Banco Mundial desenvolve projeto pioneiro de monitoramento da seca no Brasil

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O Banco Mundial está promovendo uma iniciativa no Brasil para a instalação do primeiro sistema nacional de monitoramento constante da seca, que deverá funcionar no Ceará, um dos estados mais secos do país.
 
O climatólogo norte-americano Donald Wilhite está à frente do projeto e afirma que os dados coletados vão ajudar na construção de políticas públicas para solucionar o problema. Por isso, as autoridades devem estar atentas às secas para promover mudanças no planejamento e na gestão de crises.
 
“Limitar-se a reagir a elas é muito custoso e tem outras consequências negativas, não só para as pessoas, mas para os vários setores econômicos”, enfatizou o climatólogo.
 
Mais de dois bilhões de pessoas sofreram com as secas no último século e 11 milhões morreram em função delas, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que alerta para o fato de que a seca causa tantas ou mais perdas de vida e bens materiais do que qualquer outro fenômeno natural, como furacões e terremotos.
 
Para prevenir qualquer tipo de desastre natural, Wilhite afirma que a comunicação é muito importante. “Os meios de comunicação não só devem informar sobre a seca, mas sobre o processo de planejamento contra esses desastres. Diferentemente dos cientistas, os jornalistas sabem transmitir as mensagens de forma que as pessoas as entendam”, declarou.
 
O especialista destaca ainda que a prevenção é um processo longo e que esboçar um plano concreto com as autoridades brasileiras deve levar em torno de seis meses.
 
Segundo ele, “é preciso tempo para integrar tanta gente e para que todo mundo entenda o problema. E ainda mais tempo para desenvolver as ferramentas para a ação”.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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