução:  http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/08/marina-silva-george-soros-e-mais-um.html

     

     

    1. Ninguem falou em “acidente

      Ninguem falou em “acidente suspeito”, de onde esse cara tirou isso?!

      (Concordo com varias partes do item, e com as pesadas ligacoes marineiras com o infeliz do Soros.)

  6. Bastou ela bater a Dilma

    Bastou ver-se que haverá certamente segundo turno e que Marina baterá Dillma com uns 50% a mais de votos do que ela!

    1. Comentário do site da Veja

      Comentário do site da Veja ??? Fui lá seguindo o link, e peguei esse aqui :

      Mauro Ferrari

      22/08/2014 às 21:34

      Nossa é dificil ler tanta baboseira, ainda mais quem não entende de avião e de crédito/financiamento.
      Primeiro: A aeronave não pertence ao Grupo Andrade, eles são somente os operadores da aeronave, o proprietário da aeronave é a Cessna Finance, uma instituição financeira americana. Para os idiotas e ignorantes de plantao, financiar uma aeronave ou qualquer ativo, vc não precisa de ter capacidade financeira para comprar, o financiamento da Cessna Finance é uma operação de longo prazo, assim como a Gol, a TAM e a Azul fazem com suas aeronaves. Se a TAM, a Gol e Azul comprassem seus aviões em vez de financiá-los, eles estariam quebrados, toda industria aeronautica trabalha alavancada, doi de ler tanta besteira de ignorante que não sabe nada de engenharia financeira.

      Segundo: Não existe transferência não regularizada de aeronave perante a ANAC, somente pode-se transferir a propriedade da aeronave assinando um termo e entregando a ANAC, sem isso, nenhum contrato firmado entre as partes tem validade perante a ANAC, mas como vcs são uns burros e falam merda, ficam denegrindo o operador da aeronave e a ANAC. A aeronave foi financiada, foi feito uma operação de leasing operacional, a aeronave é americana, o operador “aluga” um prefixo brasileiro junto a ANAC, mas para todos efeitos o registro e propriedade são da Cessna Finance, e somente ela pode fazer a transferencia e somente pode fazer através do orgão americano FAA (ANAC americana).

      Vão estudar e ralar antes de falarem um monte de besteira !!!!

       

      Como se pode ver, tem pra todo gosto.Se é verdade ou não, já é outro departamento.

       

      1. “Se é verdade ou não, já é

        “Se é verdade ou não, já é outro departamento”:

        Pode ser verdade como resposta ao comentario em questao, mas o que ouvimos ate agora nao bate com a situacao desse aviao especifico.

        Alias, o uso do “dono” e “comprador” na reportagem da falha de Sao Paulo ja era mau sinal.  Ta com uma cara que a falha ja sabia da existencia de um laranjal mesmo.

  7. Não é a toa que os

    Não é a toa que os necrológios de Eduardo Campos falavam de um político promissor…

    Será que a D. Renata e os “meninos”  sabiam que o jatinho era da família? Como será que o falecido explicou a sua aquisição?

    E a “santa enviada” Marina? Será que perguntou ao Eduardo de quem era o jatinho que ela frequentava?

    E o deputado do PSB que mandou caçar o André Vargas porque ele pegou carona no jato do doleiro sabia de quem era o avião que o Eduardo usava?

    Com negociatas assim fica fácil não desistir do Brasil.

  8.  
    Então o rapaz que cuidou da

     

    Então o rapaz que cuidou da ciranda cirandinha dos $$$  para arrumar os papéis da adoção do jatinho sem dono, começa a sair do armário.  Ao menos, teremos um exemplo concreto, de como o PSB do Eduardo Campos “pensava” esse tal de “Novo Jeito de Fazer Política.” Traduzindo, assim fica mais clareado pra nois semi-analfa. Agora vai.

    Um….entendi!….Então?… Perai… deixe eu  raciocinar um tiquinho…biziiii…biizziiziii..ahhh, tá bom. O Aldo Guedes Álvaro, seria uma versão, atualizada “muderna” do mesmo modelo, digamos assim, do “trator”  Serjão, do FHC ? …

    Isso quer dizer que: o Jeito Novo de Fazer Política, doravante, fica para ser disputado numa “melhor de dois” entre  o Neto de Tancredo, o do aeroporto no quintal do tio, versus a beata Salú, digo, Marina. Né isso?  Então tá bom.         

    Quem ganhar a disputa, vai à final com a Dona Dilma Rousseff .

     

    Orlando

  9. e eu que levava fé nos novatos…

    e eu que acreditei que eles queriam viver para uma nova política e não apenas continuar vivendo da velha política

  10. Vôo de demonstração para Eduardo campos em Abril –

     Por Fernando Ruy Costa –  22/08/2014 às 19:22

    Foi dito pelo próprio EX piloto da aeronave e EU VI, que o último voo que esse piloto comandou, foi em Abril, num vôo de demonstração para Eduardo Campos que APROVOU a aeronave.

    Ora, se o avião era de alguem que o colocou à disposição do ” partido” de Campos, porque este teria que o aprovar? Quem compra um jatinho para logo o colocar a disposição integral de um candidato ainda mais de um partido que diz que quer romper com o “velho” e ser o “novo”, Porque alguém venderia uma aeronave NOVA por um preço inferior ao que custa nos Estados Unidos, isso sem contar com os impostos de importação.

    Porque uma empresa que esta em concordata vende um avião e não usa os recursos para abater a sua dívida??

    A Policia Federal responde isso tudo fácil, fácil. Basta que deixem.

    Comentário que peguei aqui :

    http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/eleicoes-2014/duvidas-sobre-

  11. Os comentarios aqui são

    Os comentarios aqui são simplesmente ridiculos por causa do desconhecimento completo do tema.

    1.O “trade” de aviões executivos é complexo e especializado, quem não convive com isso nem deveria dar palpite sem saber do que esta falando. Importação, nacionalização, registro tem REGRAS definidas, sem conhece-las não há o que falar.

    2.Avião fabricado no exterior só adquire bandeira brasileira depois de um completo processo de importação e registro, se for leasing, como é na maioria dos casos, o processo é minuciosamente checado pela leasadora. A hipotese de um avião relativamente novo estar com documentação irregular é remoto, sem seguro não voa e o seguro é a favor da lesadora.

    3. Uma coisa é a TITULARIDADE contratual do aparelho, outra coisa é seu uso. O TITULAR do avião como lessee pode fazer dele o uso que bem entender, nada impede de empresta-lo de graça para um amigo, amante ou primo. Não precisa avisar a ANAC, o DECEA ou quem quer que seja para quem emprestou, todo passageiro deixa seu nome e RG quando embarca, essa comunicação fica registrada para qualquer eventualidade.

    4.A LEGISLAÇÃO ELEITORAL é outra coisa. Lá precisa haver a comunicação da doação das horas de voo MAS a falta dessa comunicação pode ser sanada a qualquer tempo, se pssar do prazo há multa, MAS NÃO É UM CRIME.

    5.O fato da TITUALRIDADE estar em nome de alguem e outro usar não significa nenhuma irregularidade.

    6.A transferencia de titularidade é complicada, leva tempo, nada tem a ver com o uso, o avião pode ser emprestado.

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