
Para presidente do grupo de pequenos países e ilhas, proposta de financiamento de US$ 300 milhões por ano é insuficiente para atender as demandas dos mais impactados pelo aquecimento global
A União Europeia, Estados Unidos e outros países ricos que participavam da COP29 anunciaram, neste sábado (23), que vão aumentar a oferta de financiamento climático para US$ 300 bilhões por ano para países em desenvolvimento que enfrentam as mudanças climáticas.
Na proposta anterior, o acordo seria de US$ 250 bilhões, refutado pela por países pobres por ser considerada insuficiente.
Ainda assim, alguns países consideraram que a oferta não atende às reais necessidades das nações mais atingidas pelo aquecimento global e abandonaram o evento.
Samoa, Bahamas e Cabo Verde argumentaram que, apesar de ter baixa produção industrial e contribuir pouco para as emissões de gases de efeito estufa, são os que mais sofrem com as mudanças climáticas. Ilhas, por exemplo, correm o risco de desaparecer, graças à elevação dos oceanos.
Evans Njewa, presidente do grupo dos países menos desenvolvidos, publicou nas redes sociais que os membros deixaram as consultas porque “o texto não reflete o motivo pelo qual viemos aqui”.
Para o grupo, os países desenvolvidos teriam de repassar, pelo menos, US$ 1,3 trilhão por ano para reparar, minimamente, os impactos do aquecimento global.
“Não existe consenso possível sem que essa demanda dos países em desenvolvimento e pequenas ilhas sejam levados em consideração e, apesar de repetidas consultas e de estarmos já na prorrogação da COP, a presidência apresentou um texto muito longe das demandas e necessidades desses países”, afirmou Camila Jardim, especialista em política internacional do Greenpeace Brasil, ao G1.
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