Influência humana no aquecimento global é evidente, alerta novo relatório do IPCC

Aumento das concentrações de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso na atmosfera foram substancialmente registrados desde o início da era industrial e persistirão por séculos.

Foto: UN Chronicle

Foto: UN Chronicle

As atividades industriais do ser humano têm sido a causa dominante das mudanças climáticas globais desde meados do século 20 e as concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa, que apresentam níveis nunca antes vistos em pelo menos 800 mil anos, vão persistir por muitos séculos. É o que afirma a versão final do relatório apoiado pela ONU sobre mudanças climáticas lançado na última quinta-feira (30).

documento, que explica as ameaças do aquecimento global, como o derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia e da Antártida, a elevação dos níveis dos oceanos, aumento de ciclones e ondas de calor, é um resumo das conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

“Limitar as alterações climáticas vai exigir reduções substanciais de emissões de gases de efeito estufa”, ressalta a publicação, acrescentando que mesmo que as emissões de dióxido de carbono (CO2) parem, as consequências das alterações climáticas vão persistir por muitos séculos.

“A influência humana foi detectada no aquecimento da atmosfera e do oceano, em mudanças no ciclo global da água, em reduções de neve e gelo, no aumento global do nível do mar e em mudanças em alguns eventos climáticos extremos”, diz o relatório.

O documento ressalta que é muito provável que mais da metade do aumento observado na temperatura média da superfície global de 1951 a 2010 foi causado pelo aumento de gases de efeito estufa emitido por atividades humanas. Algumas das principais emissões de CO2, metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) foram feitas desde o início da era industrial, há 250 anos.

Ele observa que cada uma das últimas três décadas tem sido sucessivamente mais quente na superfície da Terra do que qualquer década anterior desde 1850 e mudanças climáticas extremas têm sido notadas desde cerca de 1950, com frequentes ondas de calor na Europa, Ásia e Austrália e aumento ou diminuição de chuvas em alguns lugares da América do Norte e da Europa.

Nas regiões frias, o relatório afirma que a média anual do gelo do mar Ártico diminuiu ao longo do período de 1979 a 2012 a aproximadamente 3,5% a 4,1% por década. A temperatura do subsolo congelado também aumentou desde o século 20.

Em partes do norte do Alasca, a temperatura subiu 3ºC e no norte da Rússia até 2ºC. Quanto ao nível do mar, o aumento registrado de 1901 a 2010 de 0,19 metros foi maior do que o aumento registrado nos últimos dois milênios.

Na maioria dos cenários estudados pelo IPCC, as mudança de temperatura da superfície global para o final do século 21 devem ultrapassar os 1,5°C em relação a 1850-1900, porém, podendo chegar a 2ºC.

O relatório ainda prevê que, até o final do século, a cobertura de gelo nos polos e no hemisfério norte vai continuar diminuindo e os níveis do mar e a temperatura aumentando. Acesse o documento emwww.climatechange2013.org

Redação

23 Comentários

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  1. Nassif
    Da mesma forma que

    Nassif

    Da mesma forma que destruimos a natureza, também seremos extintos….

    Nessa velocidade,  talvez não duremos Mil anos….

     

      1. Raul
        Por enquanto, nós, seres

        Raul

        Por enquanto, nós, seres racionais, somos os unicos que conseguimos nos adaptar a condições extremas.

         

         

        1. Concordo e acho incrivelmente

          Concordo e acho incrivelmente maravilhoso nossa capacidade de adaptação. É uma opinião (leiga) minha, mas assim como a tecnologia e industria cresce de forma exponencial, a poluição crescerá neste mesmo ritmo, culminando num momento que não haverá tempo exatamente para nossa adaptação. Infelizmente acho que haverá alterações muito bruscas.

          Mas como eu disse Mário, esta é uma opinião bem particular. Espero que eu esteja errado e você certo 😉

          Pensando bem, ainda você estando certo, mil anos continua sendo desanimador, o ideal seria nós dois estarmos errados 😉

          1. Raul
            O filme (um dia depois

            Raul

            O filme (um dia depois de amanhã) é uma fantasia que nos leva a pensar, principalmente nos dialogos sobre o clima.

            Já assistiu?

          2. Lembro muito bem dele, mas

            Lembro muito bem dele, mas infelizmente este me passou batido. Além de ser com o ótimo Jake Gillenhaal, como acabo de conferir, ele possui um lado reflexivo interessante, sobre o tema?

  2. Cientistas do clima exigem mudança radical

    Esquerda.net

    http://www.esquerda.net/artigo/os-novos-revolucionários-cientistas-do-clima-exigem-mudança-radical/31092

    Os novos revolucionários: Cientistas do clima exigem mudança radical
    Para evitar uma mudança climática catastrófica, os maiores especialistas da Grã-Bretanha pedem cortes de emissões que exigem “mudança revolucionária na hegemonia política e económica” Artigo de Renfrey Clarke, na Climate and Capitalism.
    Artigo | 25 Janeiro, 2014 – 13:08

    Kevin Anderson, vice-diretor do Centro Tyndall para Pesquisas sobre Alterações Climáticas, é uma das vozes que pede alterações revolucionárias para combater a catástrofe climática. Foto Beyond the Tipping Point?/Flickr

    “Hoje, após duas décadas de bluffs e mentiras, o objetivo dos 2°C que falta cumprir exige uma mudança revolucionária na hegemonia política e econímica.” Isso foi publicado num post de blog no ano passado por Kevin Anderson, professor de Energia e Alterações Climáticas da Universidade de Manchester. Um dos cientistas do clima mais eminentes da Grã-Bretanha, Anderson também é vice-diretor do Centro Tyndall para Pesquisas sobre Alterações Climáticas.

    Ou, podemos passar esta mensagem direta, a partir de uma entrevista em novembro: “Precisamos de ação de baixo para cima e de cima para baixo. Precisamos de mudança em todos os níveis.” Proferiu essas palavras a investigadora sénior do Centro Tyndall e professora da Universidade de Manchester Alice Bows-Larkin. Anderson e Bows-Larkin são especialistas líderes mundiais sobre os desafios da mitigação das alterações climáticas.

    Em dezembro, os dois foram atores centrais da “Conferência de Redução Radical de Emissões”, promovida pelo Centro Tyndall e realizada nas instalações de Londres da instituição científica de maior prestígio da Grã-Bretanha, a Royal Society. O “radicalismo” do título da conferência refere-se a um apelo dos organizadores para cortes de emissões anuais na Grã-Bretanha de pelo menos 8 por cento – o dobro da taxa comumente citada como possível dentro das estruturas económicas e políticas de hoje.

    A conferência chamou atenção e recebeu ampla cobertura. Em Sydney, o Daily Telegraph, de propriedade dos Murdoch, descreveu os participantes como “desequilibrados” e “eco-idiotas”, passando a citar um “conselheiro de alterações climáticas sénior” para a Shell, dizendo:

    “Essa era uma sala cheia de catastrofistas (referindo-se a ‘aquecimento global catastrófico’), com a visão predominante… de que o problema só poderia ser resolvido pela completa transformação dos sistemas de energia e político globais… uma conferência de ideologia política.”

    De facto. A postura de “reticência”, tradicional dos cientistas, que, no passado, visavam principalmente ater-se às suas especialidades e evitar comentários sobre as implicações sociais e políticas de seu trabalho, já não é o que era.

    Irritados

    Os cientistas do clima têm ficado particularmente irritados com a recusa dos governos de agir, mesmo com as repetidas advertências sobre os perigos da mudança climática. Para aumentar a amargura dos pesquisadores, em mais do que em casos isolados, foram feitas pressões sobre eles para amaciar as suas conclusões, de modo a evitar mostrá-las a governantes e decisores políticos. As pressões para que se evite levantar “questões fundamentais e desconfortáveis” podem ser fortes, explicou Anderson em uma entrevista em junho passado.

    “Os cientistas estão a ser persuadidos a desenvolver conjuntos cada vez mais bizarros de cenários… que sejam capazes de entregar mensagens politicamente palatáveis. Tais cenários subestimam a taxa de crescimento das emissões atual, assumem picos ridiculamente precoces nas emissões e trocam os compromissos para ficar abaixo [de um aquecimento] de 2°C por uma percentagem de chance de 60 a 70 de exceder esses 2°C”

    Anderson e Bows-Larkin têm sido capazes de desafiar tais pressões ao ponto de terem sido coautores de dois artigos notáveis e relacionados entre si, publicados pela Royal Society em 2008 e 2011.

    No segundo deles, os autores fazem uma distinção entre países ricos e pobres (tecnicamente, nas categorias do “anexo 1” e “não-Anexo 1” da ONU), ao calcularem as taxas de redução de emissões em cada conjunto, que seriam necessárias para manter a temperatura média global a não mais que 2 graus dos níveis pré-industriais.

    A notícia embaraçosa para os governos é que os países ricos do Anexo 1 precisam começar imediatamente a cortar suas emissões com taxas de cerca de 11 por cento ao ano. Isso permitiria que os países fora do Anexo 1 atrasem seu “pico de emissões” até 2020, permitindo o desenvolvimento de suas economias e a elevação dos padrões de vida de seus habitantes.

    Mas os países pobres também teriam, então, de começar a cortar suas próprias emissões a níveis sem precedentes – e as chances de aquecimento superior a 2 graus de aquecimento ainda seriam em torno de 36 por cento. Mesmo para uma chance de 50 por cento de aquecimento superior a 2 graus, os países ricos teriam de cortar suas emissões a cada ano a uma taxa de 8-10 por cento.

    Como Anderson aponta, é praticamente impossível encontrar um economista mainstream que veja reduções anuais de emissões de mais de 3-4 por cento como compatíveis com qualquer coisa, exceto recessão severa, com uma economia constituída nos atuais termos.

    Quatro graus?

    E se o mundo mantiver as suas economias baseadas no mercado e, depois de um pico em 2020, começar a reduzir as suas emissões com base nestes 3-4 por cento “permitidos”? No seu artigo de 2008, Anderson e Bows-Larkin apresentam números que sugerem um possível nível de dióxido de carbono na atmosfera equivalente de 600-650 partes por milhão como resultado. O climatologista Malte Meinshausen estima que 650 ppm daria uma probabilidade de 40 por cento de exceder não apenas dois graus, mas quatro!

    Anderson, no passado, já se pronunciou sobre o que podemos esperar de um “mundo de quatro graus”. Numa palestra pública em outubro de 2011 ele descreveu como “incompatível com uma comunidade global organizada”, “provável que esteja além da adaptação” e”devastador para a maioria dos ecossistemas”. Além disso, um clima quatro graus mais quente teria “uma alta probabilidade de não ser estável”. Isto é, quatro graus seria uma temperatura intermediária, rumo a um nível de equilíbrio muito mais quente.

    Conforme relatado no jornal The Scotsman, em 2009, ele concentrou-se no elemento humano:

    “Eu acho que é extremamente improvável que nós não tenhamos morte em massa a 4°C [de aquecimento global]. Se tivermos uma população de nove mil milhões até 2050 e chegarmos a 4°C, 5°C ou 6°C, pode-se ter 500 milhões de pessoas sobrevivendo”.

    Não admira que essas pessoas bem informadas estejam a revoltar-se.

    Métodos de mercado?

    Anderson também emergiu como um poderoso crítico da ortodoxia de que a redução das emissões deve ser baseada em métodos de mercado, se se deseja que ela funcione. Os seus pontos de vista sobre este ponto foram trazidos para o foco em outubro passado, numa resposta afiada para o chefe das Nações Unidas sobre alterações climáticas – e entusiasta do mercado – Rajendra Pachauri:

    “Eu discordo do otimismo do Dr. Pachauri que mercados e preços possam garantir compromissos da comunidade internacional em limitar o aquecimento a 2°C”, como publicado no jornal britânico Independent, citando Anderson. “Eu sustento que tal abordagem baseada no mercado está condenada ao fracasso e é uma distração perigosa de um quadro regulatório padronizado e abrangente”.

    Crítico dos esquemas de redução baseados no mercado, Anderson centra a sua conclusão em que o limite de dois graus “não é mais possível por meio de mitigação gradual, mas apenas através de cortes profundos nas emissões, ou seja, reduções não-marginais no nível de mudança qualitativa.

    “Uma premissa fundamental da economia neo-clássica contemporânea é que os mercados (incluindo os mercados de carbono) só são eficientes na alocação de recursos escassos, quando as mudanças que estão a ser consideradas são muito pequenas – ou seja, marginais.

    “Para termos uma boa chance de ficar abaixo de dois graus Celsius”, Anderson observa, “as emissões futuras do sistema energético da União Europeia… necessitam de redução a taxas de cerca de 10 por cento ao ano – uma mitigação para colocá-las muito abaixo do que a redução marginal que os mercados são capazes de nos oferecer.”

    Se forem feitas tentativas de assegurar essas reduções por meio de métodos de cap-and-trade, argumenta, “o preço do carbono será quase certamente muito além de tudo do que possa ser descrito como marginal (provavelmente muitas centenas de euros por tonelada) – daí os argumentos de ‘eficiência’ e os ‘benefícios de menor custo’ alegados pelos que defendem o mercado já não se aplicam.”

    Ao mesmo tempo, as implicações do ponto de vista da equidade e justiça social seriam devastadoras. Anderson ressalta:

    “O preço do carbono poderá ser sempre pago pelos ricos. Podemos comprar um 4WD/SUV ligeiramente mais eficiente, reduzir um pouco nossos voos frequentes, considerar ter uma casa de férias menor, mas no geral nós continuaremos com as nossas vidas como de costume. Enquanto isso, as camadas mais pobres da nossa sociedade … teriam que fazer ainda mais cortes no aquecimento e na energia nas suas moradias alugadas, inadequadamente isoladas termicamente e mal projetadas”.

    A agenda da energia

    No curto prazo, Anderson argumenta, uma “agenda de energia para dois graus” requer “reduções rápidas e profundas na demanda de energia, com início imediato e continuação por pelo menos duas décadas”. Isto permite ganhar tempo enquanto um sistema de abastecimento de energia de baixo carbono é construído. Um “plano radical” para redução de emissões, ele indica, está entre os projetos em curso no âmbito do Centro Tyndall.

    O custo dos cortes de emissões, insiste, precisa recair “naquelas pessoas principais responsáveis pelas emissões”. Como citado pela escritora Naomi Klein, Anderson estima que 1-5 por cento da população é responsável por 40-60 por cento das emissões de carbono.

    Embora não rejeitando mecanismos de preços num papel de apoio, Anderson argumenta que o volume necessário de cortes de emissões só pode ser alcançado através de regulamentos rigorosos e cada vez mais exigentes. A sua “lista provisória e parcial” inclui o seguinte:
    Padrões de energia/emissões estritos para os eletrodomésticos, automóveis, etc., com uma sinalização clara para o mercado de que tais normas irão apertar anualmente, por exemplo começando com restrição de 100gCO2/km para todos os carros novos a partir de 2015, reduzindo em 10 por cento a cada ano até 2030.
    Normas de fornecimento de energia estritas, por exemplo, para 350gCO2/kWh na geração de eletricidade como o nível de emissões médio da carteira de um fornecedor de centrais elétricas; com redução em torno de 10 por cento ao ano.
    Um programa de implantação de normas de energia/emissão rigorosas para equipamentos da indústria.
    Padrões de eficiência mínima rigorosos para todas as propriedades para venda ou aluguer.
    Um padrão mundial de baixa energia para todas as casas novas construções, escritórios, etc.

    Fazer valer esses padrões radicais, argumenta ele, “pode ser alcançado, pelo menos inicialmente, com as tecnologias existentes e com pouco ou nenhum custo adicional”.

    Crescimento económico

    Para se ter uma hipótese razoável de manter o aquecimento abaixo de 2 graus, Anderson defende, os países ricos teriam de abrir mão de crescimento económico por pelo menos dez a vinte anos. Aqui, ele baseia-se na sabedoria convencional de “modeladores de avaliação integrada” – e pode estar bastante errado. O americano Joseph Romm, blogger líder em clima, no ano passado, chegou a conclusões bastante diferentes:

    “A última revisão do IPCC da literatura económica dominante mostra que mesmo para a estabilização em níveis de CO2 tão baixos quanto 350 ppm, os custos médios macroeconómicos globais em 2050 correspondem a uma desaceleração do crescimento médio anual do PIB mundial em menos de 0,12 ponto percentual. Deveria ser óbvio que o custo líquido é baixo. O consumo de energia é responsável pela esmagadora maioria das emissões e os custos de energia são tipicamente cerca de 10 por cento do PIB”.

    Numa conjuntura em que não faltam trabalhadores desempregados e grande parte da capacidade industrial mantém-se não utilizada, mobilizar recursos e mão de obra para substituir equipamentos poluentes poderia aumentar drasticamente o Produto Interno Bruto. Além disso, essas contas precisam considerar os absurdos do próprio PIB como uma ferramenta de medição, já que conta a construção de prisões e o desenvolvimento de sistemas de armas como atividades produtivas. Anderson destaca algumas dessas contradições, quando afirma:

    “As taxas de mitigação bem acima dos 3 a 4 por cento ao ano dos economistas ainda podem revelar-se compatíveis com alguma forma de prosperidade económica.”

    Na verdade, reconstruir o nosso sistema industrial ineficiente e poluente poderia permitir que a grande maioria de nós pudesse levar uma vida mais rica e mais gratificante.

    Represálias

    Onde Anderson não está errado é em antecipar, em vários momentos, no seu blog e em entrevistas, que qualquer movimento sério para reduzir as emissões com as taxas exigidas irá encontrar resistência feroz. Ativos industriais, principalmente gigantescas fábricas movidas a combustível fóssil, ficariam “encalhados”. Reservas já comprovadas de carvão, petróleo e gás terão de ser deixadas no chão.

    Como os cientistas acusados em 2009 no caso espúrio do “Climategate”, as pessoas que falaram na Conferência de Redução de Emissões Radical agora esperam sentir as queimaduras do maçarico das represálias conservadoras.

    Junto com Anderson e Bows-Larkin, é provável que um alvo em particular seja o diretor do Centro Tyndall, Professor Corinne Le Quéré, que apresentou o caso científico para a redução de emissões rápidas. Quatro académicos australianos que contribuíram via rede, inclusive o cientista do clima Mark Diesendorf, já estão sob ataque pessoal venenoso por parte do Daily Telegraph.

    O “crime” cometido pelos investigadores do Centro Tyndall é muito maior do que os e-mails vagamente formulados que foram apreendidos em como pretexto para “Climategate”. Com outros membros da comunidade científica do clima, essas pessoas corajosas têm desafiado a ideia de que corporações poluidoras e os governos que as apoiam ligam alguma coisa à preservação da natureza, da civilização e da vida humana.

    Renfrey Clarke é jornalista e editor australiano. Artigo original publicado em Climate and Capitalism. Traduzido e republicado por Alexandre Costa no blogue “O que você faria se soubesse o que eu sei?”

    1. Falar em “mudança revolucionária…

      …hegemonia política e económica” excita e deixa molhadinhos os esquerdistas.

      O Tyndall Centre recebe em torno de 80% das suas verbas do governo britânico e cerca de 20% da união européia…

      Não sabia que essas duas instituições estão querendo derrubar as corporações multinacionais do centro das decisões…

  3. Tradução Adaptativa Aos IFO

     

    Peraí, a ONU diz uma coisa e o tradutor diz outra coisa. Isso é uma irresponsabilidade! Podemos chamar de “tradução adaptativa aos interesses do formador de opinião”. Tradutor: “Influência humana no aquecimento global é evidente, alerta novo relatório do IPCC” ONU: “Human cause of global warming is near certainty, UN reports” Tradução correta: “Causa humana do aquecimento global é quase certeza, informa ONU”   Tradutor: “Limitar as alterações climáticas vai exigir reduções substanciais de emissões de gases de efeito estufa”, ressalta a publicação, acrescentando que mesmo que as emissões de dióxido de carbono (CO2) parem, as consequências das alterações climáticas vão persistir por muitos séculos. Tradução correta: “A limitação das alterações climáticas vai exigir reduções substanciais e sustentadas de emissões de gases de efeito estufa”, salienta, usando o termo “extremamente provável” para a causalidade humana desde meados do século 20, ou seja, há de 95 a 100 por cento de probabilidade de que a humanidade, e fenômenos que não ocorrem naturalmente, sejam os culpados, um aumento de 5 por cento a partir da (anterior) de 90 a 100 por cento de probabilidade “muito provavelmente” do último relatório do IPCC em 2007. Neste último parágrafo suprimiu um trecho importante, que é a certeza que o IPCC  tem que o aquecimento global seja de causa humana. A certeza do IPCC, passou de 90 a 100 % para 95 a 100%. Se a concentração de gás carbonico e outros gases chamados “de efeito estufa”, como ele afirma e é correto, nunca foi tão alta desde a 800 mil anos atrás, por que estamos experimentando temperaturas absolutamente corriqueiras para os períodos interglaciais desde esses mesmos 800 mil anos atrás?

  4. Não se pode falar mal do

    Não se pode falar mal do IPCC, senão vira a Geni e será acusado pelos Marineiros: de defender a destruição da Amazônia, viúva das chaminés, etc.

    Porém seus maiores críticos não são leigos como eu, mas os estudiosos das temperaturas (Climatologistas).

    Já foi comprovado que antes da Revolução Industrial (1750) e da inveção dos medidores de temperatura o clima da Terra já foi mais extremo que hoje em dia.

  5. Aquecimento global antropogênico…

    Eles estão enfrentando os poderosos?

     

     Sir Leszek Borysiewicz, vice-chanceler da Universidade de Cambridge – o ganhador do prêmio – príncipe Charles, herdeiro do Reino Unido – Paul Polman, CEO da Unilever e também membro do board of directors da Dow Chemical

    Há alguns dias atrás, durante a entrega do prêmio “Unilever de vida sustentável para jovens empresários” ou “príncipe de Gales para jovens empresários sustentáveis”, o príncipe Charles, herdeiro da coroa do Reino Unido, declarou que os céticos do aquecimento global causado pelo homem são “galinhas sem cabeça”, ou seja, nós agimos irracionalmente, somos pessoas descontroladas e sem nenhuma conexão com a realidade. Não nos importamos com os fatos e nem com o tal consenso científico, apenas somos tolos demais ou influenciados demais para aceitarmos a sua verdade. Nem mesmo somos capazes de admitir a maravilha ambiental que é a corporação Unilever.

    “…em nosso mundo moderno temos tamanha confiança cega na ciência e na tecnologia que aceitamos o que dizem sobre tudo, até na ciência do clima.”

    “De repente e com uma avalanche de intimidações somos informados por grupos poderosos de negadores que os cientistas estão errados e devemos abandonar nossa fé nas evidências científicas esmagadoras.”

    “Acabamos de ver meios engenhosos que os jovens estão criando para se afastarem do modelo econômico de “ter, fazer e desfazer”.

    “Então eu gostaria de saudar Paul Polman e a Unilever pelo apoio a este prêmio. É uma empresa que nunca se afastou do árduo caminho da sustentabilidade.”

    Belas palavras do discurso do príncipe. Grupos poderosos, quem são esses grupos que o ameaçam para abjurar da fé nas esmagadoras evidências científicas? Serão mais fortes que a academia, que as corporações como a Unilever e a família real britânica?

    O ter, fazer e desfazer é uma simplificação do incentivo ao consumo além do necessário e da obsolescência programada, pergunto: o departamento de marketing da Unilever não incentiva exatamente isto? E também não lança novas famílias de produtos constantemente? Hipocrisia pouca é bobagem. Antes da Unilever (e da Dow) Paul Polman foi alto executivo da Procter & Gamble e da Nestlé, o que demonstra os seus antecedentes “sustentáveis”

    Há quase quarenta anos, desde que encerrou o seu tempo de serviço na marinha britânica, após cinco longos anos de atividades, o herdeiro da coroa do Reino Unido tem se dedicado exclusivamente a espalhar as suas ideias pelo mundo. Com a sua confiança e fé cega na ciência não podemos descartar que como o seu tio-avô, Eduardo VIII, ou o pai, o príncipe Philip, possa apoiar uma solução final para os céticos do AGA. Afinal ambos os lados da sua família possuíam vários apoiadores do nazismo e a eugenia também foi uma ciência que obteve consenso nos dois lados do Atlântico.

    A histeria ambientalista política e a sustentabilidade corporativa caminham juntas, possuem exatamente o mesmo objetivo: controle social em suas mãos! 

    Discurso do príncipe no prêmio “sustentável” da Unilever
    Headless chicken 
    Prêmio Charles da Unilever

  6. só há uma saída para céticos

    “…em nosso mundo moderno temos tamanha confiança cega na ciência e na tecnologia que aceitamos o que dizem sobre tudo, até na ciência do clima.”

    Frase burocrata e infeliz do monarca, na verdade temos todo ceticismo cientifico que nos ilumina e garante um horizonte de sobrevivência. A despeito da frase, só resta aos céticos do clima produzirem um modelo climático melhor que os atuais. Isto implica necessariamente em melhor ciência e melhor tecnologia.

  7. The Age of Stupid (“A Era da

    The Age of Stupid (“A Era da Estupidez”, no Brasil) é um filme de 2009 dirigido por Franny Armstrong e produzido por Lizzie Gillett.

    O filme é um híbrido de drama-documentário-animação estrelando Pete Postlethwaite como um homem que vive sozinho no mundo devastado de 2055, vendo imagens de arquivo a partir de 2008 e perguntando: Por que não nos salvamos quando tivemos chance?

    https://www.youtube.com/watch?v=IRwa7JLsJn8

  8. Seguem links para as duas
    Seguem links para as duas edições do programa Cidades e Soluções, da Globo News, (exibidas em set/out. de 2013) em que membros do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) foram entrevistados pelo jornalista André Trigueiro. No 1º vídeo, foram debatidas as informações contidas no último relatório do IPCC, e, no 2º, os efeitos do aquecimento global em nosso país.  1) Por dentro do novo relatório do IPCC: O Cidades e Soluções recebe os convidados Carlos Nobre, secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Emilio La Rovere, coordenador científico do PBMC  e coordenador do centro clima da Coppe/UFRJ, e Suzana Kahn,  vice-presidente do Grupo de Mitigação do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) e presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudança Climática.  http://g1.globo.com/globo-news/cidades-e-solucoes/platb/2013/10/07/por-dentro-do-novo-relatorio-do-ipcc/ 

    2) De que maneira a mudança do clima atinge cada um de nós aqui no Brasil? Quais os impactos previstos sobre a agricultura, a produção de energia, a elevação do nível do mar, a saúde pública, entre outras áreas estratégicas para o país? Mais de 300 cientistas brasileiros produziram um relatório inédito que traz respostas importantes para essas e outras perguntas. O Cidades e Soluções desta semana ouviu alguns desses cientistas para debater sobre o assunto. São eles: Carlos Nobre, secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Emilio La Rovere, coordenador científico do Painel Brasileiro de Mudança Climática e coordenador do Centro Clima da COPPE-UFRJ, e Suzana Kahn, vice-presidente do Grupo de Mitigação do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) e presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudança Climática.  http://g1.globo.com/globo-news/cidades-e-solucoes/platb/2013/10/10/cidades-e-solucoes-os-impactos-da-mudanca-do-clima-no-brasil/

     

  9. ainda não me convenceram..

    nenhum dos dois lados, os que defendem e os que negam a ação Antropogênica como fator principal do aquecimento global, ainda me convenceram..há argumentso muito bem fundamentados de ambas as partes..um dia desses vi um climatologista dizendo que o homem é responsável apenas por 0, 06% das emissões de CO2 e que o metano que é muito mais letal está na sua maior parte localizados nos Oceanos, ele tembém defende a aitivdade Solar como a principal causa..tem a questão do Microclima e do Macroclima que raramente entra na discussão o que poderia esclarecer um pouco mais esse assunto para os leigos..segue um artigo de dois climatologistas russos..há interesses poderam em ambos os lados..

    Sol pisa no freio e ameniza temperatura do planeta

    seg, 27/01/2014 – 04:00

    Cientistas russos dizem que nova era do gelo se iniciará em 2014

     

    Contrariando grande parte da comunidade científica, os pesquisadores russos Vladimir Bashkin e Raouf Galiulin descartaram a influência humana sobre o aquecimento global, alegando que as alterações climáticas estão relacionadas com os ciclos de atividade solar.

    Era do Gelo

    Para eles, as declarações frequentes do Ocidente sobre o aquecimento global são, em certa medida, um exagero deliberado e pura conspiração. Segundo os russos, o objetivo é frear o consumo de combustíveis fósseis para controlar o valor deles no mercado.

    Eles também afirmam que a humanidade está agora no início de um novo período de resfriamento global, que está relacionada com a queda da atividade solar, observada nos últimos meses pelos cientistas. A relativa calmaria na atividade solar em comparação com os outros anos pode influenciar o clima terrestre, resultando na queda das temperaturas.

    “Uma pequena Idade do Gelo terá início em 2014 e atingirá o seu pico na metade do século XXI”, relatam os pesquisadores russos. “Inicialmente, a redução da temperatura será muito lenta, mas acelerará daqui a algumas décadas.”

    Declarações similares foram feitas no ano passado pelo chefe do setor de pesquisa espacial do Observatório de Pulkovo, da Academia Russa de Ciências, indicando  que a temperatura vai começar a cair a partir de 2014 e atingirá o seu pico em 2055 .

    Os defensores do aquecimento global, bem como a maioria dos cientistas, também concordam que a baixa atividade solar possa afetar ligeiramente o clima na Terra, mas não acreditam que iremos presenciar uma nova era do gelo tão cedo. Para eles, embora o ritmo tenha caído, as temperaturas continuam subindo.

     

    Leia mais em http://misteriosdomundo.com/cientistas-russos-dizem-que-nova-era-gelo-se-iniciara-em-2014#ixzz2rZl1hEPf

     

    1. não há artigos cientificos

      Uma maneira fácil de se verificar o valor cientifico das declarações de  Vladimir Bashkin  e Raouf Galiulin é procurando artigos cientificos relevantes na comunidade cientifica. Numa busca rápida não encontrei  artigo.

      As afirmações parecem unicamente baseadas na diminuição da radiação solar. Esta variável é amplamente contemplada nos atuais modelos climáticos, que ainda assim apontam um aumento da temperatura.

      A Rússia ,talvez a maior produtora mundial de combustíveis fosseis, tem amplo interesse ideológico no imbróglio. A conferir. 

    2. Pois eu venho alterando minha compreensão sobre a questão.

      A hipótese antropogênica parece ser a preferida pela esfera midiática, mas quanto mais me informo, mais me afasto dela.

      Oscar Müller

  10. Essa discussão entre os que

    Essa discussão entre os que acreditam e os céticos do aquecimento global me parece obra orquestrada para esconder alguma coisa muito pior. Sabe como é: quanto maior a troca de argumentos, em sua maioria difíceis de verificar, maior a confusão e mais fácil fica para encobrir alguma coisa. De uma coisa eu sei: quando o Pentágono e a CIA demonstram preocupação com as consequencias aquecimento global é sinal claro de alguma coisa tem.

    1. Eles demonstram peocupação

      Eles demonstram peocupação porque seu trabalho é prever o futuro.

       

      Se um evento tem consequ~encias imprevisíveis…. eles de fato estão preocupadíssimos.

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